Fazia tempo em que não se falava
tanto em plebiscito. As eleições na Escócia, retomaram o assunto e reacendeu a
discussão sobre os movimentos separatistas ,tão comuns em algumas regiões
importantes da Europa.
No caso específico da Escócia, tenho
a certeza que seria pior para a população a criação de um novo país pois
naquele caso economicamente seria inviável para ambos os lados, apesar dos
escoceses reclamarem muito da arrecadação. Portanto são problemas isolados que
não afetam os reflexos e consequências da decisão soberana da população.
Em Espanha, em breve teremos um
plebiscito na Catalunha e as características levam a crer que tudo será
bastante diferente pois a disputa tem muitos ingredientes que foram adicionados
na historia recente. Outro aspecto é que, economicamente para a Espanha perder
a Catalunha seria um desastre, e sinceramente não sei se o "não" tem
condições de vencer.
Relativo ao acontecido na Escócia há
de se acrescentar que a questão não foi apenas bom senso, mas sim também não
correr contra a maré comunitária onde a característica é a união e não a
divisão. Outro fator se deve também registrar é que não seria fácil fazer parte
da zona do Euro.
Na América temos o maior exemplo em
que a união muitas vezes é maior que a razão. A América portuguesa tão grande
permaneceu unida formando uma só nação que é o Brasil. Claro que o fator
preponderante foi a língua portuguesa, mas a união foi acima de tudo o mais
importante.
Não posso dizer que o exemplo acima
sirva para tudo, mas o leitor com certeza há de concordar que trata-se de pelo
menos um grande argumento. E é só observar como a America espanhola, tão dividida e com tantos países não conseguiu quase nada através disto.
Assim este conteúdo serve também para
alguns que em Portugal, imaginam que as regiões autónomas da Madeira e Açores
não fazem parte do território nacional. Um absurdo tão grande, que nem sei se é possível imaginar se um dia alguém pensou em levar adiante tal ideia.
Uma coisa é certa, depois dos debates e do resultado, nada mais sera igual. Pelo no exemplo britânico foi aberto a possibilidade de se mudar as fronteiras pelo voto, o que não deixa de ser um avanço. É de se esperar que aconteça o mesmo nas demais regiões.
Assim vai seguindo o mundo!
Texto de Paulo MedeirosFotos :WEB