31.3.13

Copa do mundo de futebol 2014






Nunca vi uma falta de respeito para com a nação, fazer o povo pensar  e respirar copa do mundo. É como que  a pátria de chuteiras estivesse acima até de todas necessidades.
O que vejo é um gasto incomum na construção de estádios modernos  quando nos falta na pratica tantas outras coisas, como bons hospitais e principalmente boas escolas publicas. o governo mente  quando diz  que a participação oficial não tão grande, mas toda  gente sabe  que não é isto que está acontecendo.
Antes  fiquei ate por alguns momentos, achando que  mesmo com dificuldades o evento seria  importante para  divulgar o nosso país, pois o povo alegre do Brasil merecia esta alegria. Entretanto, mudei de opinião com o desenrolar dos fatos e com a gastança desenfreada. Alias, o Brasil é  mesmo rico pois há muito que torram o dinheiro publico e ainda não acabou. Temos a maior carga de impostos do mundo , isto sem falar nas maiores taxas de juros do planeta, mas nada disto é totalmente  revertido a população.
Corremos também o risco de expor nossos problemas urbanos como trafego terrestre , aéreo e principalmente o da segurança do cidadão.
Seria  interessante se resolver as necessidades básicas para depois pensar em algo maior, ou seja  para estes eventos. Assim infelizmente, estamos com o caos a nos  circundar , onde por exemplo, com a melhoria do poder aquisitivo, passamos a ter mais carros nas mesmas estradas e ruas  que passaram anos  na mesmice  e estão despreparadas para receber o novo fluxo.
E agora o pior, o Brasil está mesmo com uma das piores seleções de sua historia, onde se corre o risco  frustante de perdermos  em nossa casa. Basta o leitor observar que no futebol europeu poucos brasileiros estão no ápice . O Neymar, a  maior estrela  do momento , muitos    questionam se teria o mesmo sucesso no estrangeiro.
Realmente, assim não dá.!



É tempo de Pascoa em Portugal



Amigos , noticias chegadas de Portugal, indicam que esta será  a Pascoa menos comemorada nos  últimos anos, devido principalmente   a condição em que  atolaram a sociedade portuguesa.

A culpa não é da direita  ou da esquerda . A direita só é situação  agora por aproveitar-se do momento econômico e nunca  vi tantos  erros. A esquerda um pouco mais  sensível com os  menos favorecidos  ainda paga pela descolonização errônea a que  submeteu o país.

Mas o erro maior , e que  quase  ninguém admite  de Portugal foi virar as  costas a toda uma historia  e ao passado. Trocou sua essência desbravadora por uma dependência  europeia de fazer vergonha . Assim, este é  o preço, pois na óptica  do bom senso a Europa só é boa para os ricos do norte.



Texto: Paulo Medeiros
Fotos: WEB
Webmaster: Paula Medeiros

23.3.13

PAPA VELHO DA ARGENTINA NÃO VAI FAZER IGREJA NOVA




Jorge Mário Bergoglio, um idoso de 76 anos, filho de um italiano, reformado (emérito) como arcebispo da diocese de Buenos Aires, capital da Argentina, vizinha não muito amada do Brasil (particularmente no futebol), foi eleito pelos seus pares cardinalícios da Igreja Católica no dia 13 e entronizado como Senhor do Estado do Vaticano a 20 de Março (Dia do Pai) como Papa Francisco I.

É o primeiro Papa jesuíta (Companhia de Jesus) e da América Latina (países que falam as línguas Hispânica e Portuguesa). É mais um pontífice com a vida próxima da morte que irá manter a continuidade de uma Igreja velha, cansada, quase parada e ultrapassada pelo tempo em que vivemos na Europa e nos USA.

O Papa Francisco I decidiu usar um “anel de latão” (prata coberta a ouro), recusando a ostentação da jóia de ouro católico e afirmou: “Como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres”. Um papa, João Paulo I, que pensou e disse algo parecido, tendo sugerido a aplicação de algumas riquezas da Igreja na erradicação da pobreza no mundo, apareceu morto após 33 dias do exercício papal. Recordamos que essa era a religião que Jesus de Nazaré queria para a Terra, mas a política do Poder e a apetência pelo Dinheiro desviaram o Catolicismo para os caminhos com ações de lutas internas, de guerras expansivas e negócios nada cristãos (quem não se lembra das famigeradas Cruzadas e dos escândalos do Banco do Vaticano?).

Segundo o brasileiro Sebastião Soares, de Belo Horizonte (Minas Gerais) “O novo Papa Francisco I é um católico conservador, contra o aborto e o matrimônio igualitário. Foi aliado da Ditadura Militar na Argentina em atos de tortura e morte de presos políticos. Conseguiu se livrar de vários processos.

É o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta da história a assumir o posto, o que torna a temida congregação ainda mais forte.

Os missionários jesuítas, tradicionalmente, sempre foram aliados dos poderosos, com muitas regalias nos seus variados negócios, especialmente na educação. Abençoaram o genocídio indígena no Brasil e nos demais países colonizados, são coniventes com várias práticas de governos ditadores e amigos de governos de direita.

Jorge Mário Bergoglio é inimigo declarado do governo argentino desde a gestão de Nestor Kichner, que recusou a sua interferência nas decisões de Estado do governo argentino. Pode vir a ser um adversário feroz dos governos progressistas da América Latina e um aliado de primeira hora das ações imperialistas dos Estados Unidos, na melhor tradição jesuítica.

A Igreja Católica progressista tem muito a perder com o seu pontificado.



Com certeza, para a grande mídia golpista é o homem ideal: missionário, aparentemente humilde, voto de pobreza e simpático”.

Se Jorge Mário não mudou com a mudança de cardeal para papa, as mulheres vão continuar a ser menosprezadas e marginalizadas pela Igreja Católica, como se pode entender destas suas palavras, apesar delas serem a imagem viva do Catolicismo praticante e socialmente cristão...





Texto de Marques Pereira (20.Mar.2013)

Fotos: ANI
Webmaster: Paula Medeiros

9.3.13

Hugo Chavez




Morreu aos 58 anos de idade, o presidente Hugo Chavez da Venezuela. Realmente o mais  controverso líder Sul-Americano que se tem noticia na  historia recente de nosso continente.

Muito embora sua morte tenha levado comoção a muita gente, nos cabe refletir se suas ações como presidente da republica bolivariana foram realmente uma unanimidade. 

Pessoalmente convivi com muitos estudantes Venezuelanos quando vivi em Espanha, e lhes digo que até la as opiniões eram divididas.  Na pratica, Chavez há quatorze anos que  divide os venezuelanos, e na  verdade criou mais  animosidades do que união dentro de seu próprio povo. O mesmo incitou os  pobres contra a classe média de seu pais, na justificativa infundada que estes eram os  responsáveis  por sua  pobreza.

Sua popularidade entre  os  menos desfavorecidos, tem as  mesmas características daqueles  que, a custa de "programas sociais" querem se perpetuar no poder. A prova  maior deste  raciocínio cabe  aos lideres mundiais que o apoiavam, como os irmãos Castro, Mahmoud Ahmadinejad , Evo Morales , todos com tendencias ditatoriais. 

Os irmãos Castro , muito provavelmente pela  enorme quantidade de petróleo subsidiado que  recebeu, e o líder iraniano pelo apoio as  empresas iranianas  além de utilizar-se da  oportunidade para melhorar sua imagem perante o mundo.Assim , até neste  aspecto é tudo controverso.

A politica  de seu governo se baseou muito em programas  sociais  em que se subsidia alguma  coisa  a pessoas menos favorecidas, conquistando uma fidelidade doentia  e ao mesmo tempo empolgante junto a quem nunca  teve oportunidades.

De qualquer forma  se deve manter respeito a quem não deveria morrer da forma que  aconteceu, ainda relativamente jovem onde tinha ainda  tempo de tentar provar que não estava errado.Seus opositores afirmam que até no seu tratamento da doença , o presidente não confiou  nos venezuelanos. A duvida  agora  é como vai se  comportar e governar seu sucessor politico, Nicolás Maduro, e uma  verdade é certa ,  de bem ou mal Hugo Chavez mudou a identidade venezuelana.






Texto: Paulo Medeiros
Fotos:WEB
Webmaster: Paula Medeiros


5.3.13

NÃO EXISTE CÉU NO VATICANO



Desde a fundação da Igreja Católica Apostólica Romana que a luta pelo Poder sobre os humanos tem sido renhida entre famílias e grupos. Muitos têm sido os interessados em sentar-se na cadeira de Pedro e para isso tem valido tudo, desde a compra de votos e influências políticas a envenenamentos, assassínios e guerras armadas entre reis e estados.
Passada a Idade Medieval, dita catolicamente Idade das Trevas, entrou-se numa fase de “pacífica” hipocrisia em que nada é o que se diz e nem tudo o que de Verdade é.
Para melhor compreender o auto-fastamento do papado anunciado por Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) não fica mal a ninguém ler o seguinte artigo de Eduardo Febbro intitulado “A História Secreta da Renúncia de Bento XVI”:  


“Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender a sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível do seu processo de decomposição moral. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.

Paris - Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar da sua viagem ao México e a Cuba.

Naquele momento, o Papa, que encarna o que o director da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama ?uma continuidade pesada? de seu predecessor, João Paulo II, descobriu num informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro.

O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. 

Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas.
Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: ?desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu:
•        a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986;
•        o Evangelium Vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida;
•        o Splendor Veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla?.
 
Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. 

O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem na sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz ?dar testemunho da verdade?. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente.

Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Procurou mudar a sua imagem com métodos modernos.

Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. ?Minha ideia é trazer luz?, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. 

A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes continuam sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar no seu lugar um italiano na tentativa de refrear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. 

Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. 

Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública a sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa.

Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canónicas adoptadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do Mundo. 

Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que os seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o Papa ?se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob o seu reinado?. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira.

O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquilhadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise actual. 

Em Setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano.

Próximo da Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e económica Caritas in Veritate, publicada pelo Papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano.

As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, o chamado ?banqueiro de Deus?, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. 

João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia-lhe muito. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro ?não contabilizado? do IOR para as contas do sindicato polaco Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais.

Marcinkus terminou seus os dias jogando golfe em Phoenix, no meio de um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres.

No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. O seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçónica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. 
Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos à frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas ?irregularidades? na sua gestão.

Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro.

Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu o seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de ?políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado?. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. 

Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do Papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. A sua destituição veio acompanhada pela difusão de um ?documento? que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa.

Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do Papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção.

A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, protecção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema”.
(Tradução: Katarina Peixoto)

Texto introdutório de Marques Pereira
Foto: ANI
Webmaster: Paula Medeiros