28.7.13

Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013




Terminou ainda há pouco as solenidades da "Jornada Mundial da Juventude" com a missa do envio, celebrada pelo papa Francisco.

Mesmo com as falhas acontecidas durante o evento, devo afirmar que o encontro foi um sucesso pois demonstrou ao mundo o acolhimento de nosso povo e  principalmente  proporciona  o convívio do que é ser igreja na America latina ondem existem realidades injustas  e os  mais diversos tipos de mazelas sociais.








Mas não é  apenas o evento ser realizado aqui na  America do sul, mas  sim porque o nosso papa é um latino americano  e sabemos  com isto que aumenta bastante  a capacidade de conduzir  a igreja  através de uma  ótica de quem já  conhece os nossos problemas.

Segundo o arcebispo do Rio de Janeiro D. Orani J. Tempesta, o tema da Jornada Mundial  - "Ide  e fazei discípulos entre todas as nações- resume justamente este profundo ensinamento do evangelho: ser discípulos missionários que aprendem do senhor a capacidade de si mesmos para se tornarem mensageiros dele e mediadores da ação divina em favor das outras pessoas carentes não apenas do pão material , mas do pão da vida  e do pão da palavra.








Foi também anunciado hoje que o próximo encontro JMJ será na Polônia. Assim , nas areias de
Copacabana foi concluído mas um espetáculo que marca  definitivamente o Brasil no contexto  mundial de eventos.

As fotos  falam por si.!


Texto: Paulo Medeiros
Fotos:WEB
Webmaster: Paula Medeiros



21.7.13

100 ANOS DE VIDA: VIVER A SOFRER É ESTAR A MORRER


É a primeira vez que comemoro com alguém os seus 100 anos de vida. Um século! São muitos anos a andar, falar, amar e realizar neste planeta. 

A minha amiga Ana é uma alentejana, produto humano do trabalho da terra de uma vila no interior do Alentejo, onde o bom vinho tinto é famoso e o milho alimentar gostam muito de ser produzidos.

Teve sete filhos, pois naquele tempo ter muitos “rebentos” era ter mais braços para trabalhar para o sustento, economia e riqueza da família. Os seus descendentes já lhe deram netos, bisnetos e trinetos.

A D. Ana é uma mulher de boa memória, inteligente, lúcida, voz aberta e clara como um ribeiro a espelhar as árvores, atenta e crítica, não sendo como alguns idosos que pensam que tudo lhes vem do céu e só conversam em doenças e banalidades. Ela acompanha a vida da sua vila, do país, discute e até sugere soluções para os problemas políticos e sociais. É uma verdadeira matriarca e portuguesa produto das planícies a perder de vista do Alentejo.

 Mas quem a ouve a D. Ana? Quem presta atenção aos velhos de idade e corpo, se não alguns familiares que não esquecerem de que raiz e árvore genealógica nasceram. E um homem como eu que ela escolheu como um amigo que escuta a sua voz bem audível, sonante, do tempo passado e atual.



Neste último encontro, ela confessou-me: “Marques Pereira não se iluda nem considere este meu aniversário uma alegria por chegar aos 100 anos de vida, porque viver a sofrer não é viver. Uma pessoa quando começa a perder a visão, a audição e o movimento das pernas sofre muito, começou a perder tudo, porque a liberdade que nos dão estes três órgãos são vitais para nos sentirmos vivos, alegres, felizes, livres. A minha família e os meus amigos e amigas podem estar contentes por ver alguém chegar aos 100 anos, mas esquecem-se que já somos tão dependentes dos outros que deixamos de ser nós e já andamos por cá como uns vivos-mortos…”.

Eu já há muito tempo que penso que o Ser Humano devia ter um limite de vida: 75 anos. É o suficiente, mas com olhos que vejam, ouvidos que ouçam, dentes que mastiguem, cabeça que pense, alma que tenha coragem para dizer à Morte, que é o fim da Vida que jamais volta, “Podes levar-me que já vivi o que tinha a viver e reencarnar para dar e deixar vida à Humanidade…”.




Texto: Marques Pereira (21.Julho.2013)
Fotos: Marques Pereira

9.7.13

O outro lado da conquista.




A conquista da seleção Brasileira de Futebol, serviu para dar um animo ao torcedor nacional principalmente em um momento em que a nossa equipe estava em baixa.

Serviu também para mostrar ao mundo que o campeão voltou, mas  evidentemente com  a cautela do Felipão numa demonstração que é possível, mas devemos não nos deixar envolver precocemente pela emoção quando ainda ha muito por fazer.

Serviu também para  a população a tê-la como um parâmetro de brasilidade onde naquela hora  grande parte da população saiu as ruas numa demonstração que tudo tem limites e que o povo já não aguenta mais. 

