Em Agosto milhares de emigrantes portugueses espalhados por
todo o mundo regressam às suas aldeias e vilas de norte a sul do País para
festejarem, profana e tradicionalmente, os seus inventados “santos” e “santas”
com grandes comezainas bem regadas por vinho e cerveja.
A música regional e os cantores populares dão
alegria aos palcos e terreiros, acompanhados de “coristas” com muito corpo para
mostrar aos olhos gulosos e desejosos de “carne” portuguesa saltitante, sensual
e risonha.
Os festivais de música “rock” repetem-se de norte a
sul e os jovens aproveitam estes eventos para ir dormir e copular com os
namorados e as amigas íntimas em tendas onde só há espaço para um e mal.
As largadas de touros e as touradas enchem vilas e praças
tradicionais onde os cavalos, bois e vacas são tidos como “cultura do povo”
local.
As praias, com ou sem sol de Verão, enchem-se de
homens, crianças e jovens vestidos e despidos. E, apesar da fome causada pela
atual política do governo ladrão da Direita, há cada vez mais mulheres gordas a
“derreter banha” pelas areias douradas.
Os jogos do futebol de pré-época 2013/14 já
chegaram e todos já podem aplaudir, alegrar-se, zangar-se, gritar contra os
árbitros e aplaudir e assobiar o Benfica, Porto, Sporting, Braga e os outros
clubes de todas as dimensões clubistas e bairristas.
Apesar de toda esta alegria e liberdade de viver as
férias de Agosto, há dois “gajos” que só podem sair à rua protegidos por mais
de duas dezenas de polícias e guarda-costas: o presidente da República da
República (Cavaco Silva) e o primeiro-ministro (Passos Coelho) que são os
fazedores da desgraçada vida dos portugueses e de Portugal.
Mesmo assim, com diversos montes de Portugal a
arder, tanta pobreza e fome, mais tantas dificuldades para viver com dignidade
e como europeus iguais em direitos e salários, estamos a viver e a morrer num
mês de sol, alegrias e diversão…
Texto de Marques Pereira (04.Ago.2013).
Fotos:
A.N.I.
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Paula Medeiros
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