30.12.13

FELIZ 2014



Quero em meu nome  e do  companheiro Marques Pereira desejar a todos que  acompanham e prestigiam nosso blog, um ano novo repleto de realizações e  prometendo que neste  mesmo ano estaremos aqui com os nossos comentários e opiniões tentando sempre transmitir em uma ótica diferente todos assuntos importantes dos dois lados do oceano.

FELIZ ANO NOVO!

Texto: Paulo Medeiros
Foto:Dreamstime.com
Webmaster: Paulo Medeiros

22.12.13

NATAL –UMA FESTA DE AMOR PROFANA E DE RELIGIOSA FRATERNIDADE CRISTÃ

 
 
 
 
 
 

Desejamos a todos os nossos amigos e leitores deste blog “Lusitânia Perdida” uma boa noite familiar de Natal com excelentes prendas de amizade e circunstância, uma farta e diversificada ceia, maravilhosa doçaria, bons vinhos, alegria e muito Amor ao próximo que nos foi ensinado pelo Ser Humano cujo nascimento se festeja e recordamos: Jesus de Nazaré.

 

E que o Dia de Natal seja de continuidade, encontro e alegria!

 

São o votos que aqui deixamos com um abraço do Marques Pereira e do Paulo Medeiros, uma fraternidade luso-brasileira que escreve notícias, opinião, comentários e críticas cujos únicos objetivos são contribuir para a Liberdade, Democracia e a evolução harmoniosa e pacífica da vida humana de Portugal e do Brasil.

 

Boas festas!
 
 
 
 
 

15.12.13

Diego Costa e a Espanha



Estamos postando hoje um excelente texto do grande jornalista brasileiro Mauro Santayana sobre a polemica  que  envolve o Diego Costa , que optou por se nacionalizar espanhol.




"Cada uno es hijo de sus obras." – a antiga advertência, de Don Quixote de La Mancha, que nos alerta para a consequência das más decisões, parece ter sido, nos últimos anos, totalmente esquecida pela Espanha.

Mesmo com uma dívida externa de quase 200%, 27% de desemprego, quase 100% de dívida interna líquida, e cerca de 20 bilhões de euros em reservas, Castela continua imprudente e arrogante.

E como não pode mais exibir duvidosos galardões econômicos, passou a exercitar sua proverbial petulância em outras áreas, como o futebol, por exemplo.

Antes da Copa das Confederações, os jornais espanhóis diziam que a "Roja" ia dar uma "lição" ao Brasil. Acabaram levando, de volta para casa, duas. Uma de futebol, e a outra de patriotismo, antes, durante e depois da final, no Maracanã, quando ouviram "olés" e aprenderam o hino nacional brasileiro e quando perderam de 3 x 0.

Sem entender que não estavam colhendo mais do que semearam antes – fora a antipatia futebolística, muitos torcedores não se esquecem das expulsões de brasileiros daquele país – os jornais espanhóis preferiram justificar as vaias recebidas por aqui com um suposto "apavoramento" do Brasil com a sua seleção.

E, como a Espanha não aceitou a derrota, continua o clima de confrontação. O último capítulo da picuinha foi o convite a Diego Costa para jogar pela seleção espanhola.

Convocado também pelo Brasil, ele optou pela Espanha e a CBF pediu a cassação de sua nacionalidade brasileira.

Envolvido com corrupção e com a ditadura, Marin não é – para dizer o mínimo – um exemplo de cidadão, mas, infelizmente, é preciso reconhecer que, hoje em dia, as pessoas trocam de passaporte como trocam de camisa.

A nacionalidade brasileira não é um direito, mas uma honra e um privilégio. Defender a bandeira de outra nação, em um campo de batalha ou de futebol, deveria determinar – para quem o faz – o irreversível direito de ser feliz em seu novo país e em sua nova condição.

Por ingenuidade ou interesse, Diego Costa foi usado como instrumento de uma briga que o Brasil não começou.

A "Fúria", para jogar a Copa, não precisava dele. E isso é reconhecido até por parte da opinião publica espanhola. Ao ver aceito seu convite, Del Bosque ficou em uma sinuca de bico. Se trouxer o jogador para o Brasil, depois de ter escolhido a Espanha, estará obrigado a colocá-lo em campo, aumentando a pressão da torcida brasileira contra o time espanhol.

No final do torneio, se Diego Costa jogar mal e a Espanha perder, Del Bosque será execrado em seu país. Se ele jogar bem, e marcar, a versão que vai ficar é a de que a Espanha não ganhou por seus próprios méritos, mais sim porque tinha um brasileiro jogando com a sua seleção.

Dessa vez, os cartolas espanhóis quiseram crescer e aparecer, na mídia, criando nova polêmica com o Brasil, país anfitrião da Copa e Pentacampeão do mundo. Com essa jogada, o mais provável, é que eles, e seu treinador, acabem se dando mal."

