26.2.12

Sou contra a Copa do Mundo no Brasil




A realização da copa do mundo  em qualquer  país , seria  para muitos um motivo de orgulho, de alegria e até mesmo de progresso.

Seria mesmo,  mas  não em nosso Brasil. A motivação é simples, no momento temos outras prioridades e muito mais importantes. Temos  a necessidade urgente em melhorar a Saúde  e a Escola Publica.

Com a escolha  do Brasil, a corrida  a solução de alguns  problemas crônicos, trouxeram a tona que há algo muito maior a ser feito e não apenas privatizar alguns  aeroportos.

Percebe-se que o governo tenta a todo custo passar uma  idéia  maravilhosa de nosso país  tropical, que é “abençoado por Deus” e  esquece de mostrar a realidade de nossa segurança que  esta  muito distante dos  níveis europeu.

Outro coisa também, toda  a gente  sabe  que a corrupção e uma  classe política vergonhosa são subsídios de que muito dinheiro vai correr pelo ralo e que sempre os mais pobres é que vão pagar a conta.

Já estão sendo aprovados absurdos, como por exemplo, a venda das bebidas alcoólicas durante os  jogos, onde a  lei brasileira proíbe, mas vão suspender a lei durante o período. Que criatividade!

Alias, lei no Brasil  há muitas, o difícil é serem  cumpridas, pois a impunidade campeia. Para ilustrar basta ver quantidade de motoristas embriagados  que  vimos neste  carnaval, onde a fiscalização em extensas regiões não existe, e onde  encontramos  em algumas  áreas um efetivo de 30 homens para fiscalizar 70 cidades . Não dá mesmo.

Por esta  e outras é  que perdi o entusiasmo.

Preferia  não ver hospitais lotados, preferia que não pagássemos tanto imposto que não é revertido em serviços, preferia que fossemos melhor.

Será muita gastança por apenas  20 dias de festa!

Texto: Paulo Medeiros
Foto: Web
Webmaster:Paula Medeiros

19.2.12

SEXAGENÁRIOS E SEXALESCENTES




Recebi de uma amiga este excelente texto/reflexão sobre as novas pessoas que chegaram à fronteira da juventude e passaram com jovialidade a barreira dos 60 anos. Leiam os jovens, os idosos que um dia também “chegarão aqui” e os que aceitaram sem luta pela renovação o rótulo de “sexagenários”.


“Se estivermos atentos, podemos notar que está aparecendo uma nova franja social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes. É a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.
Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica, parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em
corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.
Este novo grupo humano, que hoje ronda os sessenta, teve uma vida razoavelmente satisfatória.
São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram,
há muito, a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.
Talvez seja por isso que se sentem realizados. Alguns nem sonham em aposentar-se.
E os que já se aposentaram, gozam plenamente cada dia, sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro, quer num, quer na outra.
Desfrutam a situação, porque, depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabem bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro.
Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.
Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de Poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude, em que eram tantas as mudanças,parou e refletiu sobre o que, na realidade,
queria.
Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas.
as cada uma fez o que quis: reconheçamos que não foi fácil e, no entanto,  continuam a fazê-lo todos os dias.
Algumas coisas podem dar-se por adquiridas. Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo “a geração dos sessenta" - homens e mulheres - lida com ocomputador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos, mandam e-mails com suas notícias, idéias e vivências.
De uma maneira geral, estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.
Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra.
Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada.
Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo. Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de uma modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.
Hoje, as pessoas na década dos sessenta estreiam uma idade que não tem nome.
Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje têm boa saúde, física e  mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.
Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...
Talvez por alguma secreta razão, que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no século XXI.”.


Texto com intróito de Marques Pereira.
Foto: ANI.
Webmaster: Paula Medeiros.

12.2.12

Motim na Bahia



 



Embora muita  gente não goste de utilizar o adjetivo “Motim”,  mas   a palavra significa  segundo o dicionário Aurélio de língua portuguesa ,que se trata da rebelião de militares subalternos contra seus superiores.

