29.2.08

Fidel Castro


Esta semana, mesmo de certa forma esperado, mas o efeito foi bombástico. Depois de tantos anos, chega ao fim a militância de Fidel Castro. Não é o fim da era, mas termina o limite de superação do comandante. Aquele, que foi o ícone inconteste de gerações de latino americanos. Aquele que um dia ousou, não se intimidar com os norte-americanos Aquele que foi o o maior transformador do terceiro mundo. Aquele, que tentou diminuir a ignorância e a falta de conhecimentos dos nascidos na America de terceira classe.

Enfim, a referência de tantos , não mais teve saúde para continuar. Seu legado permanece, e Cuba segue com Raul Castro. Muitos irão falar, porém todos têm de calar com a realifdade.

Vamos conhecer um pouco do passado para permanecer no presente

Fidel também foi filho da burguesia. Herdou uma fortuna paterna que em muito lhe ajudou a ter uma educação elitista.

Na universidade se destacou com sua ativa militância política onde assim nasceu o sonho de derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista. Quando foi preso pela primeira vez, numa tentativa de assalto a um quartel militar, Fidel disse perante a um juiz que a história iria lhe absolver. Depois desse episódio e em cerca de três anos chegou à capital Havana. Era o ano 1959.

Ao lado dos grandes desafios cubanos sempre esteve a figura de Fidel Castro. Em 1969, conclamou o país a produzir 10milhões de toneladas de açúcar, só conseguiu 8,5milhões, foi um recorde absoluto.

Durante seu governo sempre enviou técnicos as causas internacionalistas, participando das guerras de Angola e Etiópia. Colaborou com o Chile de Allende e bem recentemente com a Venezuela de Chaves.

A queda do muro de Berlim em 1989 inaugurou o chamado “período especial dos tempos de paz”, onde iniciou-se medidas fortes para impedir uma crônica crise econômica que foi sua luta até o fim de seu governo.

Ao mundo resta aguardar o desfecho de Cuba, mas a toda uma militância ele será sempre um exemplo de resistência e de luta!


Texto: Pedro Paulo Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros
Foto: A.N.I.

22.2.08

GOSTO DE TI, MULHER!


Por que gosto de uns olhos que de azul não se pintam?
Por que gosto de umas mãos que de bonitas se agitam?

Por que gosto de uma voz que de tão quente se esfria?
Por que gosto de uma alma que tão perto se distancia?

Por que gosto de uma vida que de tão linda se refugia?
Por que gosto de uma noite que te sonha ao fim do dia?

Por que gosto de ti, Mulher?

Gosto do que vejo e não quer ser

Gosto do rosto que sorri
Gosto das mãos a mexer
Nas palavras do que li e ouvi

Gosto de ti, amo-te, quero-te, Mulher!

Gosto de uma imagem de fera
Altiva a pisar as sombras da terra
Dizendo o que não quer dizer
Fazendo o que quer fazer

Gosto tanto de ti, Mulher!

E vejo a hera que cobre de verde o entardecer
Do amanhã que em mim voltará a nascer
A gostar de ti, Mulher!

É tão linda uma flor à janela
Perfumando o Sol, a Beleza e a Vida que passam por ela...

Poema: Marques Pereira
Foto: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros


16.2.08

Par(t)ida

" Sigo hoje apresentando mais um poema do Luciênio Teixeira. Além de uma oportunidade ao leitor, trata-se também de um magnifico exemplo de como nossa lingua portuguesa é bela principalmente quando bem trabalhada. O sentido da vida é dar vida aos sentidos ."







Par(t)ida

Da vida uma triste partida fica,
As horas não esperam nossas horas
E dessa vergonha a cicatriz...
Eu te daria mais se me faltasse pouco
E muito se não me faltasse.

E te pariram prá que no mundo
Mais um sofresse.
Choravas tu, padecia eu...
Crescemos sem amor
Mas depois, amor, ele veio
Forte como as águas de março,
Arrancando tudo...
“E assim como veio, partiu”
Mas eu sei prá onde... Ah! E como eu sei.

