21.12.15

Vinho Medeiros (Vinho do parreiral da Quinta das Reboredas)




Nota da redação:
 Há anos que mantemos o Lusitânia Perdida, Entretanto neste ano de 2015, enfrentei dificuldades, principalmente com a parceria do Marques Pereira, que por motivos pessoais teve de afastar-se daquilo que ele mesmo ajudou a construir. Com isto tive de assumir os destinos do nosso blog , mas antes tive de dar um tempo naquilo que disponibilizávamos ao nosso leitor, e rever nosso conteúdo, realizando uma verdadeira autocritica. Assim, quero justificar-me aos nossos leitores com as falhas  e a ausência  cometida. Quero me comprometer a manter atualizado tudo que postarmos e procurar manter viva  a concepção da nossa Lusitânia Perdida.

Neste clima natalino, republico um texto que sintetiza esse espirito descrito acima.

O texto é de julho de 2011

Espero que gostem!



Em Portugal, esta foto significaria ser apenas mais uma de tantos parreirais que lá existem.

Na verdade é uma imagem capturada lá no Alentejo, próximo a fronteira numa região singular ao redor de Elvas. Um pequeno parreiral de uvas regionais , como Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, e um pouco de Syrah. Enfim, os componentes para fazer um vinho caseiro de boa qualidade, com as características que só o Alentejo tem.

Vemos um solo rochoso, mas bem tratado, que fornece um fruto incomparável, e não é a toa que na região se produz um dos melhores vinhos de Portugal.

Neste momento que estou a escrever , degusto o primeiro vinho desta quinta, e a foto nada mais são do que as parreiras da segunda safra a ser concebida este ano. O que degusto , é um vinho encorpado e frutado, e como o mesmo foi experimental apesar de muito bom ainda não pode ser chamado de oficial. Foi elaborado com a experiência do Sr. Leonel Nascimento , lá da Terrugem e do nosso amigo Juvenal Nunes(JUKA) de Castelo Branco com a colaboração do Sr. Eiras.(também de Elvas) sob a coordenação do Roberto Medeiros(meu irmão)

Mas por que falar tanta coisa, e de um modesto vinho caseiro. Este vinho simboliza concretização de um projeto em vida e do êxito , e que não foi aventura , mas que foi materializado naquilo que chamamos de caminho contrário as caravelas e que representa o mesmo caminho que começou com ancestrais nossos que um dia partiram do Alto do Minho e Açores e com muito orgulho conclui-se agora através do Roberto Medeiros, e no Alentejo.

Quem viveu os dois lados do oceano, não consegue mais viver de um lado só. Quero ter sempre a mesma alegria de beber uma cervejinha numa praia nordestina e sentir-me exatamente igual ao beber uma caneca de vinho numa tasca Alentejana.

Quem sabe no Natal possamos eu e o Marques Pereira brindar este vinho, em mais este verdadeiro traço de união entre Brasil e Portugal.

E, lógico, extensivo a todos os nossos leitores.



 Texto e nota da redação:Paulo Medeiros
Foto: Roberto Medeiros
Webmaster: Paulo Medeiros

Um santo Natal aos nossos estimados leitores.

21.5.15

De uma só vez a polícia agrediu três gerações





Temos por hábito dizer que nada nos espanta ou surpreende. Então depois de um porco a andar de bicicleta! Nada mais errado. Eu também pensava assim.

Infelizmente, a violência, tem ocorrido em manifestações desportivas e têm merecido, da minha parte, condenação e repúdio total nas páginas deste Diário. Numa democracia a segurança dos cidadãos é o valor prioritário do estado de direito. Muitas queixas de violência policial surgem relatadas nos jornais. Difícil ter um juízo sobre a ocorrência. Se, eventualmente, acontece, não vemos ou desconhecemos as circunstâncias. Mas, aqui, eu vi e os portugueses viram. No final do jogo, do título, em Guimarães, a brutalidade policial perpetuada por um agente de autoridade protegido por outros 6, armados até aos dentes, de bastões, pistolas e capacetes, contra um homem que tinha como escudo de protecção os seus dois filhos, uma criança bebendo água e um adolescente, e seu pai já idoso. Não satisfeito toca a esmurrar o “velho”. De uma só vez a polícia cobardemente agride três gerações. Avô, pai e neto. Não quero saber das razões. Nada justifica tamanha barbaridade.

Acredito que todos os seus colegas agentes deste país, por mais corporativistas, não se revêm e se sentem envergonhados. Se assim não for, sinto-me assustado. Eu sou “velho”, tenho filhos e netos. Como diz o poeta “vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”. Na escola, perante uma traquinice, professor que ouse levantar a voz ou imaginar tocar ao de leve na orelhinha de um aluno, perante a participação dos pais, apressa-se o Estado a punir o docente pelos traumas psicológicos causados numa criança em crescimento. E aquela criança assustada? O estado não a defende? Que imagem ficará da polícia? Comparando factos, as imagens, condenáveis, que nos intoxicaram na TV sobre violência entre adolescentes na Figueira da Foz, são carícias. Violência gera violência. As autoridades na sua formação profissional  estudam estes fenómenos. Como podem exigir tolerância e respeito com posturas condenáveis? Colocam-se a jeito.


As cenas de violência no Marquês não terão a ver com isto? Já há inquérito. Sempre houve. Mas imaginamos o seu desfecho. Pelo menos na justiça desportiva há consequências, embora possamos questionar, com legitimidade, a justeza das penas aplicadas. Assistimos, diariamente, comentadores políticos, que perante indícios comportamentais duvidosos de políticos, chegam, por vezes de forma ridícula, a pedir consequências, exigindo demissão dos cargos. Em minha opinião, o que se passou em Guimarães, não se resolve apenas com a punição dos agentes prevaricadores, transferindo-os para uma qualquer secretaria de um comando de polícia deste país. O que está em causa não é apenas o polícia, mas a segurança dos cidadãos. Aqui, sim, perante esta vergonha nacional, há razões legítimas para exigir a demissão da Ministra da tutela.



