Como todo o político com poder é corrupto, corrompido ou subornado por
indivíduos ou empresas ávidos de ganhar ou roubar mais dinheiro ao Estado, a
última semana foi rica em notícias sobre a ação da Justiça sobre a corrupção em
Portugal.
Duarte Lima foi líder parlamentar do Partido
Social-Democrata (PSD) português e como advogado meteu-se em negócios com o
Banco Português de Negócios (BPN) burlado e falido pelo ex-Secretário de Estado
dos Assuntos Fiscais do governo de Cavaco Silva, atual presidente da República
Portuguesa.
Na sua gula financeira. Duarte Lima cometeu crimes de burla e lavagem de
dinheiro sujo, tendo sido agora julgado e condenado a 10 anos de prisão
efetiva. Outros companheiros dos seus ilícitos sofreram também condenações. Safou-se
de ser metido na cadeia o filho que Duarte Lima usou em mais esta burla de
“laranjas”.
Este militante da “social-democracia” portuguesa (PSD) também anda a ser
perseguido pela Justiça brasileira que acusa Duarte Lima de ter matado uma
mulher no Brasil e já foi noticiado que foi emitido um mandato de captura à
Interpol.
Enfim, Duarte Lima, um dos grandes militantes do PSD, foi confirmado como
burlão em Portugal e assassino no Brasil, onde também há outros políticos da
Direita que ficaram famosos pelos seus atos de corrupção.
Não vou agora referir os nomes de todos, mas ainda me recordo do caso que
envolveu o 32º presidente Fernando Collor de Mello, um produto político oriundo
do Nordeste brasileiro para o PDS, que foi exonerado do cargo, e o badalado
Paulo Maluf, etc., etc., etecétera. Um brasileiro disse-me uma vez que “Os
políticos corruptos do Brasil e os seus encobridores e apoiantes são piores do
que as perigosas e venenosas cobras jararacas”. Será mesmo? Há muitos
brasileiros que comparam a vida política à vida selvagem dos animais existentes
no seu país.
“A corrupção política pode ser grande ou pequena e organizada ou
desorganizada. Pode ser iniciada nos escritórios de agentes políticos e seus
partidos, nos escritórios das grandes ou pequenas empresas, nos escritórios de
agências governamentais, em grupos religiosos. Pode também se iniciar até mesmo
em reuniões sociais como festas de aniversário, de casamento ou de velhos
amigos da escola”.
Os que não aparecem hoje como corruptos podem aparecer amanhã nas malhas
das polícias, nos tribunais e na prisão. É tudo uma questão de tempo para engaiolar
os grandes e pequenos políticos que um dia quiserem enriquecer à custa do
dinheiro dos corruptores e do Estado e, pelas linhas tortas da escrita e
palavra do Deus que serve para o Bem e para o Mal, para abençoados e ladrões,
as migalhas vão servindo para o povo-povo viver com a dignidade pessoal que
eles vão perdendo.
E vão ficando casos de corrupção por concluir (até quando?) como aquele das
“luvas” da compra de dos dois submarinos que levaram à prisão alguns
intervenientes na Alemanha e mas não em Portugal, tratado assim pelo humor
sempre presente nos portugueses atónitos…
Texto de Marques Pereira, edição de 29.Nov.2014.
Fotos: ANI
Sem comentários:
Enviar um comentário