Texto: Mauro Santayana
foto: Web
Webmaster: Paulo Medeiros

8.12.13

PORTUGAL CHEGA EM JUNHO AO BRASIL

 
 
 
 
 
 
 
 


É verdade. A equipa de futebol nacional de Portugal vai estar presente no Campeonato Mundial a realizar em 12 cidades do Brasil. Nós, Portugueses, pedimos o apoio dos Brasileiros à nossa equipa, pois gostaríamos de passar dos três jogos iniciais contra a Alemanha, Estados Unidos da América do Norte (USA) e o africano Gana.
 

OUTRAS NOTÍCIAS, OPINIÕES E COMENTÁRIOS DE PORTUGAL

 

Sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que somos feitos para vivermos como irmãos Nelson Mandela (1918.2013).  


VOLTA, SÓCRATES, ESTÁS PERDOADO! Lia-se num cartaz da “manif” do dia 5 defronte da AR, onde os deputados e o Governo discutiam sobre a Educação e os professores contratados há menos de cinco anos protestavam contra o exame de avaliação que lhes vai ser feito. Outros “profs” foram impedidos de entrar para as galerias da Assembleia da República (casa política do povo), o que constituiu mais uma “demonstração de vontade de reinstalar a ditadura” pelo Governo PSD/CDS.
 

GOVERNO LANÇA NO DESEMPREGO 609 OPERÁRIOS dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. É assim que o PSD e o CDS “compensam” os altominhotos que votam neles. Com a Direita no Poder, a população do Alto Minho é sempre ignorada e prejudicada. Salazar dava folclore e mandava os altominhotos cantar para esquecerem a fome, recorrendo ao apoio do ditado popular “Quem canta seus males espanta”. Passos Coelho, Portas & Cª. dá-nos desemprego e cortes nas pensões para nos desesperar e irmos “rezar” aos mentirosos “xantinhos” do PSD e do CDS. O Bloco de Esquerda (BE) e a eurodeputada Ana Gomes (PS) acusaram o Governo de “negociatas contra o País” e os trabalhadores nesta subconcessão à Martifer (uma empresa a viver com grandes dificuldades financeiras). Mariana Aiveca (BE) acusou Governo de afirmar que não tinha 17 milhões para comprar material para acabar três navios e agora apareceu com 30 milhões para despedir 609 trabalhadores. O ministro da tutela (Defesa Nacional, Aguiar-Branco) anunciou que vai apresentar queixa por difamação. A nova empresa resultante dos ENVC vai chamar-se West Sea. Mário Soares, ex-PR e ex-PM, foi a Viana do Castelo apoiar a luta dos trabalhadores dos estaleiros e juntou-se ao protesto contra a decisão do Governo PSD/CDS. No dia 13 os vianenses vão parar e gritar em Viana contra esta decisão do Desgoverno que afetará ainda mais o dia-a-dia do movimento humano e vital da cidade.
 

GOVERNO VENDE CORREIOS (CTT) POR 579 MILHÕES de euros, o que corresponde a 70% da empresa.  

CAPITALISMO É UMA NOVA TIRANIA –afirmou o Papa Francisco, mesmo sem ter vindo a Portugal ver e sentir o que de tirano tem feito o liberal-capitalismo do PSD/CDS. E acrescentou: “A desigualdade e a exclusão social geram violência”. E tem razão ao avisar os políticos que “Esta economia mata”.

O CAPITALISMO É A NEUROSE DA HUMANIDADE –opinou a filósofa eslovena Renata Salecl. Na atualidade está a fazer aumentar o número de doentes mentais. No passado, de braço dado com a Religião, escravizou e matou.

PROFESSORES FAZEM MAIS UMA “MANIF” NO DIA 18 marcado pelo Governo para lhes ser feito um exame de avaliação dos seus conhecimentos e competências para acesso profissional aos quadros públicos do Ensino É normal entrevistar, examinar, testar e observar em estágio quem pretende um posto de trabalho. Como é necessário avaliar o desempenho, a qualidade e a produtividade de todos os trabalhadores, jogadores, estudantes, políticos e religiosos. Não é, pois, crime nenhum querer saber quais os conhecimentos e competência dos docentes. Todavia, é um vergonhoso descaramento o Governo exigir o pagamento de 20 euros a cada professor chamado e obrigado a prestar este exame.

PADRE DA GOLEGÃ SUSPENSO POR PEDOFILIA após queixa de uma menina de 12 anos contra o criminoso.

400 INCÊNDIOS FORAM REGISTADOS EM NOVEMBRO sendo 259 em matos, 68 em localidades e 73 em campos. 

AVIÃO DE MOÇAMBIQUE CAI E MORREM 37 PESSOAS entre as quais sete portugueses e dois brasileiros, no norte da Namíbia. Na época de Natal acontecem sempre grandes acidentes por todo o mundo.