Somos um povo que vive numa nação rica, mas que não consegue ter bons hospitais, bons serviços públicos, segurança e muitas outras coisas.

Mesmo sem nada disso houve uma gastança desenfreada para construir estádios , que hoje até chamam de Arenas, no padrão FIFA. Este padrão tão falado,  irritou demais  a população. Irritou tanto que serviu de estopim para grande parte de todos os acontecimentos.

Bem, o evento como diziam, também serviria para testar o nosso pais realizando um grande evento. Ai, o leitor pode perguntar: O Brasil passou no teste?

Na verdade não, pois  jornalistas saíram as ruas para observar e concluíram  o que nós já sabíamos. Falta muito ao nosso país, apesar dos  esforços, destacamos as dificuldades  mais alarmantes.

O principal deles está nas comunicações, onde os serviços de internet móvel é falho demais. Já existe a tecnologia 4G, onde o 3G nem funciona  a contento. Os transportes públicos são horríveis  e nos  dias dos jogos em muitas cidades gastava-se mais duas horas para se percorrer percursos de 20 KM.

E os turistas, esses também sofreram demais, pois devido a nossa quotidiana insegurança foram desaconselhados a fazer passeios a pé, que   um ato muito simples na Europa.

La dentro dos estádios, foram vendidas as  cervejas mais caras que tenho noticia no país, onde foram cobrados cerca de 12 reais(4 euros) por uma lata, isto sem falar na demora de quase uma hora nas  filas para o atendimento.

Enfim, e para fechar somos verdadeiramente um país monoglota onde a população só fala um idioma e a distancia dos demais faz com que a recepção seja mesmos muto complicada. 

Isto nem o "jeitinho brasileiro" conseguiu resolver, e fico aqui imaginando ....

No ano que vem, como será?

Texto: Paulo Medeiros
Foto:Web
Webmaster:Paula Medeiros

2.7.13

BRASIL CAMPEÃO NÃO TEM EDUCAÇÃO



Neste passado domingo assistimos em Portugal, pelo resto da Europa e por quase todo o Mundo, ao grande jogo de futebol que opôs o Brasil à Espanha, campeã mundial e europeia em título.

Vimos, também, o ressurgimento do Brasil como uma grande potência e campeão de Futebol, com a equipa sendo dirigida por Felipe Scolari, um brasileiro que pôs a bandeira de Portugal em todas as janelas e puxou para fora o patriotismo adormecido no coração da lusitana gente.

Nós, portugueses, ficámos contentes com a merecida vitória do Brasil, mas também ficaríamos satisfeitos se a vitória na “Taça das Confederações” fosse da Espanha, país ibérico como Portugal, que protagonizaram connosco a nossa História em tantas casas de famílias reais como em batalhas pela independência da nação portuguesa.





Todavia temos de lamentar a violência (não as manifestações sociais e políticas) que paralelamente aconteceram e estão sucedendo no Brasil, cujas maiores preferências de vida vão para o futebol, as religiões e “cultura” da bunda.

O Brasil é um campeão de futebol, mas muitos milhões de brasileiros não têm educação cívica, nem religiosa apesar de andarem sempre com Deus da boca para fora.

Como em Portugal, concordo que os pobres e a classe média baixa proteste e se manifeste nas ruas contra a falta de investimento na Educação e na Saúde. Mas que tais protestos sociais e políticos não sirvam para agredir, roubar, matar.

O Brasil tem na sua presidência “uma mulher de tomates”, uma revolucionária armada que combateu a Ditadura, uma democrata que poderá alterar para melhor a situação do Brasil. Mas, como é evidente, vai demorar muito tempo a eliminar a corrupção, a educar e dar saúde física e mental ao povo, a mudar a vida para melhor enquanto houver gente no Brasil a pensar que “quanto pior e mais pobre e revoltado estiverem os brasileiros, mais ricos existirão”.

Em Portugal, com a política de empobrecimento e fome do povo imposta pelo atual governo Direita PSD/CDS mais ricos apareceram na já longa lista dos exploradores dos portugueses.

Brasileiros: deixem correr o petróleo que os ganhos irão dar para melhorar a vossa vida. Não imediatamente, mas de ano o Brasil vai ficar mais à frente para bem do vosso futuro.

Aos espanhóis: Perder uma final com o Brasil não é uma vergonha, mas apenas o resultado de um jogo de elevada competição. Em 2014, no Campeonato do Mundo, a Espanha poderá reencontrar-se com o adversário que a derrotou por ter jogado melhor e ter tido mais sorte a atacar e a defender.




Texto de Marques Pereira
Fotos: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros.