26.7.08

AGORA JÁ SOU DOUTORA!


O título deste comentário é um grito próprio de alegria pelo êxito pessoal e profissional alcançado com muito esforço e sacrifícios por Carmen Lúcia Medeiros, uma mulher exemplar do Nordeste brasileiro.

Há três anos ela partiu com o marido e duas filhas de tenra idade, ausentando-se temporariamente de Campina Grande (2ª maior cidade paraibana) e João Pessoa, cidade capital do estado de Paraíba, que é o ponto extremo oriental onde o Sol nasce primeiro no grande continente América. Atravessou o Oceano Atlântico, sobrevoou Portugal a mãe-pátria da sua Língua e chegou com as duas meninas e o marido a Granada, no sopé da Sierra Nevada, em Andaluzia-Espanha, onde no Ano 711 ali se instalaram e reinaram povos Árabes (ditos “mouros”) até serem expulsos pelos Reis Católicos espanhóis, tendo Carlos V fundado ali, em 1531, com o apoio do Papa Clemente VII, uma muito prestigiada e douta universidade que desde 1349 funcionava como madrassa (escola islâmica de crianças).

Ela, as filhas e o marido tiveram de se adaptar imediatamente à Língua e à vida de Espanha; e também ao dinamismo e culturas da Europa. As meninas tiveram que frequentar as escolas de Língua Castelhana com as crianças e pré-adolescentes espanholas, e fizeram-no com êxito. O marido teve de viver as duras condições da vida de um emigrante e sentir, por vezes, a rejeição e humilhação dos naturais de um país que não tinha nada de seu e pouco para lhe oferecer e o respeitar. Consequentemente, o PP, a Paulinha e a Belinha também merecem ser incluídos neste êxito e desfrutar do contentamento e felicidade deste momento para toda a vida familiar.

Carmen Lúcia Medeiros, médica-especialista em Medicina Dentária, anteriormente já ensinava a sua especialidade médica. É uma mulher jovem, inteligente, gentil, simples, cativante, muito comunicativa, boa mãe, apaixonada, um ser irradiante de simpatia.

Após a conhecer em Portugal, na companhia do esposo Paulo Medeiros, o grande amigo que faz parceria comigo neste “blog”, segui este o seu percurso académico em Espanha e desejei-lhe, com toda a amizade disponível no meu coração, que 18 de Julho de 2008, perante um sapiente tribunal de magníficos professores universitários, fosse um dia de grande e de inolvidável alegria pelo resultado final. E ela concluiu o Doutoramento com a mais elevada valoração da Universidade de Granada, na Europa da Cultura mundial.

Este curto comentário para um tão grande êxito académico complementa tudo o quanto disse à minha querida amiga e surgiu após ler esta mensagem sua de alegria e afirmação profissional que colocou no Messenger do Hotmail: “Desfrutando da alegria de ter alcançado mais um êxito em minha vida profissional. Agora já sou Doutora!”.

Caríssima amiga Profª. Dra. Carmen Lúcia Medeiros: Sei que não gosta de encómios, mas não pude deixar de referir o seu êxito e desejar-lhe que esta felicidade seja sentida por si durante toda a sua vida, reforçada com um mais exigente trabalho e o sentimento de dever e responsabilidade pela formação de mais e melhores médicos-dentistas no Brasil!

Texto de Marques Pereira
Foto: MP
Webmaster: Paula Medeiros





Nota: A foto acima, foi feita em um Agosto de verão em Setúbal - Portugal quando todos estivemos reunidos num encontro entre Marques Pereira e toda familia Medeiros.

20.7.08

Centenário da Imigração japonesa no Brasil


Em um passado recente o Brasil sempre foi uma terra de oportunidades. O declinio econômico, e as dificuldades fizeram muitos eurpoeus esquecer que muitos aqui refizeram suas vidas. Diferentemente os japoneses participam com orgulho daquilo que eles consideram a terra onde há mais japoneses fora do Japão. Adiante segue pequeno resumo para que o leitor conheça um pouco mais do assunto.
A emigração japonesa no Brasil teve seu início no ano de 1908, com a vinda do vapor japonês KASADO-MARU, ao porto de Santos, precisamente no dia 18 de junho de 1908, trazendo consigo 165 famílias num total de 781 pessoas.
O contrato da referida emigração fora firmado no dia 6 de novembro de 1907, sendo assinado aqui em São Paulo pelos senhores Ryu Mizuno, Diretor Presidente da Cia. Japonesa de Imigração Kokoku e Dr. Carlos Botelho, Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo.
No citado contrato constava a vinda na época de 3.000 emigrantes como colonos, no prazo de três anos, isto é, 1.000 pessoas, por ano.
Os primeiros colonos japoneses foram distribuídos na zona da Alta Mogiana, em fazendas de café, destacando-se entre elas as Fazendas de Dumont, Floresta, Guatapará, Canaan e São Martinho.
O segundo navio de emigrantes a aportar em Santos foi o "Ryojun-Maru” , em 28 de junho de 1910, trazendo desta feita 447 famílias perfazendo um total de 906 pessoas. Esta segunda leva também teve o mesmo destino da anterior, pois foram encaminhados para a Alta Mogiana.
No período entre os anos de 1912 a 1914 foram registrados no porto de Santos, a entrada de oito navios de emigrantes japoneses, trazendo num total de 13.289 pessoas, de acordo com a estatística.
Entre os anos de 1925 a 1935 foi sem dúvida a época culminante da emigração japonesa no Brasil, pois nesse período de 11 anos, verificou-se a entrada de 139.059 pessoas. Temos a destacar, no entanto que só no ano de 1933, deram entrada no Brasil 24.494 pessoas constituindo-se desse modo no ano que se deu a maior vinda de emigrantes.
Naquela época, o Governo Japonês subsidiava as despesas de viagem. Além disso, houve no Japão como acontecera no Brasil, uma crise econômica auxiliando com isso em muito a saída de japoneses do seu país.
Em decorrência dessa Lei, a quota de emigrantes foi fixada em 2.849 pessoas por ano, diminuindo dessa forma a entrada de japoneses no Brasil. Com a eclosão da 2a Guerra Mundial ficou interrompida por muito tempo a vinda de emigrantes.
A emigração japonesa depois da Guerra era realizada em escala limitada, mas a boa vontade de outros países ao abrir suas portas aos imigrantes japoneses trouxe perspectivas favoráveis para a nação que se afligia com o problema da superpopulação,
A emigração japonesa foi reiniciada depois da guerra, em 1952, quando 54 pessoas deixaram o país. Desde então, até 1960 o número de emigrantes japoneses foi de 46.016, dos quais 37.444 emigraram para o Brasil, 5.087 para o Paraguai e os demais para os países da América Central e outros países da América, do Sul.
De 1961 para cá diminuiu ainda mais esta vinda em virtude do espantoso desenvolvimento da indústria japonesa.
A emigração de técnicos foi iniciada a partir de 1961 por solicitação do governo brasileiro, Até o presente momento o número de técnicos vindo ao Brasil atinge mais de 2.000 pessoas, os quais estão exercendo suas funções nas diversas indústrias de acordo com suas especialidades. Segundo os pareceres das indústrias, os técnicos japoneses estão satisfazendo plenamente.
Texto : Paulo Medeiros e resumo de historiadores
Foto: Desenho do Mauricio de Sousa
Webmaster: Paula Medeiros

