28.11.09

O consumo da Felicidade



Estamos vivendo um momento de avanço no âmbito cultural e econômico, não no nosso país (Brasil), mas também no mundo.

O modelo capitalista e, conseqüentemente, a sociedade do consumo acabaram criando uma nova concepção do que seria a felicidade.

De acordo com o livro “ A felicidade, desesperadamente” de Sponville, o nosso conceito de felicidade está relacionado ao fato de desejarmos aquilo que não temos, seja de caráter sentimental ou financeiro.

Alguns exemplos comuns são os de aspirar um cargo de trabalho, querer uma pessoa amada, entre outros. Até que não conquistemos o que ansiamos, não nos sentiremos felizes.

Pior é saber que o consumismo de nossa sociedade parece interminável, não deixamos nunca de desejar.

Seguido a uma realização temos a “necessidade” de algo novo para cobiçar. Não sendo ainda suficiente, a mídia, em suas variadas formas, nos conduz à ganância de forma material e emocional, a idealização do amor em filmes é um exemplo disso.

Sou a favor do entretenimento, mas quando irão fazer seu papel de informar, também, o que é real e o que poderíamos mudar?

Nossa sociedade esta em busca de algo que não se pode comprar. Há de existir uma conscientização por parte de todos. As pessoas devem sentir-se felizes com o que têm e com o que são, e o que deveriam desejar seria o conhecimento para que assim passem do consumismo a etapa de desenvolver felicidade.

Texto: Paula Medeiros

Foto: Blog Viver e Pensar

Webmaster: Paula Medeiros


21.11.09

PORTUGAL CONSEGUIU…


Os portugueses andavam zangados e preocupados com a sua equipa nacional de futebol, mas no último jogo do “onze” pátrio na martirizada Bósnia-Herzegovina, onde ainda estão soldados portugueses em missão de Paz, ficaram muito contentes, pois Portugal acabou por conseguir mais uma presença na fase final do Campeonato Mundial a realizar a partir de 11 de Junho de 2010 na África do Sul, onde se localiza o cantado, por Luís de Camões” Cabo das Tormentas que actualmente é conhecido por Cabo da Boa Esperaça (Cape of Good Hope).

A passagem das caravelas portuguesas pelo mar do Cabo das Tormentas, a caminho da Índia, foi sempre um monstro para os nossos navegadores, tão bravo era e continua a ser. E muitas naus por lá naufragaram. E muitos valentes marinheiros de 1500 por lá encontraram, desesperados, o seu cemitério.

Bartolomeu Dias, navegador português, foi em 1488 o primeiro a dobrar este cabo defronte do qual se encontram o fim do oceano Atlântico e o princípio do Índico.





Tendo sido desviado deste cabo por ventos e correntes marítimas, Pedro Álvares Cabral não passou por este ponto mais ao sul de África e com surpresa sua, perdido, por acaso ou por engano, chegou a uma praia do Brasil em 22 de Abril de 1501, descobrindo uma parte do mundo então desconhecida.

(Está a ver, Leitor, que pode aproveitar o Futebol para adquirir mais Conhecimento?)

Os nossos jogadores vão ter o apoio da imensa colónia de emigrantes portugueses espalhada pelas cidades do Cabo (Cap Town) e Joanesburgo. E também de angolanos e moçambicanos, vizinhos do norte do território da África do Sul (South África”.

Em Portugal nota-se a falta do treinador brasileiro Scolari, que mobilizou a nação portuguesa em 2004 para um campeonato da Europa em que o perdemos na final para a Grécia. Ainda me recordo do meu país, Portugal, de janelas engalanadas por bandeiras verdes-rubras. Scolari acordou-nos o espírito nacional e fez-nos sentir gosto em cantar “A Portuguesa”, o nosso hino, e gostar mais da nossa bandeira.

A nós nunca nos passaria pela cabeça vir a ser campeões do mundo, mesmo jogando com três brasileiros naturalizados portugueses. E até duvidamos que passemos da 1ª. fase, pois não estamos em 1966 na nossa primeira participação com Eusébio a jogar, quando derrotámos o Brasil por 3-1 e obtivemos o 3º lugar em Inglaterra. Mas temos e torcemos pelo Brasil que tem sempre os melhores jogadores mundiais e todas as possibilidades de ganhar este Mundial-2010. Até lá, que os futebolistas de um e outro país, os únicos de Língua Portuguesa presentes, que não se cansem muito nem se magoem para dar tudo por tudo rumo a uma boa participação e melhor espectáculo desportivo.

Os povos português e brasileiro merecem receber uma grande alegria do Futebol que se vai jogar na África do Sul a partir de 11 de Junho do ano que está quase a entrar!

Texto de Marques Pereira
Fotos: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros



7.11.09

O mundo é cíclico



Acredito sempre que tudo nesta vida é cíclico. Determinado acontecimento tem repercussão numa determinada época e em outra este mesmo acontecimento seria absolutamente normal ou sem projeção.

Para ilustrar temos muitos exemplos bem como há os que são contraditórios. Falou-se muito esta semana na queda do muro de Berlim, que há exatos 20 anos causou furor na comunicação social, pois representou o fim da chamada guerra fria e significativamente desmascarou o grande engano do comunismo.

Houve um tempo em que o Brasil era uma terra de imigrantes, onde aportaram muitos estrangeiros, que no século XIX ancoraram e fizeram crescer todo o sul de nosso país. Fala-se que tempo bom foram aqueles onde no mundo afora e principalmente no velho continente, muitos se acotovelavam para viver nesta imensidão tropical.

Já não é assim, o visto como “normal” hoje é imigração no Brasil, cada vez em maior escala. O Brasil tem chances, e muitas, de voltar a ser aquela terra paradisíaca, não só para o turismo. Pode ser que a Copa ou os Jogos Olímpicos mostrem o que este país ainda tem a oferecer.

Até mesmo neste último século, existia um grande respeito pelo o que fazíamos. Teve nos anos de 1970 o chamado milagre econômico, onde tudo era pano de fundo para justificar uma ditadura militar a serviço dos Estados Unidos da América. Depois disso, vieram as ondas democráticas que, através dela, fizeram renascer alguns novos ditadores na América Latina, onde se destacam Hugo Chávez na Venezuela, e de certa forma o Lula no Brasil.

Na Venezuela, através de dribles constitucionais, e ao custo da quase total destruição do país, Chávez consegue permanecer no poder. No Brasil, só não há uma nova ditadura porque há muitos vigilantes. Felizmente!

Não posso deixar de falar de Portugal, que até 1986 era de uma maneira e após essa data, com a entrada no mercado comum europeu, tudo mudou: umas para melhor e outras para pior. O melhor foi tornar-se um membro verdadeiramente europeu, com algumas melhorias sociais, melhoras na rede rodoviária e algumas coisinhas que não precisam enumerar-se. Tudo isto a um custo muito grande que fez o país abrir suas fronteiras, mudar hábitos seculares e principalmente afastar-se de um passado de glórias.

Se hoje o desejado é Europa ou Estados Unidos, futuramente será o Brasil, outra vez, fechando o ciclo.
Texto: Paulo e Paula Medeiros
Foto: Montagem Paula Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros