26.4.14

25 de Abril de 2014






Há  aqueles que afirmam que mudou-se para  a democracia, e há aqueles mais saudosistas que afirmam que se esqueceu do passado de glórias. Na nossa óptica, em seu lado brasileiro verificamos que a revolução dos cravos teve sua importância, pois influenciou o sentimento de liberdade  porque naquela altura o Brasil estava prisioneiro de uma  ditadura militar.

Assim o exemplo de empunhar um cravo em seus fuzis , teve um efeito psicológico devastador na cabeça dos militares da época. Era a derrubada de um regime mediante a alternativa da paz.

Do ponto de vista dos editoriais portugueses só vi uma opinião em comum. É que hoje se tem mais qualidade de vida do que em 1974. Mas isto não foi uma consequência da revolução e sim por fazer parte da união européia, quando  das melhorias estruturais oriundas dos pseudos recursos  à fundo perdido.

Nos dias atuais vive-se sim, uma tenebrosa dificuldade, infelizmente devido a inoperância da classe politica que costuma legislar em causa própria e a beneficio de alguns levando a maioria da população a grandes dificuldades.

Tenho a convicção que muito disto começou no período pós 74. O acumulo da incapacidade de gerir a nova liberdade promoveu muita coisa que levará anos para se superar. mas, mais uma vez na historia Portugal vencerá. De momento, vivamos mais uma vez as comemorações

Nas  deste ano,  gostei imensamente das fotos  atuais que nos traz a áurea do ano de 1974 e há entre elas uma em especial e que trás a frase especial que sintetiza tudo:


Nunca deixe de sonhar!






Texto: Paulo Medeiros
Foto: Tiago Miranda(Expresso)
Webmaster: Paula Medeiros


21.4.14

O HOMEM QUE MUDOU A HUMANIDADE OCIDENTAL



O religioso judeu Jesus de Nazaré indignou-se e revoltou-se contra a sua religião judaica dizendo ser “Filho de Deus”. Enfrentou os líderes do templo do Judaísmo, em Jerusalém, os quais, depois de O considerarem herege e traidor do Judaísmo, em conluio com os Romanos condenaram-no  à morte por crucificação. 

No meio desta saga religiosa imaginaram-se e fabricaram-se muitos fatos duvidosos e falsos que O trouxeram “vivo” até hoje, tendo a Igreja Católica começado a vê-lo e a dizê-lo como o Homem feito Deus, divindade que vem prevalecendo no seio de parte da Humanidade como criador e doutrinário do Amor ao próximo.

Pratiquemos, pois, o Amor ao próximo para que haja respeito, bondade, solidariedade, misericórdia e, acima de tudo, Paz nos lares, bairros, ruas, vilas, aldeias, cidades e países deste mundo em que alguns estão a desenvolver uma rota social, ambiental e bélica de intolerância, insensibilidade humana, confronto e destruição da Humanidade (e da Terra) que nenhum deus poderá evitar, se cada um de nós, todos, não viver com verdadeiro afeto e ajuda aos mais pobres, infelizes e doentes.

Que tenhas uma santa Páscoa, refletindo bem sobre a vida que se está a degradar e para a qual as orações, debates, sermões e os nossos santos mortos já não têm remédios para curar os graves problemas da atualidade…

Haja aleluia entre os que ainda estão vivos, pois só eles poderão salvar o que ainda há para salvar!

Texto de Marques Pereira
Foto: A.N.I.

Webmaster: Paula Medeiros  

13.4.14

O sonho de ir em missão ao Espaço



Em nosso encontro no Alentejo, guardo na memoria muitas coisas que  conversamos com o Marques Pereira. Entre estas lembranças , tem a que um dia o então jovem estudante português se ofereceu a Nasa para participar em uma missão ao espaço . O assunto foi até noticia em jornal da época. 
Naquela  altura , chamou também atenção da PIDE. Enfim, era algo incomum.
Meu irmão, então perguntou-me se nunca tinha sido publicado algo, aqui no nosso blog. Foi então que lembrei-me que o Marques ja havia publicado anos atras . Portanto, pelo interesse de alguns republico o mesmo texto de oito anos atras.
Espero que gostem!




"O Ser Humano que não sonha nunca viverá tudo o que pode e não alcançará o máximo que gostaria de fazer a si e possuir para a sua auto-estima.

Todos os que não se lançam na aventura do desconhecido, naquilo que os outros pensam que nós não somos capazes de realizar ou atingir, nunca conhecerão o seu potencial anímico, a inteligência e a coragem que têm no cérebro e no corpo.

