31.12.10

FELIZ 2011

Nós que fazemos o nosso Blog queremos agradecer ao nosso leitor , principalmente a todos que acompanham aquilo que escrevemos e o que tentamos transmitir. Queremos reafirmar que sem a sua presença e participação, seria quase impossível mantermos o nível a que nos propomos . Esperamos neste próximo ano que continuemos em nossa parceria, e que todos possam divagar acerca de um pensamento maior que é manter viva a chama de uma Lusitânia Perdida.

E para brindar o inicio do novo ano, reflitamos em nossos pensamentos a alegria transmitida intensamente dos dois lados do oceano através da queima de fogos do Funchal e do Rio de janeiro, um verdadeiro sentimento luso-brasileiro.



FELIZ 2011



No momento da edição recebi esta mensagem que de tão interessante tomo a liberdade de compartilhar com os nossos leitores. Só mesmo o Marques Pereira:


Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...

A diferença, a subtil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite deste último dia de 2010, teremos um ano IN-TEI-RI-NHO pela frente!

Um ano novinho em folha!

Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.

Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...

Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos...

365 dias para fazermos o que quisermos...

Sempre há uma escolha...

E, exactamente por isso, eu desejo que faça as melhores escolhas que puder.

Desejo que todos sorriam o máximo que puderem.

Que cantem a música que quiserem.

Que beijem muito e com amor.

Que amem mais.

Que abracem muito.

Aproveitem a vossa família.

Durmam com os anjos.

Sejam protegidos por eles.

Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma oportunidade para recomeçar.

Agradeçam as vossas escolhas, pois certas ou não, elas são vossas.

E ninguém pode ou deve questioná-las.

Quero agradecer aos amigos:

Aos que me 'acompanham' desde há muito tempo.


Aos que escrevo e eles e elas não me escrevem

Aos que eu fiz este ano.

Aos que eu escrevo pouco, mas de quem lembro muito.

Aos que eu escrevo muito e falo pouco.

Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria.

Aos que moram perto e eu vejo sempre.

Aos que me 'seguraram', quando pensei que iria cair.


Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.


Aos que ganham e perdem.

Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.

Aos que me parecem anjos, mas estão aqui e me dão a certeza de que este mundo é mesmo divino.


Obrigado por fazerem parte da minha história.

Espero que 2011 seja um ano bem mais feliz, cheio de saúde e próspero para todos nós!



MM/MP.




Texto: Paulo Medeiros

Mensagem: Marques Pereira

Foto: A.N.I Com Montagem de Paula Medeiros

Webmaster:Paula Medeiros

24.12.10

É Natal

NESTE TEMPO DE NATAL E DA CHEGADA DO ANO 2011 QUE DEUS, PAZ, AMOR, SAÚDE, ALEGRIA, DINHEIRO, SEXO, VIAGENS E ÊXITOS NÃO FALTEM A NENHUM DOS LEITORES, AMIGAS E AMIGOS DESTA LUSO-BRASILEIRA “LUSITÂNIA PERDIDA”!



Post de Marques Pereira


Foto: Marques Pereira

Webmaster: Paula Medeiros


18.12.10

CONCA


Ninguém imaginou no Brasil que um dia o melhor jogador de seu campeonato nacional, fosse um Argentino. Assim, neste ano de 2010 quase que por unanimidade e por consenso nacional foi escolhido , diga-se de passagem com justiça o Dario Conca como melhor jogador do campeonato Brasileiro.

Pasmem, esse jogador que não é reconhecido em seu país já até pensou em naturalizar-se brasileiro com o intuito de defender a nossa seleção nacional e isto só não concretizou-se porque é impensável para a maioria dos dirigentes brasileiros ter um estrangeiro e principalmente argentino defendendo o selecionado.

Dario Leonardo Conca, nasceu em 1983 em General Pacheco na Argentina , e chegou a iniciar sua carreira no River Plate, mais foi dispensado em 2004 sendo emprestado ao Universide Catolica do Chile , e em 2007 veio para o Brasil inicialmente para o Vasco da Gama e depois para o Fluminense, equipe campeã do Brasil neste ano.

Dono de uma habilidade invejável, e de uma grande simpatia, não foi a toa que por dois anos consecutivos foi eleito o craque da Galera eleito pelo site da globo.com.