MORREU MANDELA EX-PRESIDENTE DA R.A.S. Ele acabou com o “apartheid” imposto pelos políticos brancos descendentes dos colonialistas ingleses e holandeses e colocou no poder os negros. Foi mantido na prisão durante 27 anos. Tinha 95 anos. Cavaco disse: votei contra a libertação de Mandela “para proteger os emigrantes portugueses” na República da África do Sul. A Liberdade está de luto por Mandela em quase todo o Mundo, enquanto em Portugal a Democracia está a ser perseguida, ferida e destruída pela Direita PSD/CDS para empobrecer ainda mais os portugueses e ressuscitar a Ditadura dos políticos, religião e grandes famílias empresariais nacionais, como no tempo de Salazar e do Cardeal Cerejeira.

FUTEBol: BARCELOS ISOLA sporting NO 1º LUGAR, o que os “leões” não conseguiam há 09 anos. Liga Europa: Sevilha-Estoril (1-1), Paços de Ferreira-Fiorentina (0-0), NK Rijeka-Guimarães (0-0), resultados que puseram os nossos clubes “fora da carroça”. I Liga (11ª. Jornada): Braga-Olhanense (4-1), Académica-Porto (1-0, com os “dragões” a falharem um penálti, o árbitro a “não ver” outro contra o FCP e após o final do jogo foram assobiados, insultados e vaiados  com lenços brancos), Belenenses-Gil Vicente (0-0), Rio Ave-Benfica (1-3), Sporting-Paços de Ferreira (4-0 pôs os “leões” no 1º lugar), Estoril-Guimarães (0-2). 12ª. Jornada: Benfica-Arouca (2-2, tendo os arouquenses, sendo então os últimos classificados, estado sempre em vantagem e os benfiquistas só empataram de penálti), Guimarães-Belenenses (0-0), Porto.Braga (2-0), Gil Vicente-Sporting (0-2). Classificação geral: 1º Sporting 29 pontos, 2º. Porto 27, 3º. Benfica 27, 5º. Gil Vicente 18, 7º. Guimarães 17, 9º. Braga 15, último Paços Ferreira.
 

ROUBARAM A BOLA DA ESTÁTUA DE EUSÉBIO que está à entrada da “catedral” da Luz. Que gatunagem pecadora! 

GRANDE BRASIL! CAMPO DE GOLF PARA NUDISTAS foi inaugurado em São Paulo. Fãs deste Desporto para elites: agarrem no taco de meter as bolinhas nos buracos e voem para esta grande cidade de mais de um milhão de portugueses. Que lindas ficam as mamas delas e os pénis deles a abanar às vaginas sob o sol nos “greens” na esperança de uma “boa tacada”…
 


Texto de Marques Pereira

Fotos: ANI
Webmaster: Paula Medeiros

 

1.12.13

Realidades diferentes



Devido a oportunidade que a vida me deu de ter vivido nos dois lados do oceano, pude como poucos a condição de comparar, observar e até tirar conclusões sobre o que é viver na América latina e Europa.

Devido a esta condição sempre me foi perguntado, em varias ocasiões onde era melhor viver. Evidentemente muito das respostas depende invariavelmente das circunstancias e de como elas ocorrem, mas de uma maneira ampla é possível ter algumas definições.

E é sobre estas realidades definidas que hoje quero falar, principalmente em um momento em que a crise econômica que assola Portugal, se houve muito perguntar se vale a pena viver no Brasil e ao contrario saber se um brasileiro tem chances em Portugal.

Uma coisa é certa para qualquer um dos lados, entrar em um avião e seja lá o que Deus quiser, não é recomendável pois a possibilidade de dar errado é muito grande. Esse tempo só foi possível entre os anos de 1990 a 2000, quando Portugal estava usufruindo das facilidades de ter entrado na comunidade europeia. Nesse período se verificou que o país se transformou em um canteiro de obras, e assim algumas profissões carentes como pedreiros, faxineiros, e auxiliares de serviços gerais tiveram de ser importados, incluso ai brasileiros de baixa formação. Na outra ponta da pirâmide, também profissões mais especializadas como médicos também tiveram oportunidades em Portugal.

Convém acrescentar que neste mesmo período, juntou-se a esta leva de trabalhadores, o que chamamos de lixo brasileiro, que foi muito ruim para todas as relações, quando começaram a ir as prostitutas, os drogados etc. Estas pessoas na verdade mancharam bastante o estereotipo dos brasileiros.

