31.3.07

DIA DAS MENTIRAS É TODOS OS DIAS


Quem já leu e pensou nas estórias da História e da Religião que os historiadores e os religiosos escreveram e continuam a escrever, certamente terá chegado a esta conclusão: a História nem sempre se cinge à Verdade dos factos, antes revelam a Mentira a quem não interessam as verdades.

Todos sabemos (ou deveríamos saber) que uma Mentira contada muitas vezes, seja oralmente ou por escrito, pode transformar-se numa “verdade” política ou religiosa, consoante o receptor a quem e mensagem tenha sido transmitida por políticos ou religiosos.

A Religião é o exemplo maior do que as mentiras são capazes de influenciar e alterar o comportamento da mente humana, levando os fracos de espírito a acreditar em coisas que nunca existiram e a criar ódios e guerras que ainda não acabaram.

A Política, filha amada da Religião, vem a seguir. Um facto histórico recente demonstrou como a Mentira pode iludir alguma opinião pública e arrasar uma nação e um país. Quem ainda não tem conhecimento do crime contra a Humanidade cometido por George Bush, presidente de um país norte-americano (USA) que se diz cristão e lutador pela Liberdade e Democracia, com o apoio indesmentível (na reunião das Lages-Açores) dos primeiros-ministros da Inglaterra (Tony Blair) e dos muito católicos José Aznar (Espanha) e Durão Barroso (Portugal, hoje presidente da União Europeia)?

Tenho referido neste “blog” e em alguns jornais que a Mentira está sempre presente no que lemos e ouvimos, e até no que dizemos, reduzindo o espaço para a Verdade ser fiável e se impor na nossa vida.

A Mentira está sempre a querer obrigar-nos a crer que a Verdade não está naquilo que vemos e tocamos, mas naquilo que “eles” dizem e escrevem.

Mas até aquilo que vemos, tocamos e temos é merecedor da nossa desconfiança cerebral ou suscita-nos dúvidas.

Na actualidade tecnológica a realidade pode ser construída, transformada, adulterada e manipulada como se estivéssemos a utilizar um computador com um programa de Photoshop que melhora, piora, reduz, aumenta, ilude, modifica as imagens para parecerem aquilo que “eles” querem que pareçam e sejam aquilo que nós poderemos querer, ver, crer e conviver.

As estórias da Política são ditas e escritas pelos políticos conforme os seus interesses de exercer o Poder.

As estórias da Religião, Divino e Sagrado são feitas de imaginação, mentiras, demências religiosas e palavras mansas e fluentes.

Se eu perguntasse “O que é a Religião?”, certamente que só os religiosos que andam por dentro dos templos é que saberiam responder utilizando tudo o que imaginaram, mas nunca explicando cientificamente, nem mostrando verdadeiramente, a realidade e a Verdade do que dizem.

E o que é o Sagrado, senão uma “decisão” pessoal e colectiva dos manipuladores e dos praticantes das religiões? Sagrado e consagrados são o que “eles” querem, não todos os “filhos de Deus” que por o serem deviam sê-lo sem nomeações nem intervenção das hierarquias dominantes. Sagrada é a vida de todos os seres humanos, animais e flora –mas porquê a Religião matou, mata e deixa destruir? Sagrada é a Natureza que produz o Ar que nos mantem vivos no nosso planeta –mas porquê a Religião não a considera como uma Deusa de tudo o que está vivo, respira e morre naturalmente? Enfim, para que serve o Sagrado ao Ser Humano comum, livre, não afectado pelos deuses e diabos criados pela Religião?

Quanto às estórias do Divino não há qualquer sustentáculo histórico; apenas divagações e tretas gratuitas. Se os deuses são tão poderosos e bons, porque não acabam com a fome, a miséria, a maldade, a injustiça, as doenças sem cura, a guerra, as inclemências do tempo?

Os faraós Egípcios mandaram construir grandes túmulos fúnebres, as pirâmides, onde os seus cadáveres eram colocados para depois subirem para o Céu, daí tais monumentos histórico-religiosos apontarem para o Alto. O que aconteceu passados alguns milhares de anos? Os arqueólogos começaram a escavar na areia que taparam as pirâmides e foram encontradas as múmias dos faraós ainda na Terra, rodeadas das jóias e dos cadáveres dos escravos que os tratariam até partirem. Mas nunca partiram, porque da Morte ninguém regressa e ninguém ressuscita.