E isto é o que aconteceu no estado Bahia, quando soldados da corporação iniciaram um  movimento grevista  para  buscar melhores salários. Resta  lembrar que perante as  leis brasileiras  isto é ilegal, pois militares não têm direito a greve.

Imediatamente e nestes casos , para que o leitor da Europa compreenda, há de imediato a ação de tropas federais, neste caso intervenção imediata  do exercito e Força Nacional de Segurança. No Brasil as Policias Militares são estaduais, independentes entre si, o que  provoca  algumas distorções, dentre as quais  os  salários. Há estados que pagam melhor, outros que pagam muito mal.

Mesmo assim, em qualquer circunstancia não é admissível nem justo deixar a população à própria sorte, pois como possuímos um sistema de segurança combalido, imaginem uma cidade grande  como Salvador entregue a própria sorte. O  que  acontece? Imediatamente vem o caos. E foi o que  aconteceu, nas  primeiras horas , teve assaltos, assassinatos e principalmente  saques em vários estabelecimentos comerciais.
Os revoltosos invadiram a Assembléia  legislativa  do estado, e logo foram cercados por tropas federais, e começaram as  negociações. O s rebelados  foram comandados pelo ex- soldado Marco Prisco que já  havia sido expulso da corporação devido a mesma  motivação há  algum tempo atrás.

Embora  a população tenha  pago caro, o ato de rebeldia  não custou  nenhuma gota  de sangue, porém mostrou a fragilidade  do problema. Convém lembrar que  um dos  objetivos  do  movimento era  difundir  a insubordinação para outros  estados, como o Rio de Janeiro onde o Cabo Bombeiro Benevenuto Daciolo (líder do movimento do estado do Rio de Janeiro) já se encontrava na Bahia participando  da união conspiradora.

Conversas telefônicas, gravadas e divulgadas pela rede Globo mostravam uma  conversa entre  os lideres, numa demonstração da politização do movimento. Como conseqüência, a opinião publica  nacional que já  não aprovava  nada do que acontecia, desestimulou ainda  mais  o movimento que ficou fadado ao ridículo perante a  opinião publica.

Os lideres estão presos, e  a  historia de se  conceder anistia , creio que não vai vingar pois a anistia é apenas para casos excepcionais , o que não foi o caso.

Assim, o movimento ontem a noite, aprovou em assembléia  o fim da  greve, o que  já  era esperado. Todo este  episodio demonstra quão frágil segue  a segurança publica  do Brasil  e que o governo finge   não ver, preocupando-se apenas com os eventos mundiais  que  estão por vir.

Uma pena!





Texto: Paulo Medeiros
Fotos: Jornal A Tarde (Salvador)
Webmaster: Paula Medeiros

5.2.12

PORTUGAL ESTÁ A TIRITAR DE FRIO


O Pólo Norte soprou o seu clima para a Sibéria e toda a Rússia foi invadida por ventos gélidos e abundante neve que se espalhou por toda a Europa até a Portugal.

Em Itália, França e Espanha até nevou nas praias mais conhecidas dos europeus e brasileiros, tendo gelado lagos, rios, ilhas e fontes.

Portugal teve o pico mais frio em Miranda do Douro, no norte, onde os termómetros desceram até aos 12º graus negativos. Mas também no sul houve temperaturas do ar abaixo de 0º graus até -5 em Évora.

Mas nem tudo é mau, porque o Sol português brilha morninho entre as 10 e as 16 horas. Todavia, as barragens estão a ficar sem água e os agricultores e criadores de gado começam a recear uma seca que já está em curso.

E como ainda está muito frio fora de casa, o meu comentário de hoje fica por aqui para evitar que os espirros “danifiquem” o teclado do computador…

Que “inveja” eu tenho do Brasil onde se está a gozar os prazeres do verão da América do Sul…



Texto de Marques Pereira.

Foto: ANI.

Webmaster: Paula Medeiros.