Mas este período já é passado muito embora tenha deixado cicatrizes profundas que um dia espero possamos superar. Mas vamos aos fatos, quem imigra sempre o faz esperando encontrar uma vida melhor, mas há muitos enganos quando a concepção cultural nos leva a uma decisão errada. Deixe-me ser claro, e para que o leitor tenha melhor entendimento vou exemplificar através de uma palavra simples que é pobreza. Ser pobre no Brasil é completamente diferente do que em Portugal . Ser pobre no Brasil é geralmente estar realmente e literalmente a margem da sociedade, é não ter a menor condição básica, é não ter as refeições do dia, é não ter onde morar, é não ter a esperança do que há de vir. É no máximo receber uma dessas bolsas sociais, cujo dinheiro quase para nada dá e a maioria das vezes se confunde com a palavra miserável.

Ser pobre na Europa é diferente, claro que na nossa península ibérica tem ate mais dificuldades, mas não chega jamais ao que se tem abaixo do equador. assim se explica como imigrantes do leste, da américa do sul acham maravilhoso ocupar as funções que os europeus ricos não querem. Acham maravilhoso porque com o mínimo por pior que seja há também o mínimo de dignidade. Assim se explica como médicos da Ucrânia trabalhavam na construção civil e em outras funções.

E nos dias atuais, mesmo falando que o Brasil voltou a proporcionar oportunidades, não se enganem pois pode ate ter algumas oportunidades , mas levaram a paz, pois a violência campeia e se mata até por um misero tele móvel. As casas estão todas cercadas de cercas elétricas e ate para se tirar o carro da garagem, corremos riscos antes de chegar ao portão.

Que riqueza pode valer a pena se não podemos nem fotografar o nosso por do sol lindo, porque um vagabundo pode aparecer para levar nosso equipamento. Será que isto é só impunidade, não, isto também é porque passamos anos a fio sem cuidar da educação de nosso povo.

O pensamento de levar vantagem em tudo, é como o tiro que saiu pela culatra e é ate pior porque hoje nos envergonha. Assim, sair do Tejo esperando encontrar um Portugal nos trópicos, isto tem de ser visto com muito cuidado. As oportunidades são para funções especificas como engenheiros, diretores etc. Esses encontram com certeza um lugar ao sol e com salários bem superiores aos da península. Mas terá de aprender a viver em uma terra de contrastes que pode até trazer fortuna, mas vai criar dentro de seu interior a mesma pergunta de sempre

Vale a pena?
 
 
Texto de Paulo Medeiros
Foto: Mateus da Rosa
Webmaster: Paulo Medeiros


24.11.13

OS BRASILEIROS VISTOS POR UM ESTRANGEIRO RESIDENTE NO BRASIL






No último dia 9, o parisiense Olivier Teboul, que vive na capital mineira, Belo Horizonte, escreveu sobre algumas impressões que tem do Brasil no seu blog,  “O Outro Diário do Olivier”. Em uma semana, o post recebeu mais de 2.300 comentários e inspirou também outras matérias. “As 65 observações sobre o brasileiro e o seu cotidiano não são para ser levadas a sério. São observações, às vezes um pouco exageradas, sobre o Brasil”, afirma o francês na abertura do post.

“ 1. Aqui no Brasil tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas já bastam para constituir uma fila.

2. Aqui no Brasil, o ano começa “depois do Carnaval”.
 
3. Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. No MacDonalds, hamburger se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem um distribuidor de guardanapos e de palitos. Mas esses guardanapos são quase de plastico, nada de suave ou agradável. O objetivo não é de limpar suas mãos ou sua boca mas é de pegar a comida com as mãos sem deixar papel nem na comida nem nas mãos.
 
4. Aqui no Brasil todo é gay (ou ‘viado’). Beber chá: e gay. Pedir um coca zero: é gay. Jogar vólei: é gay. Beber vinho: é gay. Não gostar de futebol: é gay. Ser francês: é gay, ser gaúcho: gay, ser mineiro: gay. Prestar atenção em como se vestir: é gay. Não falar que algo e gay : também é gay.  

5. Aqui no Brasil, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma maquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem a nível de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem consertar um botão de camisa. Também não sabem coisas que estão consideradas fora como extremamente masculinas como trocar uma roda de carro. Fui realmente criado em outro mundo...

 6. Aqui no Brasil, sinais exteriores de riqueza são muito comuns: carros importados, restaurantes caríssimos em bairros chiques, clubes seletivos cujos cotas atingem valores estratosféricas.

7. Aqui no Brasil, os casais sentam um do lado do outro nos bares e restaurantes como se eles estivessem dentro de um carro.
8
. Aqui no Brasil, os homens se vestem mal em geral ou seja não ligam. Sapatos para correr se usam no dia a dia, sair de short, chinelos e camisetas qualquer e comum. Comum também é sair de roupas de esportes mas sem a intenção de praticar esporte. Se vestir bem também é meio gay.

