28.12.07

HOJE NÃO ME APETECE ESCREVER


Estou triste e mais decepcionado com o mundo e as religiões que ainda não pararam de matar por vingança e pela obtenção do Poder.

No passado dia 27 foi assassinada na rua, a tiros de um desconhecido fanático islâmico da Al Qaeda, que depois se fez explodir matando mais cerca de 20 inocentes, uma mulher de coragem política e ainda por cima bela e bonita num país de gente feia, violenta, onde os homens vestem uma “saia” para tapar as nádegas e a parte da frente entre as pernas, e onde a religião não deixa as mulheres rezar com os homens e andar de cabeça e rosto destapado na rua.

Benazir Buttho, ex-primeira ministra do Paquistão que ia voltar a ser eleita como tal e continuar a Democracia onde o Islamismo radical, extremista e do passado impõe a Ditadura de um deus Alah que fala de Paz nas escrituras e tem seguidores que fazem o povo viver na Guerra e numa Pobreza que mete dó.

Por isto, hoje não me apetece escrever.

O meu coração está a chorar por esta mulher que foi grande e corajosa entre homens de um país de armas, violência e medo existente entre o Afeganistão, Índia, China, Irão e o Mar da Arábia…

Que o Ano 2008 seja menos pior que 2007, é o que desejamos ao Mundo e a todos os que estiverem connosco neste blogue aberto à vida, não-violência, paz e amor!



Texto: Marques Pereira
Fotos: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros

21.12.07

NATAL TROPICAL




Depois de alguns anos, finalmente estamos aqui passando o nosso natal tropical. Não teremos frio, não teremos pinheiros, e não teremos o clima europeu. Porém estaremos juntos aos nossos e possivelmente mais felizes.

Isto nos permite também verificar o que mudou aqui no Brasil. A principio, tudo continua na mesma , todos a espera do décimo terceiro salário, pouco dinheiro no bolso e quem sabe se possa comprar um “Queijo do reino” para partilhar em família. Os pobres continuam pobres, mas a alegria sempre esta presente, fazendo esquecer o seu dia-a-dia.
Vejo o governo “Lula” dando de presente suas bolsas sociais, que não mudam o quadro de mendicância, mas servem para diminuir as dependências. Servem para enganar a barriga.
O governo inaugurou também a TV digital, e com muita festa e propaganda..Estamos com um dos melhores sistemas de comunicação do mundo, mas no Cariri nordestino há vastos territórios sem cobertura da telefonia móvel. Assim seguem as coisas, ou seja, vivemos a ilusão que dias melhores virão .
Quando pequeno, meu pai sempre dizia a mesma coisa e tudo me leva crer que isto segue assim desde os tempos de colônia.

Estou neste momento, diante da janela do apartamento, vendo os coqueiros e muita gente na areia desta linda praia de Intermares, com surfistas a volta e um calor de 35 graus, com muitos turistas que vem aos trópicos para desfrutar destas praias ensolaradas, aproveitam tudo aquilo que natureza proporciona.
Ao mesmo tempo questiono será que o papai Noel não é apenas uma figura criada para um lado do mundo. Será que Deus seria injusto de esquecer a metade do mundo? Não podemos deixar de refletir, que milhares de crianças não tem chaminés e que jamais “presentes” aparecerão em lareiras imaginarias. E que tudo que se passa é fruto da comercialização dos ricos. Se assim for, quero ate esquecer estas historias que fez sonhar gerações e mais gerações. Só assim poderei de cabeça erguida, entender que o natal tropical, também é Natal. Que há gente, que há vida e que podemos prevalecer que ele também é bonito. Será que seria demais, substituirmos as lareiras, por coqueirais?
Creio que não, talvez assim estivéssemos fazendo a nossa parte com o mundo do lado de cá, com o mundo que vive abaixo do equador, e mostrar que aqui no mundo dos pobres também se pode viver e ser feliz.

Feliz natal!

“ Nós que fazemos o Lusitânia Perdida, desejamos aos nossos leitores votos de um Feliz Natal e que no próximo ano possamos contar com sua companhia, e que nos comprometemos em escrever e divulgar as idéias que tentam esclarecer o nosso pensamento, bem como tentar criar um mundo mais justo, com menos desigualdades e consequentemente um mundo um pouco melhor”.


Texto: Paulo Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros

15.12.07

CIMEIRA POLÍTICA A PRETO-E-BRANCO


Lisboa, capital da presidência da União Europeia (UE) no segundo semestre de 2007, recebeu os chefes dos governos dos 27 países desta comunidade política e económica e da África reunida à volta da União Africana, cristãos e muçulmanos, durante dois dias, os quais tentaram aproximar-se mais uns dos outros, ora clamando por mais apoios europeus, ora exigindo mais respeito pelos Direitos Humanos, ora procurando fazer negócios que produzam desenvolvimento tanto num como noutro continente.

Apesar dos trambolhões que o nosso mundo tem dado, África ainda é referida como terra-mãe do Ser Humano descendente de um hominídeo (macaco) mais inteligente e evolutivo. Mas este facto materno e genético tem sido esquecido pelo Homo sapiens sapiens, o qual, organizado em nações, países e comunidades alargadas esqueceram a Mãe-África ao ponto de, na actualidade, ser a região mais abandonada e pobre do planeta.

África, todavia, tem dado muita riqueza aos colonizadores e exploradores dos seus territórios e habitantes.

Portugueses, ingleses, franceses, holandeses, alemães, belgas e asiáticos capturaram africanos para os escravizar noutros locais do globo a trabalhar em plantações e minas, tendo os sobreviventes deixado lá descendentes que foram resistindo até aos dias de hoje em países europeus e do continente americano, de forma inequívoca no Brasil, Venezuela, Cuba, Jamaica, Dominicana, Haiti, USA e outros. E ainda hoje há escravos africanos dentro e fora de África a encher os bolsos de indivíduos e empresas de raça branca e negra.

Nas actividades desportivas, a raça negra tem-se revelado acima da branca e “brilham estrelas escuras” no basquetebol e atletismo USA, no futebol de todas as nações que o praticam, sejam de matriz caucasiana, amarela ou “puritana”, ultimamente até no automobilismo de F-1.

Embora isto custe a engolir aos brancos, os negros são pioneiros da Humanidade e não está longe o tempo em que eles mostrarão ao mundo que foram os primeiros seres humanos da Vida e que poderão vir a ser grandes e respeitados no conceito das nações e no seu território rico em recursos sem os quais os brancos não poderiam viver bem e confortavelmente.

É evidente que para alcançarem tal meta terão de abdicar do tribalismo, ditaduras, racismo e tradições desajustadas do tempo em que vivemos, como o islâmico e desumano corte do clítoris às meninas para que elas não sintam prazer sexual.

Os africanos terão, também, que eliminar da sua História e do seu cérebro o ódio que ainda sentem pelos colonizadores que tantas feridas e mortes lhes deixaram a troco de trabalho forçado, tortura e intolerância racial e social.

Em África as raças branca e negra terão espaço e bens para viverem o Futuro.

Se puderes, vive para ver, companheiro de caminho. Quando? Talvez lá para depois do Ano 2100, quando o Presente começar a ser vivido no continente negro de imigrantes brancos…

Texto: MARQUES PEREIRA
Foto: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros.