GRIPE A (H1N1) JÁ ANDA DE CRUZEIRO

O que terá levado a gripe A, que começou por ser dos suínos, a entrar num cruzeiro do navio “Ocean Dream” pelas Caraíbas, com escala em Aruba, Curaçau, Ilha de Margarita, Granada, Santa Lúcia e Barbados, em que participavam nove portugueses?

O ar que se respira no mar?

Algum tripulante infectado de entre as muitas nacionalidades deles, principalmente asiáticos?

Algum trabalhador portuário ou do pessoal alfandegário que entra em inspecção aos navios num porto de escala?

Algum turista?

A verdade é que a OMS, ao considerar uma pandemia este tipo de gripe, veio dizer-nos que a A (H1N1) já se transmite de pessoa para pessoa.

O “Ocean Dream” isolou os portadores da gripe A (três casos confirmados e 11 suspeitos) e deixou-os num porto de escala para tratamento, tendo seguido limpo.

Tal acontecimento é um aviso a todas as pessoas que vão viajar para se vacinarem contra esta doença em expansão por todo o mundo, apesar das medidas que estão a ser tomadas pelos governos e pela própria Organização Mundial de Saúde.

E o que é feito nos aeroportos pelas autoridades sanitárias aos passageiros dos aviões? Nas chegadas já existem equipas de prevenção, mas nas partidas nenhuns ou poucos cuidados de vigilância/prevenção se destacam.

Em Portugal ainda são poucos os casos (nove até 27 de Junho), todos trazidos por pessoas vindas de outros países, principalmente do continente América.

E no Brasil, qual é a situação?

Neste período de férias para os europeus e outros habitantes da Terra prevê-se que os números de casos com a gripe A (H1N1) irão aumentar, passando o vírus de pessoas para pessoas e não da ingestão de carne de porco. Cuidemo-nos, vacinando!

Texto de Marques Pereira
Foto: MV Mendez
Webmaster: Paula Medeiros

O maior São João do mundo

O Lusitania Perdida é um blog. Um blogueiro deve compartilhar em seu blog seu cotidiano, suas experiências...

Nesta época do ano, minha cidade (Campina Grande – Paraíba) pára, fica super-povoada, o tráfego torna-se mais infernal que o de costume e as pessoas ficam mais alegres. Contraditório, certo? Concordo. Mas esse é o nosso conhecido tempo de São João.

A cidade torna-se mais colorida e viva, todas as noites há uma atração diferente para a população, a festa não pára nem quando o sol raiar. Esse ritmo para os jovens, principalmente, e para adultos é contagiante. Conhecido por ser o maior do mundo, o festejo na minha cidade tem repercussão nacional e até internacional. São 30 dias de festa.


A maioria das pessoas, quando vai ao Parque do Povo (local onde é celebrado o São João em Campina), tentam esquecer de tudo e apenas aproveitar a noite. Esse post não é nenhum alarme, nem nada com propósito de causar-lhes preocupação, é apenas um desejo, para todos vocês leitores , tenham um feliz São João.

Que essa alegria possa contagiar todo o mundo!

Texto: Paula Medeiros

Webmaster: Paula Medeiros

Fotos: Turismo de Campina Grande

O QUE ACONTECEU NO AVIÃO QUE CAÍU NO OCEANO ATLÂNTICO DO BRASIL E PERDERAM A VIDA 228 PESSOAS?

Um avião “Airbus A330” da companhia francesa Air France que na passada 2ª. feira, 1 de Junho, descolara do Rio de Janeiro rumo a Paris, caiu no oceano Atlântico a cerca de 650 quilómetros do arquipélago brasileiro de Fernando Noronha, entre o Brasil e o Senegal (África).

O que terá originado esta tragédia?

Foi um raio que atingiu o avião? Por que motivo os pilotos não subiram ou não alteraram a rota para evitar as terríveis consequências de uma violenta tempestade atmosférica? Terão adormecido? A aeronave ter-se-ia avariado irremediavelmente? Teria explodido? Foi destruído por terroristas-suicidas? Por que apareceram corpos nus?

Na área oceânica onde se previu ter amarado o avião, as marinhas de guerra e as forças aéreas francesa e brasileira com navios de superfície, um submarino, aviões e helicópteros procuram apanhar mais corpos (resgataram ao mar 44, até 11 de Junho), destroços e localizar no fundo do oceano as duas caixas negras (são de cor vermelho-alaranjado) que, a serem recuperadas e apesar de não trazerem ninguém de volta à vida, poderão levar ao conhecimento das causas que provocaram este acidente aéreo que foi o pior registado com um avião da França.

Nestas tragédias aparece sempre alguém estupidificado pela religião que fala de “milagre”. Um brasileiro, que não deixaram embarcar no avião desaparecido porque o seu passaporte tinha perdido a validade, deslocou-se propositadamente a Portugal para ir à Cova da Iria agradecer à inventada Nossa Senhora de Fátima por ainda estar vivo.

Não gosto desta subespécie de católicos que vão agradecer “milagres” feitos por uma estatueta de barro pintado que foi inventada por uma historieta de crianças e padres, primeiro com o nome de Nossa Senhora do Rosário e depois alteraram para Nossa Senhora de Fátima, para fazer boa política religiosa com o Islão, pois o profeta Maomé teve uma filha que viveu entre 616-33 d.C, chamada Fátima, a única dos filhos que lhe assegurou descendência como esposa de Ali, o mais adorado pelos islamitas Xiitas.

Estes católicos e católicas são uns egoístas, porque só pensam neles e não choram pelos que morreram por não terem tido o mesmo direito a um “milagre da Senhora” para se salvar e continuarem vivos. Nas declarações deste brasileiro às televisões portuguesas não o ouvimos proferir uma palavra de pesar nem rezar pelos 228 brasileiros, franceses e outros cidadãos que morreram neste acidente.

No santuário de Fátima já vimos de tudo, até o muito católico, assassino e ditador chileno Pinochet a ser recebido pela hierarquia da Igreja como boa pessoa e bom religioso.

Em quedas de avião, naufrágios de navios e descarrilamentos de comboios já morreram muitas pessoas, mas estes meios de transporte continuam a ser os mais seguros enquanto houver automóveis a circular pelas ruas e estradas do nosso mundo.

Texto de Marques Pereira
Foto: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros

" As Farpas"

Este senhor acima foi um dos maiores expoentes de nossa lingua portuguesa.

De renome internacional , se dispensa apresentações. Trata-se de José Maria de Eça de Queiroz, escritor português, cujo pai nasceu no Rio de janeiro e em 1871 escreveu o poema "As Farpas". Este poema se quizessemos dizer que tinha sido escrito hoje jamais se saberia. Quando me foi apresentado, achei-o simplesmente sensacional e atualizadissimo para a nossa realidade, assim bem como para com os politicos do Brasil e de Portugal.

Assim vos apresento : As Farpas

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.

Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.

A prática da vida tem por única direcção a conveniência.

Não há princípio que não seja desmentido.

Não há instituição que não seja escarnecida.

Ninguém se respeita.

Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.

Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.

Alguns agiotas felizes exploram.

A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.

O povo está na miséria.

Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.

O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.

A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.

Diz-se por toda a parte: o país está perdido!

Texto introdutório: Paulo Medeiros
Poema: Eça de Queiroz
Webmaster: Paula Medeiros