9. Aqui no Brasil, o cliente não pede cerveja pro garção, o garção traz a cerveja de qualquer jeito.

10. Aqui no Brasil, todo mundo torce para um time, de perto ou de longe.

11. Aqui no Brasil, sempre tem um padre falando na televisão ou na radio.

12. Aqui no Brasil, a vida vai devagar. E normal estar preso no transito o dia todo. Mas não durma no semáforo não. Ai tem que ser rápido e sair ate antes do semáforo passar no verde. Não depende se tiver muitas pessoas atrás, nem se estiverem atrasados. Também é normal ficar 10 minutos na fila do supermercado embora que tenha só uma pessoa na sua frente. Ai demora para passar os artigos, e muitas vezes a pessoa da caixa tem que digitar os códigos de barra na mão ou pedir ajuda para outro funcionário para achar o preço de um artigo. Mas, na hora de retirar o cartão de credito, ai tem que ser rápido. Não é brincadeira, se não retirar o cartão na hora, a mesma moça da caixa que tomou 10 minutos para 10 artigos vai falar agressivamente para você agilizar: “pode retirar o cartão!”.

13. Aqui no Brasil, os chineses são japoneses.

14. Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem musica ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão embora que não consideram que toquem se perguntar pra eles. Tem músicos talentosos, mas não tantos tocam as musicas deles. Bares estão cheios de bandas de cover.
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5. Aqui no Brasil, a política não funciona só na dimensão esquerda - direita. Brasil é um pais de esquerda em vários aspectos e de direita em outros. Por exemplo, se pode perder seu emprego de um dia pra outro quase sem aviso. Tem uma diferencia enorme entre os pobres e os ricos. Ganhar vinte vezes o salario minimo é bastante comum, e ganhar o salario minimo ainda mais. As crianças de classe media ou alta estudam quase todos em escolas particulares, as igrejas tem um impacto muito importante sobre decisões politicas. E de outro lado, existe um sistema de saúde publico, o estado tem muitas empresas, tem muitos funcionários públicos, tem bastante ajuda para erradicar a pobreza em regiões menos desenvolvidas do país. O mesmo governo é uma mistura de política conservadora, liberal e socialista.

16. Aqui no Brasil, e comum de conhecer alguem, bater um papo, falar “a gente se vê, vamos combinar, ta?”, e nem trocar telefone.

17. Aqui no Brasil, a palavra “aparecer” em geral significa, “não aparecer”. Exemplo: “Vou aparecer mais tarde” significa na prática “não vou não”.

18. Aqui no Brasil, o clima é muito bom. Tem bastante sol, não está frio, todas as condicões estão reunidas para poder curtir atividades fora. Porem, os domingos, se quiser encontrar uma alma viva no meio da tarde, tem que ir pro shopping. As ruas estão as moscas, mas os shopping estão lotados. Shopping é a coisa mais sem graça do Brasil.

19. Aqui no Brasil, novela é mais importante do que cinema. Mas o cinema nacional é bom.

20. Aqui no Brasil, não falta espaço. Falam que o pais tem dimensões continentais. E é verdade, daria para caber a humanidade inteira no Brasil. Mas então se tiver tanto espaço, por que é que as garagens dos prédios são tão estreitos? Porque existe até o conceito de vaga presa?

21. Aqui no Brasil, comida salgada é muito salgada e comida dolce é muito doce. Ate comida é muita comida.

22. Aqui no Brasil, se produz o melhor café do mundo e em grandes quantidades. Uma pena que em geral se prepare muito mal e cheio de açúcar.  

23. Aqui no Brasil, praias bonitas não faltam. Porém, a maioria dos brasileiros viajam todos para as mesmas praias, Búzios, Porto de Galinhas, Jericoacoara, etc.

24. Aqui no Brasil, futebol é quase religião e cada time tem uma capela.

25. Aqui no Brasil, as pessoas acham que dirigir mal, ter transito, obras com atraso, corrupção, burocracia, falta de educação, são conceitos especificamente brasileiros. Mas nunca fui num pais onde as pessoas dirigem bem, onde nunca tem transito, onde as obras terminam na data prevista, onde corrupção é só uma teoria, onde não tem papelada para tudo e onde tudo mundo é bem educado!

26. Aqui no Brasil, esporte é ou academia ou futebol. Uma pena que só o futebol seja olímpico.

27. Aqui no Brasil, existe três padrões de tomadas. Vai entender porque...

28. Aqui no Brasil, não se assuste se estiver convidado para uma festa de aniversário de dois anos de uma criança. Vai ter mais adultos do que crianças, e mais cerveja do que suco de laranja. Também não se assuste se parece mais com a coroação de um imperador romano do que como o aniversário de dois anos. E ‘normal’.

29. Aqui no Brasil, não tem o conceito de refeição com entrada, prato principal, queijo, e sobremesa separados. Em geral se faz um prato com tudo: verdura, carne, queijo, arroz e feijão. Daí sempre acaba por comer uma mistura de tudo.

