24.8.14

ROBERTO LEAL: UM LUSO-BRASILEIRO DO AGOSTO EM PORTUGAL








Não gosto da imagem de luso-brasileiro de Roberto Leal, nem de muitas das suas canções, mas neste Agosto de 2014 gostei de o ouvir cantar nos canais de televisão TVI e RTP.
E gostei da forma como surgiu em palco acompanhado de duas jovens sambistas para “enfeitar” o sotaque das suas cantigas.
Agosto é o mês do povo-povo e dos emigrantes portugueses. Os que não andam atrás das populares cantigas-pimba vão para as praias do sul alentejano e algarvio soltar o corpo ao sol. Outros preferem aproveitar os fins de semana para ver o regressado futebol dos seus clubes, o Benfica, Sporting, Porto e outros mais pequenos como o Braga, o Estoril e o regressado “tripeiro” Boavista.  
Enfim, este mês é de festas, férias e muitas cantigas, diversão, touradas. E de comer os bons e variados cozinhado. E de beber os magníficos vinhos e cerveja de Portugal.
No Brasil também anda “meio mundo” muito divertido” com as campanhas eleitorais para a Presidência, particularmente a luta política pelo Poder de duas mulheres socialistas: a Dilma e a Marina. E não é que uma delas vai ganhar!





Texto e fotos de Marques Pereira.


17.8.14

Viagem a Portugal - Final





Como já havia dito anteriormente, nesta viagem , tive  a oportunidade de ir mais  além de Portugal e assim  aproveitamos para ir a Espanha rever os locais onde um dia vivemos  e conhecer a França, onde estivemos pela  primeira vez. 

Em   meu pensamento  era  também a oportunidade de comparativamente sentir o reflexo do que acontece na Europa e ver de perto esta crise que tanto aflige, principalmente os menos favorecidos

Assim depois de aproveitarmos bem alguns dias do convívio Alentejano, fomos a Espanha, onde  percebe-se logo que os efeitos da crise afetam mais as pessoas do que  em Portugal. E explico melhor esta  minha  afirmação. Em Portugal , na historia recente, há um histórico maior de crises e dificuldades e a maioria das pessoas mesmo sem querer ficaram mais aptas para o enfrentamento destas situações. 

Em Espanha percebi entre os jovens um desemprego muito evidente com muita  gente parada  e sem nada para fazer. Para ilustrar, tenho a dizer muitos  dos  locais  que  frequentei estavam simplesmente fechados.

Em Granada, cidade essencialmente  repleta de estudantes, já não vi as ruas tão repletas de consumidores, como um dia já  havia  visto,   muito pelo contrario, havia  até  uma tentativa de conquistar clientes com pessoas a  distribuir panfletos na  rua, como em qualquer cidade sul americana.Mas, são as alternativas normais  em tempos mais  difíceis.

Assim,  na península ibérica de alguma forma tudo mudou, mas com características diferentes.  A forma de como aconteceu a crise, e de como foi enfrentada, a impressão que tenho é que Portugal se saiu melhor. Portugal a população é mais preparada para momentos como esse.

Em Portugal outro fator que  auxilia, é o fato de ser mais cosmopolita e onde o estrangeiro consegue se integrar mais  facilmente  explicado por razões  históricas. Em Espanha os danos são maiores, pois o desemprego é maior e eles estão a pagar a conta de terem se achado um potencia econômica, maior do que realmente eram.

Tive  a oportunidade de ir em França, e conheci a belíssima região vinícola de Bordeaux. Conhecer este pais, foi a oportunidade de constatar que realmente a crise é para os mais pobres. Por mais que se diga que  existe a crise , a mesma é muito pouco perceptível. Na verdade nem parece que existe.

Por isso tenho a ideia  que tudo vai passar, embora  que  deixando suas marcas e questiono se a comunidade europeia é  mesmo bom para países como Portugal e Espanha. Virar as costas para um passado de glórias e mergulhar no questionável plano de Europa única, será que vale a pena?

Que o leitor possa responder.........




Texto e foto :Paulo Medeiros
Webmaster: Paulo Medeiros

4.8.14

Visita a Portugal - Parte II






Continuo hoje relatando aquilo que achei interessante para o nosso publico leitor, principalmente quando este retorno as terras lusitanas se dá em um momento em que todos   falam em crise.
É evidente que tudo está  realmente muito diferente em relação a  anos atras, mas em alguns momentos se tem a impressão que ha um certo exagero porque através da reação da população os efeitos da crise  pode ser minimizados. Claro que para muitos , o efeito foi devastador, principalmente para  a classe média.
Bem, cheguei a Elvas pela estrada nacional, vindo antes de Extremoz e depois de ter cruzado boa parte do Alentejo. A cidade ao entardecer com aquele sol magnifico, denota  que ser agora patrimônio da humanidade, é uma acréscimo  a sua importância  e beleza, sem perder jamais aquele aspecto calmo e tranquilo na paisagem alentejana.
Fui também a Leiria, Ponte de Sor e muitos outros caminhos, afinal teria de aproveitar o pouco tempo para tantos lugares. O interior de Portugal que muitos acham um tanto sonolento, é mesmo fantástico pois tem muitas coisas que me é difícil descrever. O leitor pode ter uma ideia e tenha  a certeza o ideal é mesmo conhecer.








Reencontrar os amigos foi muito bom, e degustando aqueles vinhos da região  tudo fica  melhor ainda. lembrando sempre que o Alentejo, sem medo de errar, tem hoje um dos melhores vinhos do planeta.
O principal assunto naquela altura era sobre o mundial de futebol no Brasil, as  dificuldades da seleção portuguesa e sobre  a fraca equipe brasileira  neste mundial. Sobre isto tenho a  acrescentar que sempre é  bom ouvir opiniões  diferentes, nos faz experimentar uma óptica  diferente. Assisti vários comentaristas da Tv portuguesa mostrar o que a maioria dos brasileiros não via, a  dificuldades em passava o nosso futebol e  no Brasil todos sem prever o hecatombe que aconteceu alguns  dias adiante.






Foi assim , que forçosamente descobrimos que os brasileiros deixaram de ser os melhores do futebol no mundo e que  a derrota frente  a Alemanha foi uma lição difícil de ser esquecida , mas que  serve para abrir os olhos em muitas coisas ate  mesmo fora  do futebol e assim  finalmente descobrir que   refazer e reiniciar fazem parte do ciclo da vida.
Nas minhas observações também procuro fazer analogias sobre a qualidade de vida , bem estar e principalmente o comportamento das pessoas. Não é  a toa que a formação cultural de um povo é extremamente importante em suas ações . A resignação não pode jamais ser confundida com desinteresse, mas sim como um instrumento de resistência. Assim é o que se passa com a população sofrida que muitas vezes foi obrigada a procurar encontrar um Portugal em outros  cantos  do mundo. 
Hoje já  não creio que  a migração seja uma  saída  definitiva, mas  de  certeza não é tão mais dolorosa que  em outros tempos.
Até a próxima e parte final, onde relatarei as minhas conclusões.......


Texto:Paulo Medeiros
Fotos: Foto 1 Elvas -WEB
Fotos 2, 3 e 4: Paulo Medeiros
Webmaster :Paulo Medeiros