Texto: Prof. Franscisco Costa. Transcrito da coluna opinião do Diário de Noticias - Madeira
Foto: Web
Webmaster: Paulo Medeiros

25.4.15

25 de Abril de 2015




Há 41 anos , Portugal mudava drasticamente seu destino. A Revolução dos Cravos , vencia e o povo nas ruas comemorava o que chamavam de novos tempos.

Liberdade, esta era  a palavra de ordem. Era o fim de um ciclo, era o fim do outrora Portugal ultramarino. Era fim do que chamavam de período ditatorial.

Passado este tempo, conclamo o leitor  a refletir com tudo que se passou e o que  a sociedade portuguesa tem vivido e alcançado nos dias atuais. Será que se tem mesmo  muito o que se comemorar. O que  mudou , mudou tanto assim na pratica.

A imersão européia, trouxe tantos avanços assim?  Sei que há mais estradas, mais desenvolvimento tecnológico, mais escolas e as fronteiras todas abertas , Tudo que tinha  lá  no norte rico europeu , chegou também a Lisboa. 

Junto a tudo isto, chegou também o desemprego, a violência, os roubos a degradação e muitas mazelas. Será que os pobres estão mais ricos?

Hoje á moeda é o Euro, mas muitos já não a querem. A migração  já faz tempo que voltou e os mais jovens já não têm mais tantas opções.

Na verdade o outrora rico Portugal, tem que juntar dinheiro para pagar empréstimos feitos ao FMI. Assim, o que antes se impunha por respeito, hoje quase não causa medo.

Assim se segue nestes novos tempos.

Será que se tem mesmo o que comemorar?




Texto de Paulo Medeiros
Foto :Web

6.4.15

Contra factos não há argumentos



Dilma, despenca no Nordeste brasileiro

O declínio da popularidade de Dilma também se verifica no Nordeste, onde obteve expressiva vitória em sua reeleição. Agora, 65,9% dos nordestinos desaprovam o seu governo, contra 27,2% que aprovam. É o que constata levantamento nacional realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, que entrevistou 2.022 eleitores em 152 municípios de 26 estados e no DF. Nas demais regiões, a situação de Dilma é ainda pior.

Rejeição a Dilma no sul do Brasil é de 84,5%

Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 26 e 31 últimos, 84,5% da população da região Sul desaprova Dilma. Só 13,2% a aprovam.


Desaprovação se alastrou

A desaprovação de Dilma é também recorde nas regiões Norte e Centro-Oeste (77,9%) e no Sudeste (74,2%).

Dilma e Lula sabiam

O Instituto Paraná Pesquisas apurou que para a maioria (78,3%), Lula e Dilma tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Pernas curtas

Outro dado importante da pesquisa é que para 79% Dilma mentiu, durante a campanha eleitoral, sobre a situação econômica do País.



Caiu a farsa , o povo descobriu. Se no Brasil o sistema de governo fosse Parlamentarista, já estaríamos livres ....





Texto: Equipe lusitânia Perdida
Foto; Web

22.3.15

Ligações perigosas



A publicação de hoje explica as perigosas ligações entre a esquerda sul americana e o Irã( Irão). A Venezuela encontra-se mergulhada na pior crise de sua historia, e o local por ser o destino de muitos Madeirenses que para la foram  um dia tentar vida melhor, demonstra como a esquerda sul americana é danosa  a população que  um dia sonhou ter uma sociedade melhor.

Mais uma vez apresento ao nosso leitor um texto do Jornalista Leonardo Coutinho , da Revista Veja.

Apreciem!