Jesus de Nazaré divinizou-se ao dizer que era “Filho de Deus”, quando todos sabemos pelas estórias contadas que o pai Dele foi o carpinteiro José de Nazaré. E, quanto à estória de Ele ter ressuscitado, a Mentira ainda anda a ser propagada num pedaço deste mundo.

Teria sido uma Mentira do nazareno Jesus aquela “profecia” de que o mundo ia acabar no Ano 1000? Mas como a Terra continuou viva, “eles” alteraram o fim do planeta para o Ano 2000. E o nosso mundo continua vivo e a girar à volta do Sol, não por graça e obra de Deus, mas porque o Universo o vai permitindo.

Nero, o louco imperador de Roma, é um exemplo da demência religiosa que entra na construção do Divino. Ele, querendo todos os poderes da Terra e do Céu, desvairado pelo ódio que tinha aos Cristãos, divinizou-se, fez-se um deus, para que fosse adorado mais do que Jesus de Nazaré e outras divindades do mundo de então dominado pelos Romanos.

O norte-americano Joseph Smith Jr disse que teve uma visão e falou com Deus e Jesus, há cerca de 180 anos. Escreveu uma nova bíblia a que deu o título “O Livro de Mórmon” (The Book of Mórmon), na qual se lê que Jesus de Nazaré nasceu em Jerusalém e não em Belém da Palestina como dizem os Evangelhos (Mateus 1:20), que são a Bíblia Sagrada (Novo Testamento) e a base religiosa do Cristianismo de que nasceu o Catolicismo. Os evangelistas que foram discípulos de Jesus mentiram, ou está a mentir o profeta mórmon da Igreja SUD?

Outro norte-americano a quem atribuem (?) o advento da Igreja Adventista, William Miller, armou-se em “profeta” e disse ao rebanho que juntou: “Jesus vai ressuscitar em 1843”; não ressuscitou, como qualquer racional livre de religiões esperava. Para manter o rebanho junto e a render-lhe dinheiro, disse que houve um engano e alterou a data da ressuscitação para 1984. Nada ocorreu. Como este cultivador da Mentira há milhões na Religião, mas o povinho continua a cair nestas aldrabices e vigarices religiosas.

O padre Luís Kondor, clérigo que tem vivido à custa da Mentira que foram as “aparições” de Maria de Nazaré na Cova da Iria, sendo inventada daí a Nossa Senhora do Rosário que depois foi rebaptizada de Nossa Senhora de Fátima, afirmou recentemente que Lúcia, a mais velha dos “três pastorinhos” que armaram a mentira das visões, foi superior à santa Madre Teresa de Calcutá, a qual fez, na Índia, uma grandiosa obra cristâ pelos adultos, crianças e doentes abandonados pelas ruas, tratando-os, dando-lhes comida e um tecto, espalhando pelo mundo dos pobres mais pobres um Irmandade de serviço de Amor. O Padre Kondor proferiu uma Mentira própria de analfabetos, surdos e cegos, com a intenção de alargar o negócio de Fátima com uma “santa” Lúcia que passou a vida presa em três conventos e nunca mexeu uma palha para fazer o Bem a alguém. E até já lhe começaram a arranjar “milagres”, mesmo sabendo-se que os mortos não têm vida para ajudar os vivos que sofrem e são injustoçados.

O actual Primeiro-ministro de Portugal ganhou as eleições com a promessa de que não aumentaria os impostos. Depois de tomar posse todos os impostos aumentaram. Mentiu para ganhar.

A Política e a Religião são feitas de Mentira, não somente os mitos e as lendas, Deus, o Diabo e as “nossas senhoras” de Fátima e Aparecida.

O Dia das Mentiras nasceu em França, onde a chegada do Ano Novo era festejada a 25 de Março, no primeiro dia da Primavera, e a festa durava até 1 de Abril. Com a adopção do Calendário Gregoriano, em 1564, o rei Charles IX colocou a festa em 1 de Janeiro. O povo francês não gostou da alteração e continuou a festejar a 25 de Março, tornando-se o 1 de Abril um “dia de mentira”.

No Brasil, o “Dia das Mentiras” começou a ser comemorado a 1 de Abril de 1848, data em que começou a ser publicado em Pernambuco um jornal periódico com o título “A Mentira”, o qual informou que o rei D. Pedro tinha falecido, o que era Mentira.

E Você, Leitor, se é um mentiroso convicto e militante, aproveite o 1 de Abril para sentir como é bom para o cérebro e saudável para o coração falar e escrever sem recorrer à Mentira. E não me chame “mentiroso” por ter escrito o que acabou de ler atrás, sem antes pensar e procurar esclarecer-se na literatura que a sua Religião e a sua Política lhe proibiram de ler…

Texto: MARQUES PEREIRA

Foto: A.N.I.

Webmaster: Paula Medeiros

24.3.07

RIO SÃO FRANCISCO


Este rio , um dos mais importantes do Brasil, é hoje no noticiário mundial bastante falado devido a um mega projeto de desviar-se parte de suas águas para o semi-árido Nordestino e consequentemente minimizar os efeitos prolongados da estiagem . Assim, há a corrente dos favoravéis e os que são contra. Bem, antes de continuar no assunto vamos conhecer um pouco do rio:

Foi descoberto em 4 de outubro de 1501, pelos viajantes Américo Vespúcio e André Gonçalves. Os índios que habitavam a região chamavam-no de Opara, que significa rio-mar. Recebeu o nome de São Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, nascido na Itália 319 anos antes do seu descobrimento.

Ele nasce na serra da Canastra no município de Piumi, oeste de Minas Gerais e desemboca na Praia do Peba no estado de Alagoas. É conhecido também como Rio dos Currais por ter servido de trilha para transporte e criação de gado na época colonial, ligando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste.

É considerado o terceiro maior rio do Brasil, possui 3.163 quilômetros quadrados de extensão e sua bacia possui 640.000 quilômetros quadrados de área, o que eqüivale a sete vezes o país de Portugal.

Apesar da euforia dos nordestinos brasileiros, o projeto é muito contestado por ecologistas , especialistas e ate mesmo estudiosos muito conhecidos. Quero destacar a carta que do Frei leonardo Boff enviou recentemente ao Presidente Lula da Silva:



"O governo, através do Ministério da Integração Nacional, declarou que "vai
sair do campo da retórica" e já vai proceder a licitação das obras, orçadas
nesta etapa em R$ 100 milhões, em vista da transposição do rio São
Francisco. Derrubadas as liminares na Justiça, dissuadido o bispo que fez
greve de fome, Dom Luiz Flávio Cappio, e com o discutível aval do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama),
pretende o governo realizar agora a transposição. O argumento de base é
emocional: "não se pode negar uma caneca de água a 12 milhões de vítimas da
seca".

É exatamente no afã de dar água ao triplo de vítimas da seca que se deve
questionar o projeto. Baseio meus dados num artigo do respeitável jornalista
Washington Novaes publicado no dia 23 de fevereiro em O Estado de S.Paulo –
"Um novo desfile e a mesma fantasia" – e em outras fontes.

O apoio principal do projeto foi dado pelo Conselho Nacional de Recursos
Hídricos, onde o governo federal, sozinho, tem a maioria dos votos. Ao
contrário, grandes especialistas na área, como os professores Aziz Ab´Saber
e Aldo Rebouças, da Universidade de São Paulo, Abner Curado, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, e João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco,
mostraram que o problema no semi-árido é mais de gestão do que de escassez.

A Agência Nacional de Águas (ANA) mostrou que é possível abastecer os
municípios sem precisar da transposição do rio. O IBAMA, que deu o aval,
forneceu, sem querer, argumentos contra o projeto. Reconhece que 70% da água
seriam para irrigação e 26% para o abastecimento de cidades; que a maior
parte da água transposta iria para açudes onde se perde até 75% por
evaporação; que 20% dos solos que se pretendia irrigar "têm limitações para
uso agrícola"e "62% dos solos precisam de controle, por causa da forte
tendência à erosão".