30. Aqui no Brasil, o Deus esta muito presente... pelo menos na linguagem: ‘Vai com o Deus!’, ‘Se Deus quiser!’, ‘Deus me livre!’, ‘Ai, meu Deus’, ‘Graças a Deus’, ‘Pelo amor de Deus’. Ainda bem que ele é Brasileiro.

31. Aqui no Brasil, cada vez que ouço a palavra ‘Blitz’ tenho a impressão que a Alemanha vai invadir de novo. Reminiscência da consciência coletiva francesa... 
 
 
 
 
 
 

32. Aqui no Brasil, pais com muita ascendência italiana têm uma lei que se chama ‘lei  do silencio’. Que mau gosto! Parece que esqueceram que la na Itália, a lei do silêncio (também chamada de “omerta”) e se refere a uma pratica da mafia que se vinga das pessoas que denunciam suas atividades criminais.

33. Aqui no Brasil se acha todo tipo de nomes e muitos americanos abrasileirados: Gilson, Rickson, Denilson, Maicon, etc.

34. Aqui no Brasil, quando comprar tem que negociar.

35. Aqui no Brasil, os homens se abraçam muito. Mas não é só um abraço: se abraça, se toca os ombros, a barriga ou as costas. Mas nunca se beija. Isso também é gay.

36. Aqui no Brasil, o polegar erguido é sinal pra tudo : “Ta bom?”, “obrigado”, “desculpa”.

37. Aqui no Brasil, quando um filme passa na televisão, não passa uma vez só. Se perder pode ficar tranquilo que vai passar mais umas dez outras vezes nos próximos dias. Assim já vi "Hitch" umas quatro vezes sem querer assistir nenhuma.

38. Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “Bom dia!”, mas também se fala “E aí?”. E aí o quê? Parece uma frase abortada. Uma resposta correta e comum a “Obrigado” e “Imagina”. Imagina o quê?

39. Aqui no Brasil, todo mundo gosta de pipoca e de cachorro quente. Não entendo.

40.Aqui no Brasil, quando você tem algo pra falar, é bom avisar que vai falar antes de falar. Assim, se ouve muito: “Vou te falar uma coisa”, “Deixa te falar uma coisa”, “É o seguinte”, e até o meu preferido: “Olha só pra você ver”. Obrigado por me avisar, já tinha esquecido para que tinha olhos.

41. Aqui no Brasil, as lojas, os negócios e os lugares sempre acham um jeito de se vender como o melhor. Já comi em vários ‘O melhor bife da cidade’ na mesma cidade. Outro superativo de cara de pau é ‘O maior da América Latina’. Não custa nada e ninguém vai ir conferir.

42. Aqui no Brasil, tem uma relação ambígua e assimétrica com a América latina. A cultura do resto da América latina não entra no Brasil, mas a cultura brasileira se exporta lá. Poucos são os brasileiros que conhecem artistas argentinos ou colombianos, poucos são os brasileiros que vão de ferias na América Latina (a não ser Buenos Aires ou o Machu Pichu), mas eles em geral visitaram mais países europeus do que eu. O Brasil as vezes parece uma ilha gigante na América Latina, embora que tenha uma fronteira com quase todos os outros países do continente.

43. Aqui no Brasil os relacionamentos são codificados e cada etapa tem um rótulo: peguete, ficante, namorada, noiva, esposa, ex-mulher. Amor com rótulos.

44. Aqui no Brasil, a comida é: arroz, feijão e mais alguma coisa.

45. Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. É natural acolher alguém novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado, brasileiros!

46. Aqui no Brasil, os brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. Estou esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.

47. Aqui no Brasil, de vez em quando no vocabulário aparece uma palavra francesa. Por exemplo ‘petit gâteau’. Mas para ser entendido, tem que falar essas palavras com o sotaque local. Faz sentido mas não deixa de ser esquisito.

48. Aqui no Brasil, tem um organismo chamado o DETRAN. Nem quero falar disso não, não saberia por onde começar...

49. Aqui no Brasil, dentro dos carros, sempre tem uma sacola de tecido no alavanca de mudança pra colocar o lixo.

50. Aqui no Brasil, os brasileiros se escovam os dentes no escritório depois do almoço.

51. Aqui no Brasil, se limpa o chão com esse tipo de álcool que parece uma geleia.

52. Aqui no Brasil, a versão digital de 'fazer fila' e 'digitar códigos'. No banco, pra tirar dinheiro tem dois códigos. No supermercado, o leitor de código de barra estando funcionando mal tem que digitar os códigos dos produtos. Mas os melhores são os boletos pra pagar na internet: uns 50 dígitos. Sempre tem que errar um pelo menos. Demora.