Há dois meses os argentinos se perguntam o que se passou em 18 de janeiro, dia em que o procurador federal Alberto Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires. Apenas quatro dias antes, ele havia apresentado à Justiça uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e outras quatro pessoas acusadas por ele de acobertar a participação do Irã no atentado terrorista que resultou em 85 mortos e 300 feridos na sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. No documento, Nisman explica que, além da assinatura de um Memorando de Entendimento que permitiria ao Irã interferir na investigação do caso, a república islâmica queria que a Argentina tirasse cinco iranianos e um libanês da lista de procurados da Interpol. O governo argentino tentou de todas as maneiras desqualificar o seu trabalho. Há três semanas, um juiz recusou formalmente a denúncia feita por Nisman, que havia sido reapresentada por um novo procurador. Sem se preocupar em esconder seu alinhamento político com o governo, o juiz aproveitou o despacho em que recusa a denúncia de Nisman para elogiar a presidente e sua administração.
Tudo indicava que o crime do qual Cristina e outros membros de seu governo foram acusados por Nisman se tornaria mais um dos tantos episódios misteriosos da história recente da Argentina. Um acordo entre países, porém, ainda que feito nas sombras, deixa rastros. Desde 2012, doze altos funcionários do governo chavista buscaram asilo nos Estados Unidos, onde estão colaborando com as autoridades em investigações sobre a participação do governo de Caracas no tráfico internacional de drogas e no apoio ao terrorismo. VEJA conversou, em separado, com três dos doze chavistas exilados nos Estados Unidos. Para evitar retaliações a seus parentes na Venezuela, eles pediram que sua identidade não fosse revelada nesta reportagem. Todos fizeram parte do gabinete de Chávez. Depois da morte do coronel, em 2013, compartilharam o poder com Maduro, com quem romperam depois de alguns meses. Os ex-integrantes da cúpula do governo bolivariano contam que estavam presentes quando os governantes do Irã e da Venezuela discutiram, em Caracas, o acordo que o procurador Nisman denunciou em Buenos Aires. Segundo eles, os representantes do governo argentino receberam grandes quantidades de dólares em espécie. Em troca do dinheiro, dizem os chavistas dissidentes, o Irã pediu que a autoria do atentado fosse acobertada. Os argentinos deviam também compartilhar com os iranianos sua longa experiência em reatores nucleares de água pesada, um sistema antiquado, caro e complexo, mas que permite a obtenção de plutônio a partir do urânio natural. Esse atalho é de grande proveito para um país interessado em construir bombas atômicas sem a necessidade de enriquecer o urânio e, assim, chamar a atenção das autoridades internacionais de vigilância.
Na manhã de 13 de janeiro de 2007, um sábado, contam os chavistas, o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, desembarcou na capital da Venezuela para sua segunda visita ao país. Cumpridos os ritos protocolares, Chávez recebeu Ahmadinejad para uma reunião no Palácio de Miraflores, acompanhada apenas pelos guarda-costas de ambos, pelo intérprete e por membros do primeiro escalão do governo venezuelano. O encontro aconteceu por volta do meio-dia, pouco antes do almoço. A conversa durou cerca de quinze minutos. Falaram sobre os acordos bilaterais, os investimentos no setor de petróleo e o intercâmbio de estudantes. Foi então que Ahmadinejad disse a Chávez que precisava de um favor. Um militar que testemunhou a reunião relatou a VEJA o diálogo que se seguiu:
Ahmadinejad - É um assunto de vida ou morte. Preciso que intermedeie junto à Argentina uma ajuda para o programa nuclear de meu país. Precisamos que a Argentina compartilhe conosco a tecnologia nuclear. Sem a colaboração do país, será impossível avançar em nosso programa.
Chávez - Muito rapidamente. Farei isso, companheiro.
Ahmadinejad - Não se preocupe com os custos envolvidos nessa operação. O Irã respaldará com todo o dinheiro necessário para convencer os argentinos. Tem outra questão. Preciso que você desmotive a Argentina a continuar insistindo com a Interpol para que prenda autoridades de meu país.
Chávez - Eu me encarregarei pessoalmente disso.
Os presidentes se levantaram e foram almoçar. Depois disso, voltaram para uma nova reunião. Desta vez, apenas com a presença do intérprete iraniano. Os chavistas asilados em Washington disseram a VEJA ter tido participação direta nas providências tomadas por Chávez para atender ao pedido de Ahmadinejad. Os dois governantes viram na compra de títulos da dívida argentina pela Venezuela, que já vinha ocorrendo desde 2005, uma oportunidade para atrair a Argentina para um acordo. Em 2007, o Tesouro venezuelano comprou 1,8 bilhão de dólares em títulos da dívida argentina. No fim de 2008, a Venezuela estava de posse de 6 bilhões de dólares em papéis da dívida soberana argentina. Para a Argentina o negócio foi formidável, dado que a permanente ameaça de moratória espantava os investidores. Os Kirchner, Néstor e Cristina, fizeram diversos agradecimentos públicos a Chávez pela operação financeira.
Menos refinada e mais problemática foi a transferência direta de dinheiro de Caracas para Buenos Aires. Em agosto de 2007, Guido Antonini Wilson, um empresário venezuelano radicado nos Estados Unidos, foi flagrado pela aduana argentina tentando entrar no país com uma maleta com 800 000 dólares. Ele afirmou, depois, que o dinheiro se destinava à campanha de Cristina Kirchner, que dois meses depois viria a ser eleita presidente da Argentina, sucedendo a seu marido, Néstor. Coincidentemente, Chávez tinha uma visita oficial à capital argentina agendada para dois dias depois da prisão de Antonini. Um dos ex-integrantes do governo chavista ouvidos por VEJA estava com Chávez quando ele foi avisado da prisão por Rafael Ramírez, então presidente da PDVSA, a estatal de petróleo, e hoje embaixador da Venezuela na ONU. Chávez reagiu com um palavrão e perguntou quem tinha sido o "idiota" que coordenou a operação. "A verba era originária do Irã para a campanha de Cristina Kirchner", diz a testemunha da cena. Ele completa: "Não posso afirmar que ela sabia que o dinheiro era iraniano, mas é certo que tinha consciência de que vinha de uma fonte clandestina".
Antonini foi solto em seguida e, de volta aos Estados Unidos, procurou o FBI, a polícia federal americana, para explicar-se sobre o episódio da mala. O serviço de inteligência chavista tentou dissuadir Antonini de sua intenção. A operação está descrita no livro Chavistas en el Imperio, do jornalista cubano­-americano Casto Ocando, com base nos autos do FBI sobre Antonini. Segundo Ocando, os agentes de Henry Rangel Silva, chefe do serviço de inteligência, ofereceram advogados a Antonini e, após a recusa, ameaçaram o empresário e seu filho de morte. As conversas com os advogados pagos pelos venezuelanos foram gravadas pelo FBI. Em uma delas, do dia 7 de setembro de 2007, eles dizem que Caracas estava disposta a pagar 2 milhões de dólares pelo silêncio de Antonini. Os espiões foram presos e acusados de conspiração. Em seu livro, Ocando acerta ao concluir que Chávez estava disposto a tudo para encobrir a origem do dinheiro, inclusive assumir a culpa pela remessa, atribuindo-a à PDVSA. O que Ocando não sabia, e agora se sabe, é que os recursos vinham do Irã.
O dinheiro fazia escala na Venezuela da mesma forma que era enviado à Argentina: em malas. Na reunião em que Ahmadinejad pediu a Chávez que atraísse a Argentina para um acordo, os dois presidentes também decidiram criar um voo na rota Caracas, Damasco e Teerã, que depois veio a ser apelidado pela cúpula chavista de "aeroterror". Entre março de 2007 e setembro de 2010, um Airbus A340 fazia esse percurso duas vezes por mês. Segundo os chavistas ouvidos por VEJA, quando partia de Caracas, a aeronave ia carregada de cocaína. Também eram transportados documentos e equipamentos, sobre os quais os ex-funcionários chavistas não conhecem detalhes. A droga era descarregada na capital da Síria, de onde era redistribuída pelo Hezbollah, um grupo terrorista do Líbano. Desde 2012, quando os primeiros chavistas começaram a se exilar nos Estados Unidos, as autoridades americanas sabem que o narcotráfico suplantou o Irã como principal fonte de financiamento do Hezbollah. Na volta, o Airbus trazia dinheiro vivo e terroristas procurados internacionalmente.
Um dos principais operadores dos voos Caracas-Teerã era o ministro do Interior da Venezuela Tareck El Aissami, hoje governador do Estado de Aragua. A Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) colheu diversos depoimentos que apontam o político como o elo entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Hezbollah. El Aissami tinha como preposto o libanês Ghazi Nasr al-Din, então adido comercial da Embaixada da Venezuela em Damasco. Al-Din, que no fim de janeiro entrou na lista dos mais procurados do FBI, tinha como missão produzir e distribuir passaportes venezuelanos para ocultar a verdadeira identidade dos terroristas que viajavam pelo mundo. Entre os acobertados por ele está o clérigo Mohsen Rabbani, citado por Nisman como executor do atentado à Amia. Foi usando um passaporte concedido por Al-Din que Rabbani visitou secretamente o Brasil pelo menos três vezes. Mesmo com o fim do "aeroterror", em 2010, a Venezuela continuou fornecendo documentos para acobertar terroristas. Segundo um dos chavistas exilados, em maio de 2013, o governo de Caracas dava guarida a pelo menos 35 integrantes do grupo Hezbollah.
Os chavistas entrevistados para esta reportagem não sabem se os iranianos foram bem-sucedidos em obter as informações sobre o programa nuclear argentino que Ahmadinejad tanto queria. Apesar de eles terem pertencido ao círculo mais próximo do presidente, as discussões sobre esse tema estavam reservadas aos ministros da Defesa da Venezuela e do Irã. Do lado argentino, a interlocutora era a ministra da Defesa Nilda Garré, atualmente embaixadora de seu país na Organização dos Estados Americanos (OEA). Garré é uma e­­x-guerrilheira montonera que se encontrou diversas vezes com Hugo Chávez, mantendo com ele uma relação estreita, que se oficializou em 2005, quando foi nomeada embaixadora da Argentina em Caracas. Segundo um dos desertores chavistas, foi Chávez quem pediu a Néstor Kirchner que indicasse Garré ao posto. Chávez e Garré tinham também uma relação pessoal íntima, que só tem interesse público por ser um dos componentes da aliança política entre os dois países. "Era algo na linha 50 Tons de Cinza", diz o ex-funcionário chavista. De acordo com ele, quando Chávez e Garré se encontravam no gabinete do líder venezuelano no Palácio de Miraflores, os sons da festa podiam ser ouvidos de longe. Depois de seis meses, Garré voltou a Buenos Aires para assumir a pasta da Defesa. Ficou no cargo até o fim de 2010. "Não posso afirmar que o governo da Argentina entregou segredos nucleares, mas sei que recebeu muito por meios legais (títulos da dívida) e ilegais (malas de dinheiro) em troca de algo bem valioso para os iranianos." Diz outro chavista exilado: "Na Argentina, a detentora desses segredos é a ex-embaixadora Garré". Existem semelhanças entre os reatores nucleares de Arak, no Irã, e de Atucha, na Argentina. Ambos foram planejados para produzir plutônio, elemento essencial para a fabricação de armas atômicas, usando apenas urânio natural. A diferença é que Arak deveria ter entrado em operação no ano passado, mas não há indícios de que isso tenha efetivamente ocorrido. O de Atucha funciona desde 1974 e gera 2,5% da energia elétrica da Argentina. A tecnologia nuclear dos argentinos também era útil para pôr em funcionamento a usina de Bushir, inconclusa desde 1979. Bushir foi inaugurada em 2011. Quem sabe a ministra Garré possa dar um quadro mais nítido do acordo Teerã-Buenos Aires costurado em Caracas.

