Depois de quase oito horas de avião, eis que nos
aproximamos de Lisboa. embora o
bilhete fosse da TAP, estávamos chegando
em um avião espanhol, com tripulação espanhola haja visto ter sido o mesmo
alugado pela companhia com a finalidade
de minimizar os constantes atrasos nas ligações
com o Brasil.
A outrora melhor companhia do mundo para todos os
portugueses e a que para mim sempre a
mais segura, também transparece a crise que assola Portugal.
Assim, depois de algum tempo, finalmente estava eu novamente em Lisboa, e com muita alegria neste inicio de
verão que mais parecia primavera. Lá já estava meu irmão a espera para irmos a principio em um lugar em Lisboa que
nossas esposas adoram, o centro comercial Freeport, o maior Outlet da Europa e que se situa em Alcochete nos
arredores de Lisboa. Digo que não só nossas mulheres , mas enfim acho que todas
e tenham a certeza elas estavam com razão pois
preços são bem abaixo dos praticados no Brasil especialmente quando se trata das marcas mais famosas
Encontramos o
lugar com muito menos movimento do que costumava ver em outros anos, numa clara
percepção de que o momento é mesmo de se
apertar os cintos. Aliás, quero frisar
bem que culturalmente na Europa não há povo que saiba tão bem enfrentar crises como o português. Se o momento é de
restringir consumo, toda a gente disciplina seus gastos,não há nada igual. Bem diferente dos brasileiros que são
gastadores por natureza.
Bem,lá encontramos
com alguns amigos, com a
finalidade de iniciarmos o trajeto
até Elvas o que normalmente leva mais
horas que o normal, claro muito mais pelas visitas do que alguma dificuldade. Neste caminho, nossa
primeira parada foi em Vendas Novas, onde se come talvez as melhores bifanas de
Portugal. Para nosso leitor brasileiro, as bifanas são uma especie de sandwich
de carne de porco, e que é uma delicia.
Saindo da auto estrada, percebi logo
que a maior parte dos motoristas preferem mesmo ir pelas estradas nacionais ,
evitando as portagens (pedágios), que só trás prejuízo ao orçamento das famílias. Ai, já absorvi a ideia, pra que pagar se posso ir gratuitamente pelas
antigas estradas nacionais. As auto estradas são para quem tem um necessidade
urgente ou esta com dinheiro sobrando. Na vizinha Espanha, nas regiões menos favorecidas como Extremadura ou Andaluzia, o governo como incentivo não cobra os pedágios. Em Portugal, como foram dadas concessões, não ha saída, os mais pobres ficaram penalizados. Sinal dos novos tempos.
Desta maneira e conversando com os amigos já
fui sentindo a principio estes novos
tempos de Portugal, em um momento de crise, com muitos sacrifícios, cortes salariais, desemprego há de ser feito alguma coisa e que como tantas outras vai ser
superada não apenas com otimismo, mas pela perseverança do povo que já enfrentou épocas bem piores. Quero registar que apesar de tudo, a cidade continua linda....
Até a segunda parte.......
Texto : Paulo Medeiros
Foto 1: Urban texture by Elia Locardi
Foto 2 : Paulo Medeiros
Webmaster: Paulo Medeiros
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