53.Aqui no Brasil, o sistema sempre está “fora do ar”. Qualquer sistema, principalmente os terminais de pagamento de cartão de credito.

54. Aqui no Brasil, tem um lugar chamado cartório. Grande invenção para ser roubado direito e perder seu tempo durante horas para tarefas como certificar uma cópia (que o funcionário nem vai olhar), o conferir que sua firma é sua firma.

55. Aqui no Brasil, parece que a profissão onde as pessoas são mais felizes é o coletor de lixo. Eles estão sempre empolgados, correndo atrás do caminhão como se fosse um trilho do carnaval. Eles também são atletas. Tens a energia de correr, jogar as sacolas, gritar, e ainda falar com as mulheres passando na rua.

56. Aqui no Brasil, pode pedir a metade da pizza de um sabor e a metade de outro. Ideia simples e genial.

57. Aqui no Brasil, no tem agua quente nas casas. Dai tem aquele sistema muito esperto que é o chuveiro que aquece a agua. Só tem um porem. Ou tem agua quente ou tem um vazão bom. Tem que escolher porque não dá para ter os dois.

58.Aqui no Brasil, as pessoas saem da casa dos pais quando casam. Assim tem bastantes  pessoas de 30 anos ou mais morando com os pais.

59. Aqui no Brasil, tem três palavras para mandioca: mandioca, aipim e macaxeira. Lá, na França, nem existe mandioca.

60. Aqui no Brasil, tem o número de telefone, tem um DDD e também um numero de operadora. Uma complicação a mais que pode virar a maior confusão.

61. Aqui no Brasil, quando encontrar com uma pessoa, se fala de “Beleza?” e a resposta pode ser “Jóia”. Traduzindo numa outra língua, parece que faz pouco sentido, ou parece um dialogo entre o Dalai-Lama e um discípulo dele. Por exemplo em inglês: “The beauty? - The joy”. Como se fosse um duelo filosófico de conceitos abstratos.

62. Aqui no Brasil, a torneira sempre pinga.

63. Aqui no Brasil, no táxi, nunca se paga o que esta escrito. Ou se aproxima pra cima ou pra baixo.

64. Aqui no Brasil, marcar um encontro às 20:00 significa às 21:00, ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas.
 

65. Aqui, em Belo Horizonte, é a menor cidade grande do mundo. 5 milhões de habitantes, mas todo mundo conhece todo mundo.”
 
 

 

O meu comentário de Português não residente no Brasil: Após a leitura e transcrição destas impressões de um europeu, não posso deixar de confirmar que os Brasileiros são mais descendentes dos Portugueses do que dos alemães, italianos, polacos, austríacos, japoneses e franceses…

Texto de Olivier Teboul. Comentário final de Marques Pereira.
Fotos: ANI
Webmaster: Paula Medeiros

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

18.11.13

MENGELE E A RACIALIZAÇÃO DO BRASIL

 
Apresento esta semana texto do Jornalista  Mauro Santayana, do Jornal do Brasil, onde apresenta uma abordagem interessante sobre o assunto.
O texto me foi apresentado por João Aurélio, colaborador pessoal sobre  assuntos importantes  a  nossa sociedade. A minha posição pessoal é que em um pais multi- racial, é impossível determinar raças. Uma idéia absurda de um governo que tenta resolver os problemas por decretos em passes de magica. Ao nosso leitor em Portugal uma oportunidade para compreender sobre o que acontece no Brasil.



"A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, parecer do deputado Luiz Couto (PT-PB) referente à proposta de emenda à Constituição que reserva vagas a parlamentares de origem afro-descendente.

De acordo com o projeto de lei do deputado Luiz Alberto (PT-BA), a cota valerá para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal por cinco legislaturas a partir da promulgação da emenda, prorrogáveis por até mais cinco legislaturas.

A primeira coisa que se estranha é que uma lei, que terá efeito limitado no tempo, seja inscrita no texto constitucional. Aparentemente, o número de vagas seria definido com base no percentual de pessoas que tenham se declarado “negras” ou “pardas”, no último censo do IBGE. O número de deputados “negros” eleitos por esse sistema não poderia ser menor que 20% do total, ou maior que a metade das vagas.

Com isso — segundo se calcula — o número de parlamentares “negros” aumentaria, imediatamente, de uma legislatura para a outra, de 30 para 150 deputados, no Legislativo federal. Parte significativa dos problemas vividos pela população mais pobre, hoje, no Brasil, é fruto de outra tentativa de mudar, na canetada, a situação dos negros, no fim do século 19. A lei assinada pela princesa Isabel foi feita sem levar em consideração as circunstâncias econômicas e sociais do país e da própria população escrava, à época de sua assinatura.