Nota introdutória; Paulo Medeiros
Foto: Web
Texto: Leonardo Coutinho


16.3.15

O povo Brasileiro reage





O dia de hoje definitivamente entra para história.

O povo brasileiro espontaneamente realizou uma das maiores manifestações pacificas de descontentamento do povo para com o seu próprio governo e,  que por mais que tente não consegue mais  esconder sua incapacidade em governar um país como o nosso. 
Imaginem, só para exemplificar, que na cidade de São Paulo,(foto acima) a multidão atingiu o  numero de um milhão de pessoas. O protesto também aconteceu em outras 17 capitais  de toda federação.
Nós que fazemos o nosso blog, estamos a favor de todo movimento, alias situação prevista há muito em nossos editoriais.
O Brasil pela sua importância  e significado diante do mundo não pode tornar-se uma Venezuela , nem muito menos uma Cuba. Isto seria um retrocesso histórico.
A voz das ruas ecoam, e sabemos que nem tudo pode ser resolvido, mas com certeza fará estes governantes repensarem suas atitudes.


Texto:Paulo Medeiros
Foto:Web


7.3.15

Prisão preventiva de Sócrates




Nota do Editor:    Com a inexplicável ausência dos artigos de Marques Pereira, hoje apresento um texto bastante interessante  de quem está bastante atualizado com atualidade da politica portuguesa.
Trata-se do jornalista Brício Araújo, colunista do Diário de Noticias da Madeira.
Espero que gostem!