O Tribunal de Contas da União diz que o projeto não beneficiará o número de
pessoas pretendido. Efetivamente, as comparações entre os projetos do
governo e da ANA, feitas por Roberto Malvezzi, bom conhecedor da bacia do
São Franscisco, mostrou que o do governo custaria R$ 6,6 bilhões, atenderia
apenas a quatro estados (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará),
beneficiando 12 milhões de pessoas de 391 municípios, enquanto o projeto da
ANA custaria 3,3 bilhões, atingindo nove estados (Bahia, Sergipe, Piauí,
Alagoas, Pernambuco, Rio do Norte, Paraíba, Ceará e Norte de Minas),
beneficiando 34 milhões de pessoas de 1.356 municípios.

O próprio Comitê de Gestão da Bacia, que conhece bem as questões do rio, foi
por 44 votos a 2 contra a transposição; diz ainda que esta atende a menos de
20% do semi-árido e que 44% da população do meio rural continuariam sem
água.

São razões de grande peso.

Se o governo quiser efetivamente levar água aos sedentos do Nordeste, deve
reabrir a discussão pública ou então encampar o projeto da ANA. Caso
contrário, podemos contar com nova greve de fome do bispo. Entre o povo que
não quer a transposição e as pressões de autoridades civis e eclesiásticas,
ele ficará do lado do povo. E irá até o fim. Então a transposição será
aquela da maldição, feita à custa da vida de um bispo santo e evangélico.

Estará o Governo disposto a carregar esta pecha pelo futuro afora?".


Texto e pesquisa : Paulo Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros

17.3.07

SE NÃO EXISTISSEM FRONTEIRAS, BANDEIRAS, HINOS, RELIGIÕES, CAPITALISMO, MILITARISMO E COMUNISMO O SER HUMANO VIVERIA EM PAZ E LIBERDADE?


A Organização das Nações Unidas (ONU) acaba de prever que em 2050 o mundo terá 9,2 mil milhões de habitantes. Caberá tanto Ser Humano nos países em que nasceram e vivem?

As terras, os muros e as fronteiras têm sido ao longo dos milénios selvagens e civilizados o motivo que leva os homens a lutar e guerrear contra outros homens. As terras para cultivo e pastagens. Os muros para delimitar e defender a posse de um terreno, quinta, jardim ou casa. Os marcos para avisar que existe uma fronteira física e legítima do país fronteiriço. Quem não conhece a existência da Grande Muralha da China construída para defender esta nação dos apetites territoriais e ataques dos Mongóis? Quem não soube da existência do Muro de Berlim a dividir a Alemanha? Quem desconhece o muro de Israel que foi recentemente construído na Palestina para evitar os ataques dos fanáticos islâmicos que se transformam em “bombas humanas” contra o povo israelita? E, ainda mais recente, o muro que os USA levantaram na fronteira com o México para evitar a entrada de mexicanos esfomeados e sem trabalho naquele chamado “país da liberdade” e “o pais mais rico do mundo”?

Na modernidade, porém, é o Capitalismo sedento de petróleo e dinheiro que leva os países mais poderosos a criar frentes de agitação, insatisfação e guerras para além das suas fronteiras, como está a demonstrar a actual política de mentira e poderio militar dos “yankies” norte-americanos e dos “beefs” ingleses na destruição no Iraque.

Os hinos, que são a cantiga do Patriotismo e da excitação à Guerra, ou são pacíficos ou guerreiros, como o de Portugal que faz os Portugueses gritar “Às armas! Às armas!” e “Contra os canhões, marchar, marchar!” em momentos patrióticos, político-partidários e nos estádios de futebol antes da “equipa das quinas” começar a jogar.

As religiões são invenções de paraísos de Paz que se transformam em “santos” movimentos de massas humanas para rezar, civilizar conforme a sua moral, manipular a pessoa, guerrear e matar seres humanos que se lhes oponham. Basta olhar para a história do Cristianismo transformado em Catolicismo e para a fundação do Islamismo. E na actualidade ainda podemos olhar para o que está a acontecer, religiosamente, no Iraque, Afeganistão, Palestina, onde há religiões e religiosos armados a combaterem-se uns aos outros com a “ajuda” das suas inventadas divindades.

O Comunismo, aberto ou fechado, com um nome ou outro, continua a ser oposição ao Capitalismo, mas já anda a cair para o lado do Dinheiro. Exemplos são as viragens da URSS para a Rússia capitalista e democrática (?) e da China para o mundo exterior do Capitalismo, estando a fazer de si uma imagem do “comunismo capitalista” e a transformar-se numa força económica que está a lançar o pânico e a abrir brechas no mercado internacional, global, vendendo produtos mais baratos e acessíveis aos consumidores, porque obriga os chineses a trabalhar 10 horas por dia e a só terem dois dias de descanso por mês.