Por tudo isto, e por sua afetividade ao nosso país, é que vemos que estamos mesmo mudando. As rivalidades perdem espaço para as razões humanas e já permite uma aproximação maior com nossos visinhos. Isto é extremamente salutar e aconteceu através do futebol que é nosso maior esporte.

Conca, tem contrato até 2015 com uma grande multa se houver quebra contratual, e tenho a certeza que logo vai acontecer o interesse de alguma equipe da Europa, mas como por aqui tudo tem melhorado, inclusive os contratos, o europeus que o quiserem terão mesmo de abrir os cofres.

Fala-se que o F.C.Porto esta interessado para a próxima temporada, mas o futuro é quem vai responder.

De momento sabe-se que o mesmo está muito contente ao lado do Deco, defendendo a mesma equipe e com o desafio da Taça “ Libertadores das Américas” no próximo ano. Titulo que por aqui equivale a “Champions League”

Valeu Conca!

Texto:Paulo Medeiros

Foto:Internet

Webmaster:Paula Medeiros

11.12.10

COMO “ELES” MANIPULAM E ENGANAM TODOS




Tenho a sensação de que já abordei este assunto, mas se agora regresso a ele também não se perde nada em voltar a ler e recordar o que “eles” fazem para transformar os seres humanos num rebanho de bem aventurados pecadores e escravos do Sistema construído pelos poderes religiosos, políticos e capitalistas, manipulando e usando cada pessoa conforme os seus interesses. Leia esta conclusão do linguista norte-americano Avram Noam Chomsky e depois decida por si o que fazer para tentar libertar-se dos tentáculos dos polvos que o rodeiam e aprisionam por todo o lado e tempo da sua vida.





Estas são as "10 Estratégias de Manipuação através da Comunicação Social”:



1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.


    O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes.


    A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir o povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área das ciências, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".


    2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.


    Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este tenha a percepção que participou nas medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público exija novas leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


    3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.


    Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários baixíssimos, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


    4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.


    Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é aplicado imediatamente. Segundo, porque o público - a massa - tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá vir a ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.


    5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSEM


    A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se cada espectador fosse uma criança de idade reduzida ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirigir a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a dar uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".


    6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.


    Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para incutir ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...


    7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.


    Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".


    8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

    Promover no público a ideia de que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto...


    9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.


    Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, de suas capacidades, ou do seu esforço. Assim, ao invés de revoltar-se contra o sistema económico, o indivíduo autocritica-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo, do qual um dos seus efeitosmais comuns, é a inibição da acção. E, sem acção, não há revolução!


    10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.


    No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O Sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o Sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si próprios”.






    O que acabou de ler dá-lhe para pensar? Então passe à acção: continue a ser o mesmo escravo, a rezar-lhes e a bater-lhes palmas.


    Não lhes diga “Mais escravatura com os esclavagistas religiosos e políticos a sorrir-nos como macacos felizes, não!”.

    Não levante a voz. Não comente, não critique, não se revolte.

    Continue a sofrer como “eles” querem. A venerar bonecas e bonecos. A ser uma peça na engrenagem da máquina que o Poder criou para os governos e os ricos o dominarem e trazerem manso, obediente e agradecido.



    Afinal é tão fácil “viver feliz” como sempre viveu e está a viver, né?





    Texto de Marques Pereira
    Foto: ANI.
    Webmaster: Paula Medeiros.






5.12.10

Ensino da Filsofia no Brasil na Ditadura Militar(1964 -1985)


O período ditatorial do Brasil, foi um período obscuro, que nos proporcionou um atraso em todos os sentidos e principalmente na educação.
Atendendo ao pedido do Dr. Jaime Clementino transcrevo aqui uma abordagem sobre o assunto, e prometendo ao leitor a segunda parte sobre o estudo da sua desilusão religiosa.

No dia 31 de março de 1964, culmina o movimento político-militar que depõe o Presidente do Brasil, João Belchior Goulart.

Segue-se o arbítrio e o autoritarismo, que vão ser suas caracterísiticas até o seu fechamento daquele período, com a eleição pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro 1985, de Tancredo de Almeida Neves, que não chegaria a tomar posse por razões de saúde. Sua eleição indireta foi resultado da derrota da Emenda Constitucional proposta pelo Deputado Federal pelo Estado do Mato Grosso no movimento político das “Diretas Já”, o que levaria o povo brasileiro, devido a este último gesto daquele regime, ficar sem o direito de eleger o seu Presidente da República.