"Numa altura em que a lei impõe a revisão da medida de coação e enquanto continua pendente no Tribunal da Relação de Lisboa o recurso da decisão de decretamento da prisão preventiva a José Sócrates, o Ministério Público apresenta novos factos que serão decorrência de diligências levadas a cabo já depois de decretada essa medida de coação e defende, na sua promoção, a manutenção da prisão preventiva. A defesa do ex-primeiro ministro irá agora pronunciar-se sobre esses factos processualmente novos e o Juiz de Instrução Criminal decidirá depois se deverá manter essa medida de coação ou se, pelo contrário, deverá alterá-la por outra que se mostre mais adequada.
A posição assumida pelo Ministério Público poderá agora ser determinante na decisão do Juiz de Instrução Criminal, essencialmente por duas razões: Desde logo, e em primeiro lugar, porque o Ministério Público apresenta efetivamente resultados concretos da investigação recente, e depois porque esses resultados parecem legitimar a medida de coação inicialmente decretada. Fica no entanto por saber até que ponto o afastamento de José Sócrates poderá ter sido determinante na obtenção desses resultados e até onde esse afastamento poderá ser fundamental no desenvolvimento e aprofundamento dessa investigação. Recorde-se que o Juiz de Instrução Criminal terá fundamentado a prisão preventiva com o risco de perturbação da investigação. Agora a grande questão reside, essencialmente, em se saber até que ponto essas cautelas se imporão nas próximas diligências de inquérito. Naturalmente que a resposta a estas questões está nos elementos factuais constantes do processo e que não são de conhecimento público. A decisão final está dependente da ponderação concreta que o Juiz de Instrução Criminal fará perante essa matéria.
A verdade é que, existindo efetivamente resultados concretos recentes da investigação, e não se encontrando essas diligências concluídas, será pouco provável que o Juiz venha agora alterar uma decisão tomada em circunstâncias que poderão não estar ultrapassadas. Será pouco provável que o Juiz frustre as expectativas da investigação até porque, segundo dados que têm vindo a ser tornados públicos, existirá ainda matéria por apurar. Caso se confirme a existência de avultadas quantias monetárias, estará, designadamente, por apurar a sua proveniência, o que, dependendo das circunstâncias, poderá dar origem à constituição de novos arguidos.
Não se sabe também até que ponto o facto de José Sócrates ter tido notícia do processo não terá precipitado a sua detenção ainda enquanto decorriam diligências de investigação não concluídas. E, precisamente porque essas diligências poderiam não estar concluídas, a prisão preventiva terá visado evitar qualquer interferência no desenvolvimento da investigação.
O certo é que o ex-primeiro ministro continua a ter alguma dificuldade em cumprir algumas imposições e isso poderá também não estar a facilitar a alteração da medida de coação.
A juntar a isto surge o nervosismo e a incontinência de Mário Soares que continua a adensar o ruído com declarações insensatas que tentam sistematicamente dar ao processo um cariz político. Recorde-se que o confesso “admirador de Sócrates” afirmou publicamente que “todo o PS está contra esta bandalheira”.
A Procuradora Geral da República respondeu recentemente afirmando que “o Ministério Público atua de acordo com a lei e que não há timings políticos”. A Diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal por sua vez reagiu também com grande subtileza numa entrevista recente: ”É frequente haver iniciativas do lado da defesa que tem poder financeiro, que muitas vezes tem controlo de meios da comunicação social e que muitas vezes arrisca revelações do próprio processo, aparentemente podem até não lhe ser benévolas, mas que têm, do seu ponto de vista malévolo, uma vantagem enorme que é o desígnio de desacreditar o magistrado ou de fazer com que o magistrado desista perante o inúmero ruído colocado. Faz parte da patologia, é falado nos manuais, é um fenómeno, estou a falar de um fenómeno, não estou a falar de um caso concreto, é um fenómeno que normalmente acompanha os casos de grande corrupção e de criminalidade organizada.”
A verdade é que o processo terá brevemente novos desenvolvimentos e é sempre importante evitar os julgamentos precipitados, deixando que a Justiça siga o seu percurso, com Advogados, Magistrados do Ministério Público, Magistrados Judiciais e outros agentes da Justiça, a cumprirem a sua função com grande serenidade e competência. E é precisamente nessa postura responsável que a Justiça se credibilizará, credibilizando todos os seus agentes."


Texto:Brício Araújo
Foto:Web
Supervisão, editoração e notas: Paulo Medeiros

23.2.15

Roberto Leal- Um Português- Brasileiro



Com muita alegria publico aqui em nosso blog, entrevista concedida recentemente no Canadá, no Lusopress, por este artista que simboliza como ninguém, a união estre as pátrias que falam a mesma língua  Espero que gostem!



." Uma música de dois sotaques, um espírito internacional, uma fé inabalável, uma vocação. A viver entre Portugal e o Brasil, Roberto Leal é sem dúvida o cantor português mais brasileiro. É também um dos maiores representantes da música popular portuguesa no mundo e nem os 40 anos de carreira lhe tiram a energia em palco e na vida, como se viu no concerto na Missão de Santa Cruz no sábado passado, no contexto do Festival Portugal Internacional de Montreal.

Nascido em 1951 em Vale da Porca, uma aldeia no concelho de Macedo de Cavaleiros, Roberto Leal tem nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo um público fiel. Com mais de 25 milhões de discos vendidos e mais de 400 canções, Roberto Leal falou-nos do seu encontro com a música, da sua inspiração e das suas convicções mais profundas: «Eu me considero acima de tudo um homem feliz porque muito cedo percebi que você tem que dar tudo à vida para a vida dar tudo a você».

LusoPresse (LP): Como se sente por estar de volta a Montreal?

Roberto Leal (RL): Não feliz porque não venho há muito tempo, mas porque estou aqui. Ainda hoje me encontrei com a comunidade e é maravilhoso estar aqui. O mundo lusófono é fantástico. Por ter sido criado no Brasil fui um português que aprendeu a linguagem dos que vivem longe de Portugal. Há sempre uma lágrima, um lenço. Gosto de ver como a terceira geração já se comporta de forma diferente. Acabam por também vir aos nossos shows porque as suas histórias estão ligadas à nós. Estou enquadrado num lugar de que eu gosto muito, onde podemos expressar toda essa magnitude que Deus nos tem permitido viver com a Diáspora Portuguesa.

LP: Como é que lida com o facto de ter de estar sempre a viajar, em concertos?


Muito desejado - Roberto Leal, que já não vinha a Montreal há muitos anos, voltou a deixar cartel na comunidade.
RL: Temos de mandar tudo para a mente. Se ficarmos só no esqueleto, em cima do nosso corpo, qualquer coisa te faz desistir, mas quando você tem uma força interior a vida faz um outro sentido. Costumo dizer que quando a gente consegue enxergar com os olhos da alma, a vida tem uma resposta diferente. É maravilhoso acompanhar crianças que estiveram comigo há vinte ou há trinta anos e hoje trazem os pais. Isso compensa todo o cansaço. Esse é o grande benefício que o artista tem.

LP: Quando é que percebeu que queria ser cantor, que queria viver para a música?