Se todas as fronteiras estivessem abertas, como podem estar as dos 25 países da União Europeia, as pessoas sentiriam nessa liberdade de circular pelo mundo uma possibilidade de melhorar a sua vida, pois nuns países há mais riqueza e trabalho do que noutros. Mas essa liberdade de circular na UE existe ou é apenas uma ilusão política? Um exemplo: um espanhol mesmo que casado com uma portuguesa, para viver em Portugal tem de pedir e exibir uma licença, apesar de a Espanha ser territorialmente uma vizinha e um parceiro da União Europeia. E se todos migrassem para os países onde há trabalho, pão e apoio à vida, seria que o Ser Humano voltaria aos tempos primitivos em que se deslocava à procura de alimentos e de melhores climas para sobreviver? Veja-se o que está a acontecer na fronteira do sul dos USA, onde o “cristão” George Bush mandou construir um muro para barrar a passagem aos católicos mexicanos esfomeados, pobres, sem nenhuma esperança de sobrevivência no “país da tequilla”…

As bandeiras são o elemento do folclore do simbolismo nacional de qualquer país, clube de futebol, religião, empresas multinacionais. Como pano com desenhos e cores vivas, ou como um simples adorno do vento que passa, não fazem mal a ninguém, mas como símbolos podem impor uma ditadura, identidade, invasões, guerras e matanças. Estou a lembrar-me das bandeiras e pendões com o rosto de Cristo que os assassinos das Cruzadas usavam nas suas incursões contra os Cristãos e Islamitas do Oriente obedecendo a ordens a papas da Igreja Católica Romana…

Os hinos são cantigas nacionalistas que quando os cidadãos os sabem cantar satisfazem o seu orgulho nacional. Alguns até são poemas bem musicados, bonitos, alegres; e outros, como o de Portugal, são empolgantes e contêm violência e guerra nos seus versos acompanhados pelo no rufar dos tambores.

As religiões foram uma invenção dos medos do Ser Humano e continuam a fazer adeptos de pessoas com medo do mundo e por não saberem pensar por si próprios. Alguns fiéis só o são para pertencerem a um grupo social-religioso, pois o Homem e a Mulher de hoje não podem viver isolados dentro de si e sem uma protecção humana ou outra mesmo que seja falsamente divina. No Céu ninguém lá vive nem está morto. O Paraíso não foi encontrado por nenhum astronauta, nem pelas máquinas-satélites inteligentes que vagueiam pelo Espaço á procura de conhecer se têm vizinhos astrais. O Inferno existe, sim, mas na Terra, para os que sofrem injustiças, fome, dores, miséria. Mas se as religiões não existissem, com todas as suas mentiras e caridade, viveríamos melhor? Na presente situação política, social e ambiental, creio que todas as religiões e as seitas de crentes e sugadores de dinheiro (não Deus, porque este não existe, não passa de uma Palavra que só faz o que o Homem é capaz de fazer), se deixarem de ser tão hipócritas, tão interesseiras, tão de costas voltadas umas para as outras, ainda poderão fazer alguma coisa para minimizar a catástrofe anunciada para o nosso planeta e a sua vida humana, animal e vegetal. Será uma estupidez pensar que Ele e os santos mortos é que vão salvar o mundo de secar e morrer devido à poluição gerada pelo Capitalismo e pelo Consumismo. E aqueles que esperam o regresso de Jesus da Nazaré como o “Deus Novo”, o salvador do nosso fim à vista, estão religiosamente doidos, porque os mortos não ressuscitam, não voltam a viver. Nem Ele conseguiu isso, apesar de se auto-anunciar como filho de um outro Deus, de Amor e Tolerância, reinventado do vingativo Jeová dos judeus!

O Capitalismo selvagem, que só pensa no Dinheiro e em lucros empresariais e bancários, está sempre a engordar à custa do trabalho das pessoas. É o mal que mais afecta o Ser Humano que precisa de trabalhar para viver. E revelou-se como anti-Terra, tudo transformando e tudo estando a matar. Penso que todos os não-analfabetos têm conhecimento da escravatura que o Dinheiro dos capitalistas está a causar ao Homem e à Mulher comuns.