Da vida
Uma triste partida
Mas cada dia que passa
Diminui cada dia.
E o diminuir do tempo é meu prazer,
Lapidando versos: pó, ética e mente
“E assim como veio, partiu”
E ninguém sabe,
Só quem partiu e veio.



Comentário: a vida é essa sucessão de chegadas e partidas e o que as qualifica está no quanto da gente se vai e no quanto se chega. As amizades, pelo menos as verdadeiras, sempre estarão no limiar da chegada ou da partida – ou naquele momento iminente e crucial que sempre nos espreita e põe à prova nossas relações com o outro. Partidas tristes, dos que se vão por vontade própria ou dos que são obrigados a ir, que deixarão elas? Tristes partidas! E seu oposto, as partidas alegres, de alívio, de controle, de desejo, de necessidades, que deixarão elas? Alegres partidas, em geral esquecidas mais além e com bem pouca saudade, tenho certeza.
Que na minha, na nossa partida, seja de uma tristeza boa, de saudade... “Eu lhe daria mais se me faltasse pouco e muito se não me faltasse.




Apresentação: Paulo Medeiros
Poema e comentário: Luciênio Teixeira
Webmaster: Paula Medeiros

9.2.08

O PADRE QUE LUTOU CONTRA A ESCRAVATURA NO BRASIL


O jesuíta António Vieira nasceu em Lisboa, na rua do Cónego, perto da Sé da capital portuguesa, a 6 de Fevereiro de 1608, há 400 anos, e morreu na Bahia em 17 de Junho de 1697, aos 89 anos, ficando na História de Portugal e na História do Brasil, principalmente, como o clérigo missionário que lutou contra a exploração e escravatura dos povos indígenas brasileiros.

Se, oficialmente, a escravatura acabou no Brasil em 13 de Maio de 1888 com a Lei Áurea é notório que a pobreza nos subúrbios das cidades e nas aldeias remotas ainda mostra que a escravatura ainda não foi total e socialmente erradicada do Brasil e está em curso a chamada Escravidão Moderna. Até em Portugal, país que caçou os primeiros escravos negros na Mauritânia em 1441 e os vendeu na Europa, a escravatura foi abolida em 12 de Fevereiro de 1772, no reinado de D. José I, mas há Portugueses que hoje estão cada vez mais pobres e os salários estão entre os mais baixos e miseráveis da União Europeia.

Os indígenas Tupi chamavam a António Vieira “Paiçu” (pai, grande padre).

Como grande defensor dos Direitos Humanos naquele tempo, ele defendeu os Judeus da perseguição que os dominicanos da Inquisição (tribunal eclesiástico criminoso) lhes estavam a fazer e criticou asperamente os padres e bispos que faziam esse trabalho sujo e assassino da Igreja Católica.

Curiosamente, o pai de António Vieira chegou a ser escrivão da Inquisição.

Aquando da 2ª Invasão Holandesa ao Nordeste do Brasil, A.V. aconselhou Portugal a entregar esta região do território brasileiro à Holanda, que era um inimigo militarmente superior, porque gastava dez vezes mais com a sua defesa e manutenção do que os ganhos que conseguia. E com esta posição entrou em desgraça até à Restauração da Independência de Portugal, em 1640, entrando um ano depois na vida diplomática indo a Lisboa prestar obediência ao novo monarca português. Seguidamente, talvez arrependido pelo seu anti-patriótico conselho, ele seria o embaixador que foi negociar com a Holanda a devolução do Nordeste à coroa portuguesa.

No regresso à terra brasileira foi para o Maranhão e Grão-Pará onde, entre 1652 e 1661, se bateu em defesa da liberdade dos índios, o autêntico povo do Brasil.

Em todas as religiões -não só no Catolicismo- houve sempre santos, bons-malandros,
maus-malandros, oradores de tretas, fingidos, hipócritas e pecadoras, como se pode descobrir na história da vida deste magnífico clérigo que se pôs ao serviço do Povo-povo que sofria e há 2000 anos foi protegido pelo Jesus de Nazaré vivo, que, para nosso mal, nunca mais voltou da grande mentira religiosa da sua Ressurreição em que o guardaram até o Catolicismo o colocar como um deus morto e vivo no lugar de Deus.