RL: Muito cedo. O meu primeiro palco foi um carro de bois na aldeia. Eu dava muito trabalho à minha família porque sempre que havia festas populares eu estava lá. Todos os caminhos me levavam à música! No dia seguinte eu cantava de memória quase todas as músicas que ouvia no altifalante. Costumo dizer que o artista não tem um profissão, tem uma vocação. Não há nada que substitua um palco de uma artista. É uma missão que a vida nos deu, que a lei divina confiou em você. Se você não pratica isso, fatalmente você não é feliz. Muito cedo percebi que a música me satisfazia. Podia não comer, não beber, não estar com amigos, mas tinha que estar a cantar.

LP: O que é que o inspira?

RL: São vocês! Sem vocês as raízes morrem e quando as raízes morrem a árvore não deita frutos. É muito importante divulgar a nossa cultura, porque quando perdemos a nossa digital a gente nunca se acha. Passar essa mensagem é o trabalho pedagógico que o Roberto Leal faz, porque há esta consciência.

Sabe, eu acredito que nós pertencemos a um povo de grande potencialidade, a nível mental, histórico, e isso fez com que o Roberto Leal chegasse ao Brasil e não se sentisse pequeno. Quando cheguei quis conhecer a influência dos portugueses no Brasil. Na música, por exemplo, no norte há um instrumento que é a Sanfona, que é a como a concertina. Os brasileiros têm também o nosso ferrinho, o bombo, a braguesa de 8 cordas. Comecei a perceber que Portugal estava ali, mas eu estava interessado em pegar em Portugal e mostrar aos Brasileiros. Quando cheguei pensei que todo o mundo ia falar fluentemente da nossa história e não, era o contrário. Os portugueses eram vistos como um povo da terrinha e da mulher com bigode. E aí é que vem a minha missão, a minha fé. Precisamos fazer o que está por fazer e percebi isso desde muito cedo, mas eu não podia fazer essa obra todo sozinho.

Hoje temos uma história de quase 25 milhões de discos vendidos no Brasil. Eles confundem a minha música com a música do Brasil e era isso que eu queria.

LP: Sente-se um Embaixador de Portugal?

RL: Não... eu sinto que a música é um veículo muito importante, quase desonesto relativamente à política, porque a música tem muito mais força. Uma canção pode mudar o mundo espiritual de uma pessoa, o modo de pensar e viver.

LP: Gostaria de deixar uma mensagem para a nossa comunidade?

RL: Não peça a Deus, mereça de Deus. A partir do momento em que você dá o melhor, você recebe o melhor. Não adianta correr em alta velocidade se for para o lugar errado, vale mais ir devagar, mas na direção daquilo que você tem de fazer.

A música não é minha, a música é das pessoas que vão aos meus shows, eu sou um gerador de uma coisa maior que me é dada e que distribuo pela terra.



Introdução : Paulo Medeiros
Entrevistadora: Ines Faro. LusoPress - Montreal -Canadá.
Foto: Arquivo Web.

8.2.15

Contradições da esquerda

Nota do Editor: Normalmente não apresento textos originados de língua estrangeira, entretanto, este  me chamou a atenção por esta inserido em redes sociais brasileiras e que tem uma  visão bastante interessante, ao qual compartilho com nossos leitores. (Paulo Medeiros)



"EU TENHO DIREITO



Muitas pessoas fazem esta reivindicação sem ao menos pensar sobre a natureza e a fonte dos direitos. O que são direitos? Quais são suas origens?


A visão esquerdista ou intervencionista é a de que, se determinada legislação for adotada sob as devidas regras do processo legislativo, o governo tem o poder de criar ou extinguir direitos. Por exemplo, o Congresso, ao seguir as regras legislativas presentes na Constituição, tem o poder de criar ou extinguir o direito ao emprego, o direito à educação ou o direito à alimentação.


Quando esquerdistas querem expandir o escopo governamental, eles frequentemente fazem uma distinção entre um “privilégio” e um “direito”. Nesta visão, um privilégio é algo que determinado indivíduo obtém utilizando somente seus próprios meios; um direito é algo que é adquirido pelo governo com dinheiro de impostos - ou com outros meios coercitivos – e fornecido a alguém. Coisas realmente importantes, dizem os esquerdistas, devem ser direitos, não privilégios. Desta maneira, a saúde nos EUA era um privilégio, mas agora, tanto a retórica quanto a legislação, apontam-na como um direito.

Na Declaração de Independência do EUA, Thomas Jefferson escreveu sobre os direitos “inalienáveis”, os quais são pertencentes a todos os indivíduos independentemente do governo. De acordo com ele, todos os humanos são “dotados” destes direitos por Deus. Alguns colegas de Jefferson disseram que a “natureza” dotou os humanos de direitos – ou seja, direitos são intrínsecos à natureza humana. Em ambos casos, os direitos são logicamente anteriores ao governo. O governo não tem legítima autoridade para retirar tais direitos. Sua tarefa seria a de protegê-los.

Se algo é um direito humano, sob a concepção de Jefferson, o mesmo se aplica a todas as pessoas somente pelo fato destas pertencerem à espécie humana. Se determinada pessoa tem um direito, pela lógica, todos os outros indivíduos devem ter o mesmo direito. Não se pode reivindicar um direito humano para si mesmo e negá-lo aos outros; isto é autocontraditório. Fazer isto seria o mesmo que admitir que tal direito não é um direito “humano”.

Adicionalmente, deve ser possível que todos os indivíduos reivindiquem o mesmo direito sem incorrer em contradições lógicas. Se, quando exerço um direito que reivindiquei, é impossível que outra pessoa exerça o mesmo direito simultaneamente, minha ação sugere que o direito em questão não é inerente à natureza humana. Minha ação sugere que o meu direito está disponível a todos.

Por exemplo, suponha que eu reivindico o direito de ter um emprego. Se esta reivindicação significa que eu estarei empregado a qualquer momento que queira estar (e o que mais isto poderia significar?), deverá existir uma outra pessoa com o dever de me empregar. Logo, esta pessoa não terá os mesmos direitos que eu. Meu direito é estar empregado, o “direito” da outra pessoa é fornecer emprego. Meu direito cria para outra pessoa o ‘dever’ de tomar uma atitude que ela pode não querer tomar. Entendido que ambos somos humanos, a liberdade de escolha da outra pessoa está subordinada à minha liberdade de escolha.