O Militarismo é o diabo que atira homens contra homens e mulheres contra mulheres, fazendo do Ser Humano carne para os jogos de ambição e vingança de políticos, “carne para canhão” para generais e “hambúrgueres” para bombas e mísseis de destruição. Se Deus realmente existisse, como milhares querem fazer crer enganosamente a milhões, certamente que Ele nunca permitiria que o Militarismo existisse, pois nunca haverá Paz com o Ser Humano a empunhar armas.

O Comunismo já não é o que era após a II Grande Guerra Mundial e no período da “Guerra Fria” da URSS com os USA e a Europa. Os políticos “bolcheviques” que obrigaram nações a ser comunistas e a viver sob a pata de diversas ditaduras “vermelhas” morreram; e os comunistas-novos abriram-se ao Capitalismo produtivo e economicamente competitivo com um olho aberto sobre o desenvolvimento do Ocidente. Mas ainda há ditadores comunistas que mantêm o seu povo sob a proibição de pensar, manipulado e usado como alimento de uma utopia. Aliás, o Catolicismo agiu da mesma forma na Europa, utilizando Jesus Cristo, mas vejam no que a Igreja Católica se transformou até aos dias de hoje, mesmo utilizando os padres-carrascos da Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, que julgava e matava sumariamente em nome de Deus aqueles homens e mulheres que pensavam e viam de maneira diferente: ficou sem poder político e sem poder social, tornou-se incapaz de deixar os homens e mulheres do seu quadro de pessoal, os “reencarnados”, gerar Vida Humana e inclinou-se para uma religião folclórica, gestora do seu vasto património religioso e de uma riqueza incomensurável que vai aumentando a colher dinheiro e propriedades das suas “ovelhas” e viúvas.

O que nos resta, então, se muita coisa está cada vez pior e mau neste planeta?

Vamos tentar conservar, mesmo os que pensam que vivem bem, o que há de bom e procurar sobreviver o menos pior possível. Os que assim fizerem e conseguirem viver serão os verdadeiros santos dos últimos tempos da Terra que poderão ir até 2050, 2100, talvez 2500, se, entretanto, uma grande asteróide não chocar connosco e se o petróleo não for substituído por outro combustível não poluente, não venenoso, não desertificador.

Pessimista, eu?! Olha para esta foto. O que vês? Poderás viver, semear, criar gado, colher alimentos numa terra seca, ou inundada até à altura dos teus joelhos. Poderás pescar se não houver peixe nos rios e mares? Poderás respirar e viver numa atmosfera com o ar envenenado?

Este texto é fruto da reflexão que me apeteceu fazer, após ter conhecimento de que o gelo está a derreter nos pólos terrestres e a mentira de George Bush e Tony Blair já causou a destruição parcial do Iraque, 650 mil inocentes mortos, dois milhões de refugiados, 3500 militares ocidentais com as vidas ceifadas e uma incontrolada guerra civil.

Se não acreditas, abre os olhos e olha em teu redor e para o que está a acontecer para além do teu tempo de pensar e ver em África, Ásia, Antártida, América Central, Brasil (no nordeste e nas favelas cariocas) e em Portugal nos “bairros-de-lata” dos subúrbios de Lisboa…

Texto: MARQUES PEREIRA

Foto: A.N.I.

Webmaster: Paula Danielle Medeiros

9.3.07

CARNAVAL MOLHADO EM CAMALAÚ


Não poderia nesta nova etapa do "lusitânia perdida deixar de apresentar aos nossos leitores, um pouco mais desta terra que a denomino de "recanto diferente do nordeste brasileiro".
Esta terra fica localizada dentro do polígono das secas , encravada no nordeste brasileiro, e que tem uma gente simpática e muito hospitaleira. Sua principal característica, igual a maioria do povo brasileiro é sempre tentar vencer as adversidades com alegria.
Seu nome Camalaú, é uma corruptela do tupi-guarani CAM/B/ARA/U que significa Rio do Camará . A cidade fica localizada a cerca de 331 KM da capital (João Pessoa) do estado da Paraíba. E tem uma população de 5492 pessoas.
Por estar numa das áreas mais secas do país, praticamente não há agricultura,exceto a a de subsistência, e em sua maioria as pessoas vivem da caprinocultura.
O impressionante é que com todo este relato, realiza-se ai uma festa de carnaval que constitui um paradoxo a realidade climática mas com uma demonstração incomum que é possível vencer dificuldades e que é necessario apenas que façamos a nossa parte.