Com o falecimento de Tancredo Neves, viria a assumir a presidência o maranhense José Sarney, sem a autorização direta dos eleitores brasileiros, por sinal muitos haveriam de considerar aquele mandato escolhido indiretamente com um “apêndice” do governo militar, o que é uma verdade, infelizmente.

Só em 1989 o povo viria a eleger um Presidente da República, o alagoano Fernando Collor de Melo. Entramos portanto numa nova fase, a de um ciclo de presidentes eleitos pelo voto direto.

O governo militar, polêmico até hoje, iniciou-se sob o pretexto de combater a subversão, um simples álibi para muitos, principalmente para os que se prejudicaram com a ditadura, mas mesmo assim, muitos dos que sofreram ou simplesmente foram contra tal situação política, houve segmentos de oposição que tomaram a iniciativa de optar pelas armas, para desastre pessoal de muitos que jamais fariam de uso do recurso da violência.

Isto se discute até hoje, mas o certo é que ocorreu a tortura e a morte para muitos.

Porém, por inúmeras disparidades, o regime chega ao seu crepúsculo gradativamente. Isto foi irreversível. Abriu-se para não mais se fechar.

Hoje, a formação dos nossos militares e policiais é por demais profissional e com respeito às instituições e ao Estado Democrático Constitucional, e não apenas “de fato”, usando a terminologia jurídica herdada dos romanos.

Curiosamente, o extinto regime viu com desconfiança o ensino de filosofia no Brasil, chegando a proibi-lo por força da Lei 5.692, de 1971, assinado pelo então Presidente Emílio Garrastazu Médici. Mas elaborada pelo Congresso Nacional, que isto seja lembrado.

Porém, os cursos de graduação em filosofia continuaram a existir.

E só no ano de 2008 é que voltará o ensino de filosofia nas escolas brasileiras, novamente... por força da lei. A Lei 11.684, de 2008

Por ocasião da ditadura, as faculdades de filosofia resistiram ao autoritarismo.

O mesmo se passou com os cursos de Sociologia.

Nos cursos de filosofia, mesmo o marxismo ficou sendo estudado.

Professores e alunos chegariam a ser presos. Muitos professores seriam aposentados compulsoriamente, aposentadoria esta nitidamente resultado de perseguições políticas e administrativas como resultado da intromissão do regime ditatorial nas universidades brasileiras.

Esta fase terrível da vida acadêmica brasileira aconteceu, para sofrimento de muitos e, por via de conseqüência, para prejuízo de todo um povo, que só em 2006, terá a filosofia de volta à escola.

Em meio a um contexto de 2500 anos, teremos de volta a escola os ensinamentos que, desde a Grécia Antiga, já era intenção dos filósofos de ver a Filosofia ensinada para o homem do povo.

Com herança grega, temos em meio a uma democracia a volta do ensino de filosofia, após o fim de uma passageira ditadura militar, que agora poderíamos olhar para o passado, e ver em que contexto importantíssimo, temos a filosofia de volta a escola, após uma espera de quase 2500 anos.

Nenhuma esperança de liberdade foi em vão.

Finalmente a liberdade de pensamento; até que enfim, como diria Friedrich Engels (1820-1890), criador, junto com o seu colega Karl Marx, do comunismo científico e do socialismo contemporâneo, “o homem pode tornar-se senhor do seu próprio destino”.

Grande Engels.

Pelo visto, até acreditar no marxismo não foi em vão, como componente da esperança de um mundo melhor e pacífico, até porque Karl Marx odiava a guerra. Até o marxismo pode ser hoje discutido, defendido e combatido, enquanto ninguém conseguirá provar que ele é um excelente instrumento de reivindicação – e como declarar morto um instrumento de pleitear a justiça e a igualdade entre os homens?

Hoje podemos debater tudo isto, como uma homenagem justa e constante a todos os que lutaram pelo fim daquela ditadura – extinta, finalmente.

A eles, a homenagem de todo o povo brasileiro.

Texto: Dr. Jaime Clementino de Araujo

Nota explicativa: Paulo Medeiros

Webmaster:Paula Medeiros