Querer alterar, por emenda, e com base em critérios “raciais”, a situação de um determinado segmento da sociedade, no contexto geral da  população, é um precedente perigoso, principalmente quando se quer fazer isso no texto constitucional. O importante é o princípio.  Ao admitir-se, teoricamente, que alguém pode ser privilegiado pela sua descendência e a cor de sua pele, admite-se também, implicitamente, que alguém possa — dependendo das circunstâncias históricas — ser punido pelos mesmos motivos.

Quem eleva alguém apenas por suas características raciais, pode rebaixá-lo pelas mesmas razões, amanhã. A Alemanha nazista fez isso com as leis de Nurenberg, em relação aos judeus e os ciganos, proibindo-os de votar, e estabeleceu cotas mínimas, para os “não arianos”, nas universidades, abrindo caminho, depois, para o extermínio puro e simples dos que haviam sido punidos pela nova legislação.

O único exemplo de cotas raciais para a formação do Parlamento nos tempos mais recentes é o da África do Sul sob o apartheid. Os brancos mandavam, mas indianos e mulatos tinham suas próprias casas legislativas. A população africana “pura” não podia votar e lutou, durante décadas, pelo princípio, simples, de “um homem, um voto”, como ocorre com a democracia no Brasil.

A PEC se refere à “população afro-descendente”. Como vamos fazer para classificá-la e catalogá-la para efeito do preenchimento dessas cotas raciais? Se o critério é o da auto-declaração, a lei é inócua e ridícula. Supondo que alguém se apresenta como negro, ou um loiro chamado Altenhofen, e  fizer o mesmo para concorrer em Santa Catarina, como vai se  provar que ele não é negro? Será colhido seu sangue para fazer o DNA? Ou, se o critério for antropométrico, que tabela vamos usar? Convocaremos o doutor Mengele, para que volte do além, para dizer qual é a diferença de largura da narina de um “branco” e a de um “negro”, usaremos, no caso dos cabelos, critérios de elasticidade, e, para classificar a pele do candidato, uma escala de cor?          

E se outro brasileiro, loiro, de sardas e olhos azuis, chamado Feingelbaum, tiver perdido noventa por cento da família de seu pai, irmãos, tios, bisavô e bisavó, carregando pedras quatorze horas por dia, espancados com chicotes de fios elétricos trançados, em campos de concentração nazistas como Birkenau, Belgen-Belsen, Sobibor, não será ele, também, um descendente de escravos? E não terá ele, ainda, do ponto de vista humano, direito a uma compensação derivada de sua condição “racial”?

E o que faremos com os descendentes de índios, ou de ciganos, por exemplo, que até 1864 eram escravizados e podiam ser comprados ou vendidos, mortos ou espancados até ficarem aleijados, em países como a Romênia? Vamos abrir cotas também para eles, segundo sua proporção demográfica e populacional?

O inferno está cheio de boas intenções. E a história não se faz por decreto. A população “negra” estará legitimamente representada no Parlamento quando resolver — no exercício do voto, ao escolher seu candidato — que cor da pele é critério de representação. O que é uma questão discutível. Se essa abordagem valesse nos Estados Unidos, por exemplo, onde os “negros” são minoria , Obama jamais teria sido eleito presidente.

É, também, preciso, saber a quem estaremos privilegiando, caso essa emenda seja aprovada. Aumentar o número de “negros” no Parlamento não quer dizer que  vá melhorara situação da população “negra” — já que o critério de autodeclaração é subjetivo.

As cotas raciais para as universidades existem há mais de dez anos, e milhares de profissionais negros já devem ter sido formados graças a elas. Existem centenas de instituições de defesa da comunidade e da cultura “negra” no Brasil.

Mas alguém já ouviu falar em uma “Associação Brasileira de Médicos Negros”, formada para prestar assistência, voluntária e gratuita, na periferia, à população “negra” ou afrodescendente? Ou que, ao menos,  oferecesse seus membros para trabalhar, para o governo, em comunidades quilombolas do interior? E de engenheiros negros, para ajudar em projetos de saneamento e mutirão para a comunidade negra das grandes cidades? E de advogados, para atender gratuitamente os milhares de jovens negros que são presos arbitrariamente, muitas vezes, ou assassinados, todos os dias, no Brasil, ou para trabalhar nas Defensorias Públicas para defender a sua “gente”, alguém já viu?

Sou a favor de cotas sociais; raciais, não. A situação da comunidade “negra”, assim como a da população menos favorecida, de modo geral, não vai ser resolvida com a aprovação dessa PEC, promulgada para favorecer — não tenho dúvida — certos parlamentares ou grupos de interesse — eleitoral — que trabalham  para sua aprovação.

A população negra, índia, cigana, no Brasil, ou melhor, os brasileiros, de modo geral, precisam de mais cultura e educação, para votar em deputados  comprometidos com as necessidades do povo,  e menos com seus próprios interesses, independentemente da cor de sua pele. "
 
Texto: Mauro Santayana
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