25.6.17

O sensacionalismo e falta de ética dos Meios de Comunicação Social – Incêndios de Pedrogão Grande




No fim de semana passado, mais precisamente após o Sábado passado, dia 17 de Junho de 2017, Portugal foi novamente “tema de notícia” em muitas partes do mundo, desta vez e infelizmente por um motivo trágico: os incêndios na zona de Pedrogão Grande, que fica no Distrito de Leiria e mais precisamente, adjacente ao Distrito onde eu resido, o Distrito de Castelo Branco.
E claro, foi com muita tristeza e consternação que acompanhei os eventos e toda a tragédia em torno destes incêndios na região de Pedrogão Grande, onde pelo menos 64 pessoas perderam as suas vidas, incêndios estes que aparentemente foram hoje no dia 24 de Junho de 2017, finalmente extintos, ou seja uma semana depois do início dos mesmos (isto só por si, indica claramente as dimensões do que se passou).
No entanto, o motivo deste meu artigo ainda que relacionado com esta tragédia, é centrado na falta de ética e sensacionalismo que afeta, tal como uma “praga”, os Meios de Comunicação Social no chamado “Mundo Ocidental”, incluindo Portugal e o Brasil. No fundo, vou usar um exemplo de demonstra esta mesma falta de ética por parte dos Meios de Comunicação Social (neste caso Portugueses).
Na passada Segunda-feira, dia 19 de Junho de 2017, foi “noticiado” por todos os principais Meios de Comunicação Social Portugueses, que durante o combate aos incêndios de Pedrogão Grande, um avião de combate a incêndios, um Canadair – um avião anfíbio de combate a incêndios desenvolvido e fabricado no Canadá – caiu/despenhou-se, uma notícia que mais tarde foi comprovada, como sendo totalmente falsa!
Inclusivé, houve um Meio de Comunicação Social que é conhecido por ser extremamente sensacionalista, o Correio da Manhã, que teve (o desplante) de noticiar que o Canadair era Espanhol e que o piloto que “morreu” era Inglês, o que não deixa de ser um pouco estranho ou até mesmo caricato, uma vez que o avião Canadair tem dois tripulantes (piloto e co-piloto) e não apenas “um piloto”. No entanto, a realidade é que os outros Meios de Comunicação Social também não estiveram melhor.
Claro que este e os outros Meios de Comunicação Social apressaram-se a remover esta “notícia” das suas páginas Web, o mais rapidamente possível. No entanto na era da Internet, todas estas “notícias falsas” deixam sempre “rasto”, como pode ser comprovado ao fazer uma simples pesquisa no Google, como por exemplo: “correio da manhã noticia queda de avião no combate a incendio com piloto inglês morto” e que pode ser visualizada na imagem abaixo.








Pois bem, como é sabido, esta notícia foi posteriormente desmentida pelas entidades oficiais e autoridades, nomeadamente pela Proteção Civil e logo de seguida por elementos do governo.
Considero ser simplesmente vergonhoso, que qualquer Meio de Comunicação Social, nomeadamente os “principais”, possam transmitir notícias desta natureza sem uma confirmação fidedigna! Mais ainda, em vez de admitirem o erro, os vários elementos da comunicação social, nomeadamente um outro Meio de Comunicação Social, um dos “maiores” aqui em Portugal e que penso ser também conhecido no Brasil, a SIC, afirmou que as autoridades é que foram as culpadas pela “perpetuação desta notícia”, “noticia” esta que o próprio Meio de Comunicação Social (SIC) admitiu ter tido origem em rumores que os seus jornalistas ouviram nos “corredores” das instalações onde a Proteção Civil está a operar e que as mesmas autoridades não foram céleres no desmentido desta noticia falsa, isto como se as mesmas autoridades não tivessem mais do que fazer (tal como combater os próprios incêndios!) do que desmentir noticias falsas que a própria comunicação social não teve o cuidado de confirmar em primeiro lugar!
O que se passou, confirmado pela própria Proteção Civil foi que um atrelado, aparentemente abandonado, tinha uma botija de gás (ou várias), que explodiu quando o incêndio chegou ao atrelado, o que provocou uma explosão. Provavelmente na mesma altura estava a passar um avião Canadair nas imediações e alguém deve ter associado a explosão com a eventual queda do avião e comunicado isto mesmo às autoridades, que obviamente foram investigar o sucedido. Os jornalistas que já estavam (desde o inicio dos incêndios) nas imediações das instalações da Proteção Civil, devem ter dado conta do sucedido e foram logo reportar a “notícia bombástica” na televisão, sem primeiro verificar se a “notícia” era ou não fidedigna.
Por isso deixo aqui um “apelo” aos Srs. responsáveis pelos Meios de Comunicação Social Portugueses e não só:
- Confirmem primeiro as vossas notícias e depois deixem-se de guerras de audiência para ver quem dá primeiro a maior desgraça! Infelizmente, existem muitas desgraças no mundo para poderem noticiar (tal como os incêndios de Pedrogão Grande), por isso não precisam de inventar mais do que as muitas desgraças que já existem e que acontecem quase diariamente no mundo! porventura o “mais nojento” deles todos, o qual não vou mencionar o nome, mas que começa por Correio a acaba em Manhã, que teve o desplante de noticiar que o Canadair era Espanhol e que o piloto que “morreu” era Inglês – Este meio de comunicação social além de nojento e desprovido de qualquer sentido de “ética”, é BURRO, uma vez que um Canadair tem dois tripulantes (piloto e co-piloto) e não apenas “um piloto”. Os outros meios de comunicação social também não estiveram “melhor”.






Texto: Ricardo Nunes
Fotos: WEB
WebMaster: Paulo Medeiros

Uma nova etapa

Estavámos há bastante tempo sem publicações.

Isto ocorreu porque como sempre apresentei no preâmbulo de nosso blog, a concepção do mesmo baseava-se nas ópticas distintas de seus dois idealizadores.
Com o passar dos anos eu e o Marques Pereira, cada um de seu lado do atlântico, regularmente publicávamos nossos ponto de vista, diante de uma imaginaria Lusitânia.

Os anos passaram e a harmonia de ideias se diversificaram  e  mudaram bastante. Mudaram  tanto que culminou com a rutura e saída unilateral do Marques Pereira,

A partir dai, as publicações  tiveram de ser suspensas, porque se eram duas opticas, não tinha cabimento manter uma óptica só.

Finalmente, passado quase dois anos , lhes apresento o novo colaborador do nosso Lusitânia Perdida, trata-se  de Ricardo Nunes, um amigo de longas datas e que reside em Castelo Branco.,cidade que considero uma das mais belas de Portugal.

Ao Marques Pereira meus agradecimentos pelos anos de colaboração,

Ao Ricardo, meus agradecimentos por aceitar o convite, e fico desejoso que nossos adeptos retornem a nos acompanhar novamente e com a mesma intensidade.


Texto:Paulo Medeiros