Continuo hoje relatando aquilo que achei interessante
para o nosso publico leitor, principalmente quando este retorno as terras
lusitanas se dá em um momento em que todos só falam em crise.
É evidente que tudo está realmente muito diferente em relação a anos atras, mas em alguns momentos se tem a
impressão que ha um certo exagero porque através da reação da população os
efeitos da crise pode ser minimizados.
Claro que para muitos , o efeito foi devastador, principalmente para a classe média.
Bem, cheguei a Elvas pela estrada nacional, vindo
antes de Extremoz e depois de ter cruzado boa parte do Alentejo. A cidade ao
entardecer com aquele sol magnifico, denota
que ser agora patrimônio da humanidade, é uma acréscimo a sua importância e beleza, sem perder jamais aquele aspecto
calmo e tranquilo na paisagem alentejana.
Fui também a Leiria, Ponte de Sor e muitos outros caminhos, afinal teria de aproveitar o pouco tempo para tantos lugares. O interior de Portugal que muitos acham um tanto sonolento, é mesmo fantástico pois tem muitas coisas que me é difícil descrever. O leitor pode ter uma ideia e tenha a certeza o ideal é mesmo conhecer.
Reencontrar os amigos foi muito bom, e degustando
aqueles vinhos da região tudo fica melhor ainda. lembrando sempre que o
Alentejo, sem medo de errar, tem hoje um dos melhores vinhos do planeta.
O principal assunto naquela altura era sobre o mundial
de futebol no Brasil, as dificuldades da
seleção portuguesa e sobre a fraca
equipe brasileira neste mundial. Sobre
isto tenho a acrescentar que sempre
é bom ouvir opiniões diferentes, nos faz experimentar uma óptica diferente. Assisti vários comentaristas da Tv portuguesa mostrar o que a maioria dos brasileiros não via,
a dificuldades em passava o nosso
futebol e no Brasil todos sem prever o
hecatombe que aconteceu alguns dias
adiante.
Foi assim , que forçosamente descobrimos que os
brasileiros deixaram de ser os melhores do futebol no mundo e que a derrota frente a Alemanha foi uma lição difícil de ser
esquecida , mas que serve para abrir os
olhos em muitas coisas ate mesmo
fora do futebol e assim finalmente descobrir que refazer e reiniciar fazem parte do ciclo da
vida.
Nas minhas observações também procuro fazer analogias sobre a qualidade de vida , bem estar e principalmente o comportamento das pessoas. Não é a toa que a formação cultural de um povo é extremamente importante em suas ações . A resignação não pode jamais ser confundida com desinteresse, mas sim como um instrumento de resistência. Assim é o que se passa com a população sofrida que muitas vezes foi obrigada a procurar encontrar um Portugal em outros cantos do mundo.
Hoje já não creio que a migração seja uma saída definitiva, mas de certeza não é tão mais dolorosa que em outros tempos.
Até a próxima e parte final, onde relatarei as minhas conclusões.......
Texto:Paulo Medeiros
Fotos: Foto 1 Elvas -WEB
Fotos 2, 3 e 4: Paulo Medeiros
Webmaster :Paulo Medeiros
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