Há algum direito humano fundamental relacionado ao emprego na concepção de Thomas Jefferson? Sim. Trata-se do direito que todos os indivíduos têm de comprar ou vender atividades laborais sob as circunstâncias que lhes apetecem. Tenho o direito de vender minha atividade laboral, você também. Todos podemos exercer este direito sem que isto seja negado a outrem. Tenho o direito de propor a compra das atividades laborais (empregar) de qualquer pessoa sob as condições que eu quiser, você também. Podemos fazer estas coisas sem negar o mesmo direito a outra pessoa. Aqueles para os quais fazemos propostas são livres para rejeitá-las. Ao exercermos estes direitos, não estaremos impondo que outras pessoas tenham deveres para conosco.

Aplique o mesmo teste para a alimentação, educação e saúde. Estas coisas são direitos humanos fundamentais? Se são interpretados de forma a sugerir que indivíduos receberão comida, serviço educacional e cuidados médicos, sem considerar a vontade de outros indivíduos, eles não são direitos humanos fundamentais. Todos nós temos o direito de propor a compra ou a venda de comida, serviços educacionais e cuidados médicos, da forma que nos for conveniente; mas se não conseguimos encontrar pessoas dispostas a aceitar nossas propostas, não temos o direito de forçá-las a fazer isso.

Aplique o mesmo teste para os direitos garantidos pela Primeira Emenda: liberdade de culto religioso, liberdade de associação, liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Estes são todos direitos humanos fundamentais. Podemos exercer a escolha religiosa sem negar este direito aos outros. Perceba, entretanto, que não temos o direito de participar de uma organização religiosa que não nos aceite. Podemos nos associar com quaisquer indivíduos ou grupos, desde que eles queiram se associar conosco. O exercício deste direito não impossibilita que os outros façam o mesmo. Podemos dizer do que gostamos sem negar este direito aos outros. Perceba, novamente, que não temos o direito de obrigar as pessoas a nos ouvir, tampouco que nos forneçam uma plateia para a qual falaríamos. Cada um de nós é livre para tentar reunir os recursos necessários, através de acordos voluntários, para publicar um jornal ou uma revista (ou um blog). Mas não temos o direito de obrigar pessoas a fornecer os recursos necessários para que comprem ou leiam nossas publicações.

A visão esquerdista sobre direitos não é apenas diferente da de Thomas Jefferson, é também incompatível. Toda vez que a reivindicação de um direito obriga que outra pessoa tome uma atitude complementar, o direito em questão não poderá ser exercido por ambas partes sem a existência de uma contradição lógica.

A visão esquerdista sobre direitos é frequentemente chamada de “positivista” pois tais direitos necessariamente obrigam que algumas pessoas tomem atitudes “positivas” para com outras. Isto faz parte de uma filosofia chamada de “positivismo jurídico”, a qual sugere que um direito é qualquer coisa que o governo diga sê-lo.

A visão de direitos de Thomas Jefferson é frequentemente chamada de “negativa” ou “passiva” pois a única obrigação imposta aos outros é a de se ‘evitar’ a tomada de determinada atitude. É o dever de abster-se de interferir em vidas alheias. Além disso, nesta visão, o próprio governo é limitado pelos direitos reivindicados pelos indivíduos.

Na próxima vez que você disser “Eu tenho direito”, pergunte a si mesmo: “Quem tem o dever?” Se você pensa que alguém tem o dever de lhe fazer algo que é diferente de apenas não interferir na sua vida, então pergunte: “Baseado em quê eu reivindico o direito de subordinar as vontades alheias às minhas?”



Autor: Charles W. Baird 

Tradução: As Contradições da Esquerda 
Texto em inglês: http://fee.org/freeman/detail/10-i-have-a-right

1.2.15

“LUSITÂNIA PERDIDA” BLOG HÁ 10 ANOS





Apareceu em Agosto de 2006. Então eu escrevi “Uma Língua que nos Irmana e Diferencia” e ainda hoje sinto tal, apesar de um novo Acordo Ortográfico aplicado em todos os países que tiveram origem em Portugal (lusófonos) desde o Ano 1500.  

Tudo começa com alguma coisa e acaba com muita coisa. 

É a vida e a morte…

 

 

 

Texto de Marques Pereira (1.Fevereiro.2015)

Foto: ANI

26.1.15

O povo Brasileiro foi enganado



Mal começou este novo governo e aconteceu o que muitos já sabiam e esperavam. 

As promessas de que não haveriam aumento de impostos, que não haveria perda para a classe trabalhadora e principalmente que não teríamos inflação nem crise, caíram por terra .

Grande parte dos que nela confiaram , já começam a desconfiar que algo estranho paira no ar. E infelizmente caminhamos para uma recessão, palavra proibida pela sua equipe de governo, pensando que talvez fosse fácil, como tentar  alterar regras gramaticais da língua portuguesa ao auto denominar-se Presidenta do Brasil.

Estamos em crise hídrica , e energética;

Nem preciso comentar muito, pois tudo esta muito claro, só me faz pensar nos versos do Braulio Tavares:

"Não pensem que vocês nos enganam , porque o nosso povo não é besta!"



Texto: Paulo Medeiros
Foto:WEB




19.1.15

DONA DILMA INDIGNADA COM A CONDENAÇÃO À MORTE DE UM DROGUEIRO BRASILEIRO

 
 
Que estranha reação da presidenta do Brasil perante este castigo penal aplicado pela Justiça indonésia a um traficante de droga brasileiro. É política, sabemos, mas também é conhecido que foi esta a solução encontrada por outro país asiático para limpar a sociedade deste “cancro” que tantas mortes tem provocado aos jovens de todo o mundo e levado desgraça às famílias e muitas lágrimas tem feito correr nos olhos das mães.
Se o Brasil implementasse a pena de morte aos narcotraficantes e aos bandidos que cometem homicídios e outros crimes de grande violência, certamente que os índices de criminalidade desceriam na vida dos brasileiros como aconteceu em Singapura, onde até cuspir e deitar papéis para o chão foi penalizado com penas de prisão.
Este século está no início de uma Era de Violência total. A pena de morte pode ser encarada como um “reédio santo”, uma “limpeza necessária” enquanto ainda vamos a tempo neste “princípio do fim”. 
Outras notícias do mundo e de Portugal, aqui onde o frio e a falta de cuidados de saúde urgentes nos hospitais públicos estão a matar milhares de idosos e a revoltar os portugueses contra o atual Desgoverno da direita PSD/CDS…
 