12.7.08

ONDE ESTÃO AS CASAS DE FAMÍLIA DO PASSADO?



O Ser Humano primitivo instalava-se com toda a família em grutas e cavidades rochosas. Evoluindo, começou a abrigar-se em choças. E criaram, assim, o princípio de “família unida, família mais forte, família economicamente produtiva”.
Ainda hoje, na selva amazónica, tribos e comunidades nativas deste território brasileiro, em parte maior, vivem assim em família.
Os Romanos ricos e os políticos do seu Senado, como os faraós Egípcios, construíram grandes palácios e vilas para viverem com os seus familiares.
Na Europa, na Idade Medieval, tal tradição manteve-se entre os monarcas e as classes altas, enquanto os camponeses e artesãos viviam em barracas cujas dimensões iam aumentando com barracas à medida que a família crescia.
Numa rápida síntese sobre a habitação do Ser humano, foi isto que aconteceu.
Mas o que está acontecendo hoje para as famílias dos chamados países evoluídos se terem fragmentado tanto? Quem casa quer casa, libertação e independência das amarras familiares? Negócio imobiliário? A família é coisa do Passado? A família, como era, está em decadência?
Eu continuo a acreditar que as famílias são o elo mais forte da sociedade, vivendo o Ser Humano onde quer que viva e em qualquer era da nossa vida.
Mais ainda há cidades do mundo onde a família pensa nos seus membros como um todo e se conserva unida.
Na cidade árabe-muçulmana Sidi bou Saíd, próximo da capital da Tunísia, as famílias ainda vivem em grandes casas, mantendo-se unidas. A união faz a força, a entreajuda sentimental, a ligação económica, seja para o que for.
Seria bom que todas as famílias do mundo vivessem debaixo do mesmo tecto, mas isso já é uma utopia.
No presente, pelo menos não deixem acabar a consanguinidade, o amor e a descendência, nem que para tal Deus tenha o dever de assumir o seu papel de Pai e dar às lésbicas e aos homossexuais a possibilidade de fazerem filhos, tendo em conta que a Terra está a ser povoada por esta gente numa mutação prolífera que se desvia das regras da Natureza que fez do Homem e da Mulher os iniciadores das casas de família.

Texto de Marques Pereira
Foto: MP
Webmaster: Paula Medeiros

5.7.08

O ECLIPSE


Todo eclipse é passageiro,
Mais passageiro
Que tripulante...
De naves terras,
De naves sóis,
De naves luas.
O eclipse entende brilho,
Puro brilho
Que se vê angular por trás da noite
(rainha de tudo),
De naves terras
De naves sóis
E até de naves luas, que são bem mais poéticas, tens razão!
O eclipse entende escuridão
Mas, bem mais escuro
É um coração
Que navega terras,
Que navega sóis,
Que navega luas...
Um raro brilho no escuro,
O resumo de tudo,
O resumo de um eclipse
Que deliciando
Casa de aluguel,
Passageiramente transa todas...
Terras, sóis e luas
A poesia pode conter tudo, assim como tudo contém poesias,
Terras, sóis, luas e eclipses!
Comentário: a fugacidade das coisas pode lhe dar seu valor? Parece que sim, pelo menos no que diz respeito aos fenômenos naturais. Compreender que a efemeridade por si só não existe – mas que antes de tudo é dependente completa da uma rotina – é o caminho mais curto para a valorização de comum, do trivial. Assim como o amor!
Aqui vou me espelhar em um pensamento do atual Dalai Lama que diz que só reconhecerá o verdadeiro amor aquele que conseguir conviver por pelo menos 25 anos!! Pura rotina, dia-a-dia, sem nenhuma necessidade de divinizar ou de mistificar... O valor é próprio do concreto, onde o efêmero se alimenta. Querer fugir disto é querer negar a realidade, querer negar a realidade é caminho para o medo, caminhar para o medo é estar a um passo despropósito.

É isso!
Texto: Luciênio Teixeira
Webmaster: Paula Medeiros
Foto: A.N.I.