O Carnaval de Camalaú tem se destacado ao longo dos anos com a promoção do Carnaval Molhado como é mais conhecido.É realizado no Balneário Público Municipal, recebendo um público estimado em mais de 15 mil foliões a cada ano. O Balneário esta localizado no Açude Zé Tourinho a cerca de 2 km do centro da cidade.
Uma tradição que nasceu no ano de 1994, que neste ano de 2007 repetiu o sucesso dos últimos anos.Segundo o Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal, este ano foram feitas algumas modificações na estrutura do Balneário Público, com melhorias no estacionamento, palco, e reorganização dos espaços destinados a comercialização de produtos e serviços, o que agradou muito aos foliões.Muitas casas foram alugadas pela multidão de que procurou Camalaú durante o evento, pessoas de toda região do Cariri, e do vizinho estado de Pernambuco.A Folia em Camalaú foi aberta no sábado a noite, com a promoção do tradicional baile de abertura em praça pública, com a presença de Blocos e Orquestra de Frevo. No Domingo foi aberto o Balneário com animação garantida pela Banda Perfil, a noite o Bloco das Virgens ganhou as ruas da cidade, o que trouxe muitas pessoas as calçadas pra ver a passagem do Bloco Virgens de Camalaú.
Um dos grandes momentos da festa foi a escolha da garota molhada 2007. Cabe ao leitor, adivinhar qual foi a vencedora. Oportunamente diremos qual foi.
O evento também este ano foi considerado de êxito. Certamente um convite a quem quiser conhecer esta paragem sul-americana.
Texto: Paulo Medeiros com a colaboração do depto. de turismo da prefeitura municipal da cidade.
Fotos: Depto de Turismo
Webmaster: Paula Medeiros

3.3.07

GRAÇAS A DEUS, OS DITADORES…


As religiões sempre estiveram conotadas com a Direita dos poderosos, ricos, exploradores do trabalho escravo e ditadores.

E quando se fala do povo-povo que são os trabalhadores, os pobres, os explorados e os escravizados pelo patronato vimos na Esquerda a oposição aos seus carrascos históricos.

Portugal é um pequeno país que já foi grande quando andou a descobrir e a colonizar novas terras e novos povos, entre os quais o Brasil e os seus indígenas.

No último século, porém, a História de Portugal teve um ditador criado pela Igreja Católica que governou durante 48 anos: o provinciano António de Oliveira Salazar.

No princípio do seu mandato, com o apoio do consagrado temor ao Deus judeu do Tora (Velho Testamento da Bíblia), Salazar tirou Portugal do caos económico e financeiro em que vivia, mas depois submeteu os Portugueses a regras de mansidão, obediência, fome, pobreza, analfabetismo e tortura física e psicológica própria da Idade das Trevas dos “reinos do céu” da Europa, onde Ele habitava e obrigava a plebe a temer os ditadores religiosos e políticos.




Da ditadura de Salazar prosseguida por Marcelo Caetano (que após a revolta de 25 de Abril de 1974 fugiu para o Brasil, onde morreu) ficou um Banco de Portugal cheio de barras de ouro que o grande ditador amealhou mantendo o povo-povo na miséria, medo e ausência de Liberdade.

Apesar de Salazar ter sido um pesadelo para os Portugueses que viveram no seu tempo e Portugal ser hoje, ainda, o reflexo do seu pensamento atrasadista do ser humano, ainda há uns saudosistas do fascismo-igrejismo que querem fundar um museu na casa e na terra em que ele nasceu, Vimieiro (Santa Comba Dão – Viseu), onde está enterrado e esperamos que não seja “ressuscitado” pelos católicos que o apoiaram e até, muitos, defenderam a sua canonização.

Os grandes inimigos do povo-povo sempre quererão ser recordados como predilectos filhos de Deus, como se percebe das palavras da faixa colocada na sua casa abandonada por todos e a ser comida pelo tempo…



Texto: Marques Pereira

Webmaster: Paula Medeiros