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Tédio
É esse vazio
Que me enche a alma
Esse vazio calmo
Dessa noite calma
Desse dia calmo...
Até quando isso, meu deus!
Comentário: este – e todos os outros poemas até aqui – foram produzidos há muito tempo... Entre vinte e quinze anos no passado. Nesta época todo o meu mundo transformava-se continuamente e numa velocidade nem sempre por mim compreendida. Mas tive a sorte de perceber que, apesar de todo o descortinar de novidades que se tornava a tônica daqueles dias, seriam dias simples e mudanças paulatinas que realmente comporiam o real.
Toda aquela vicissitude deveria dar lugar à estabilidade, este sim a garantir esta nesga de vida do universo, até mesmo na quase improbabilidade de sua existência. Não que queira dizer que as transformações, as revoluções e as mutações não tenham importância. Longe disso. Mas para que sejam assim encaradas serão sempre casos isolados, especiais, um pequeno número paradoxalmente sem fim – pela infinitude da do cosmos – mas muitas vezes únicas num lapso de vida finito como o nosso. O mundo muda todos os dias, muito mais na lentidão da calma que no espocar das manchetes de jornais... Pelo menos as mudanças substanciais são assim.
Viva a calma!!!!
Texto: Luciênio Teixeira
Nota do redator: Paulo Medeiros
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