Após a URSS ter colocado no Espaço o primeiro satélite artificial, em 4 de Outubro de 1957, o “Sputnik -1”; e em 7 de Novembro o primeiro ser vivo (a cadela “Laika”), eu e um amigo da minha idade adolescente escrevemos uma carta ao governo dos United States of America (USA) a oferecermo-nos voluntariamente como cobaias humanas para seguir no satélite norte-americano que estava a ser planeado e preparado para a grande corrida espacial entre as duas maiores potências do mundo, ao tempo envolvidas numa chamada e ameaçadora “guerra fria” política.

Nessa carta escrita por mim e inserida numa notícia do jornal “Diário Popular”, de Lisboa, edição de 15 de Novembro de 1957, com o título “DOIS ESTUDANTES OFERECERAM-SE PARA SEGUIR NO SATÉLITE AMERICANO” dizíamos: “Não queremos com este arrojo, este humanitarismo e esta decisão receber quaisquer galardões; queremos apenas ser úteis!”. Queríamos apenas ter uma oportunidade de ser úteis, pois o regime fascista-católico do Salazarismo que então governava e subjugava em Portugal tirava-nos a Liberdade e a Esperança, mas não conseguia matar-nos a vontade e a coragem que sentíamos dentro de nós.

Dois meses depois, a 17 de Janeiro de 1958, o referido jornal lisboeta publicava o texto de uma carta com a resposta do major-general John B. Mendaris, chefe do Departamento de Projecteis Balísticos e Teleguiados do Exército dos U.S.A., que dizia: “A vossa carta de 15/11/57, em que se ofereciam como voluntários para arriscardes a vossa vida pelo bem da Humanidade, recebeu a nossa melhor consideração. (…) Louvo a vossa coragem e os motivos que vos compeliram a tal”.

O meu sonho terminou assim, mas os meus olhos continuaram a perscrutar o Espaço e a ir, morrer e regressar à Terra com os astronautas e cosmonautas. E fiquei muito feliz por ter “acompanhado” o tenente-coronel da F.A.B., Marcos César Pontes, brasileiro natural de Bauru-S.Paulo, nascido em 11/3/1963, que em 30 de Março de 2006 viajou até à EEI/ISS (Estação Espacial Internacional), partindo do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão-Ásia Central).

A oferta da minha vida que fiz aos U.S.A., após a saída da notícia no jornal “Diário Popular” pôs no meu encalço a polícia política da Ditadura, a PIDE, sendo sido levado até um chefe que me quis ouvir, puxou-me as orelhas com ambas as mãos e afirmou: “Tu não vais a lado nenhum, porque nós precisamos de ti para ires defender as nossas colónias. Não voltes a ter sonhos destes!”. Este episódio não foi noticiado em qualquer jornal, porque a Censura não deixou.

O primeiro homem a viajar no Espaço, à volta da Terra, foi o russo Iuri Gagarin, em 12 de Abril de 1961. Uns dias antes, eu tinha partido de avião para um dever pátrio do qual regressei ao fim de dois anos: a Guerra Colonial que começou na então província ultramarina portuguesa de Angola. O meu “destino” imposto pela PIDE cumpriu-se, mas sobrevivi.

Em 20 de Julho de 1969, os astronautas norte-americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin, partindo no módulo lunar “Eagle”, foram os primeiros seres humanos a pisar o solo agreste e sem vida da Lua, um satélite da Terra que nos faz sonhar com noites românticas de amor ao luar.

Os U.S.A. têm em curso um programa espacial que voltará a levar o Homem à Lua em 2018, mas eu “ainda não fui convidado” para seguir nessa segunda viagem humana ao satélite natural do nosso planeta.


Com os pés bem assentes na Terra, hoje posso dizer não fui nem jamais serei astronauta, restando-me a consolação de não me esquecer que sou descendente dos pioneiros dos Descobrimentos, esses corajosos, persistentes e heróicos navegadores Portugueses que se lançaram no Desconhecido que então eram os grandes oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, em naus que pareciam grandes cópias de cascas de nozes, à descoberta de “novos mundos”, tendo eles chegado, entre outros pontos longínquos do hemisfério Sul, a um porto seguro do Brasil onde nunca tinham sido vistos homens brancos…"



Texto introdutório: Paulo Medeiros
Texto Principal: Marques Pereira
Foto:Web
Webmaster: Isabela Medeiros

9.4.14

ESTA SEMANA ESTAMOS DE LUTO










Sim, quase todos nós, Portugueses, sentimos a morte de José Wilker, o magnífico ator brasileiro que tanto entretenimento nos deu a representar “José Santeiro” e outras telenovelas.

Consequentemente, faço uma semana de sentido luto.

À família e aos brasileiros apresentamos os nossos sinceros pêsames.






Texto de Marques Pereira

Foto: MP e ANI.

Webmaster: Isabela Medeiros