E o que fazem os religiosos bons-malandros e as religiosas boas-malandras de hoje? Pelas imagens que o mundo está a mostrar de novas escravaturas dos seres humanos, “eles” e “elas” baldaram-se para os problemas do Povo-povo e não estão a fazer nada de mais, deixando-o viver na miséria, fome e doenças, sempre a dizer-lhes para rezarem e dar graças a Deus.

Deve-se ao padre-missionário, escritor e grande orador António Vieira esta afirmação: “Os Portugueses têm um pequeno país para berço e o Mundo todo para morrerem”.

Eu diria, hoje, que “Os Brasileiros têm um grande país-berço para morrerem e todo o Mundo para viver com esperança e melhor qualidade de vida”. Não todos, obviamente, porque há milhões que já não têm capacidade mental para se levantarem, caminhar e ir à luta por uma vida melhor. Tampouco apareceu um religioso, ou religiosa, santos ou leigos, capazes de iniciar uma luta radical contra todos os monstros políticos, os sugadores capitalistas e os oportunistas clericais que continuam a fazer a exploração e a escravatura do Ser Humano…
Texto: MARQUES PEREIRA
Fotos: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros

















2.2.08

A outra face do carnaval


Embora haja muita beleza na foto acima e saibamos que no Brasil esta festa tem aspectos e contornos espetaculares, devo esclarecer que em paralelo a festa há muitas dificuldades e aí começam os problemas.
Ate nos slogans populares isto pode ser exemplificado. Como um muito comum no estado da Bahia que é: “ninguém é de ninguém”.
Outra coisa, recentemente o presidente lula apresentou medida provisória proibindo a venda de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais, mas infelizmente sabemos que na pratica muitos conduzem alcoolizados e esta pratica é a principal causa de todos os acidentes no período.
E a coisa segue assim, com todos em sua maioria a se excederem, e este abuso superlota não só os hospitais , bem como as funerárias.
Os psicólogos e terapeutas de plantão, chamam a tudo isto de extravasamento de emoções. Pode até ser, pois a violência contida ao largo do ano se exacerba perigosamente provocando o que já conhecemos.
Com a chegada do Carnaval, dois temas relevantes de saúde pública merecem atenção especial das autoridades e da própria sociedade: as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), especialmente a Aids, e a gravidez na adolescência. Todas as campanhas educativas de prevenção são intensificadas nesta época do ano buscando reverter um quadro cada vez mais crescente e real.
Mas aos que estão com saúde, devo alertar uma pratica bem comum, o beijo . Aparentemente,este inocente ato, também transmite varias doenças .
Conheça as principais doenças que podem ser transmitidas com o beijo:
Cárie: causada por bactérias, é a mais comum das doenças odontológicas. Para prevenir, basta fazer a higienização adequada, com escovação dos dentes e limpeza com auxílio do fio dental.
gengivite: trata-se da inflamação da gengiva que, quando não tratada, evolui para um quadro de periodontite. Gengivas vermelhas e sangrantes, raramente dolorosas, caracterizam a doença.
hepatite: há risco de transmissão do tipo B da doença, caso haja lesões e feridas na mucosa bucal
herpes: o vírus pode ser transmitido mais facilmente na fase aguda, quando está em plena atividade e deixa a boca cheia de pequenas bolhas.
candidíase: também conhecido como sapinho, caracteriza-se por áreas brancas na mucosa que, quando raspadas, deixam a região vermelha e sangrante.
mononucleose: popularmente chamada de doença do beijo, apresenta pequenas manchas vermelhas no céu-da-boca. Provoca o aumento do volume dos gânglios. Estes sinais costumam aparecer após um mês do contágio.
Depois destas informações, queremos desejar a todos nossos leitores, que aproveitem das festas de Momo, mas com a responsabilidade que o ano segue e a vida também, e que procuremos fazer a nossa parte para que tenhamos um país melhor e que a alegria momentânea não fique só período , mas que siga sempre.
Texto: Paulo Medeiros
Foto: O Globo
Webmaster:Paula Medeiros