 

POLÍCIA FRANCESA “AJUDOU” TERRORISTAS que queriam ser mártires a “ir para o céu”, eliminando todos os matadores nos subúrbios de Paris. E assim terminou mais esta tragédia de terror religiosa, depois de os assassinos, todos islâmicos nascidos e residentes em França, terem ficado a saber que o Céu é um espaço negro como a morte e que lá não há nenhum deus nem qualquer paraíso com as prometidas “sete virgens” de prémio do Islão radical para cada terrorista que matar judeus e cristãos. Este momento sangrento, que fez cerca de 20 vítimas mortais, foi aproveitado por diversos governantes, até da impiedosa guerra entre a Palestina e Israel” e da nossa “”terrorista austeridade” representada por Passos Coelho e Assunção Esteves. (Alguém os conseguiu ver nesta marcha em que marcharam invisivelmente a gastar o dinheiro dos contribuintes?). Ele a decretar/roubar o povo e ela a chefiar uma claque de batedores de palmas e apoiantes do PSD/CDS a dizer “Sim, Senhor Primeiro-ministro!” a tanto mal e mortes que têm causado aos pensionistas, idosos, trabalhadores e famílias. Nesta hipócrita “marcha republicana”, em que todos os oportunistas se afirmaram Je suis Charlie, “eles” mostraram, por dever do ofício e com um grande espetáculo, indignação contra o terrorismo e manifestaram apoio à liberdade da Imprensa., esquecendo-se de outros atos de terror maior que estão a ser praticados no norte da Nigéria e não só. Um líder da Al-Qaeda do Iémen chamou “soldados de deus” aos matadores irmãos Kouachi.. Nos séculos XI a XIV, a Igreja Católica criou por iniciativa do Papa Urbano II um exército de voluntários (Cruzadas) de França, Itália, Inglaterra e Alemanha, a quem prometeu o paraíso no Céu e recompensas na Terra, os quais, usando pendões com o rosto de Jesus, foram à Palestina combater os turcos e pelo caminho roubaram e chacinaram populações, até as mulheres, crianças e homens cristãos de Constantinopla. O jornal satírico “Charlie Hebdo” já regressou às bancas com a tiragem de sete milhões de exemplares que se venderam todos, esgotaram-se em Portugal e provocaram incêndios de igrejas cristãs e manifestações de repúdio em diversos países onde existe fanatismo e radicalismo islâmico.. Os europeus e os norte-americanos ficaram agora a pensar mais: “Onde será o próximo ataque terrorista dos fanáticos adoradores de Alá”? A Bélgica já andou a fazer uma “limpeza” e prendeu quatro islâmicos que estavam a preparar um novo ataque. Na Grécia também se fizeram detenções de ativistas islâmicos. O governo dos USA enviaram a Paris um governante “ver as flores” para os mortos. Iremos sobreviver à fúria e ao ódio religiosos de uns medievais praticantes do Islamismo? Marie Le Pen, líder da extrema-direita francesa, afirmou que se for votada para Presidente a França sairá do Tratado de Schengen que abriu as fronteiras dos países da UE a todos os bandidos e fará regressar a pena de morte para aplicar aos muçulmanos que cometerem homicídios em França.

Liberdade de expressão, sempre! 

QUANDO OS ISLAMITAS RADICAIS GRITARAM ASSIM e escreveram em cartazes numa manifestação em Londres (Inglaterra), sem a polícia acabar com esta agressão dentro da Europa que tem acolhido os muçulmanos civilizadamente: “Que a Liberdade vá para o Inferno!”, “O Islão dominará o mundo!”, “Exterminai os que vão contra o Islão!”, “Cortai a cabeça aos que insultam o Islão!”, “Matai aqueles que insultam o Islão!”. E os muçulmanos ainda gritaram nesta manifestação que “O Islamismo é a religião da Paz!”. Mas que mundo é este em que apelar à matança dos crentes e praticantes de outras religiões é Paz? 

ISLAMITAS DA NIGÉRIA LANÇAM MENINA-BOMBA num mercado e matam mais de 20 pessoas. Por estes infanticídios praticados pelos fundamentalistas do Islão não se viu ninguém a manifestar-se contra. O mundo político é vil e injusto! 

PORTUGUESES QUEREM UM NOVO GOVERNO e afirmaram este desejo mais uma vez na última sondagem em que dão a vitória ao PS 37,9% contra 26,9% do PSD. E António Costa veio a Ponte da Barca explicar o porquê desta insatisfação nacional, mas esqueceu-se de dizer que o Desgoverno pediu mais um empréstimo de 5,5 mil milhões a 30 anos, o que equivale ao endividamento a longo prazo (até 2045) dos nascidos e dos que estão para nascer este ano. Até parece que “eles” recebem comissões por fazer estes negócios financeiros com os agiotas! 

MAUS TRATOS AOS ANIMAIS DÁ MULTAS E PRISÃO. A Lei é recente e não poupa os donos. Nas terras do Norte, inclusive no Alto Minho, há gente que continua a tratar mal os seus animais de estimação, trabalho e criação para negócio. As autoridades policiais não vão perdoar aos malfeitores dos animais alvo de queixas verbais, escritas e de provas fotográficas. 

CASAMENTO: JOVEM MULTIMILIONÁRIO SAUDITA procura sete (7) mulheres brasileiras para casar, oferecendo 100 milhões de euros a cada uma. Só exige que elas aceitem as leis e os costumes da Arábia Saudita. Será que ele vai ter “alimento” para tantas? Sim, porque as brasileiras não vivem somente para comer dinheiro do seu homem… 

“APARIÇÕES” DE FÁTIMA FORAM INVENTADAS há 94 anos, mas esta aldrabice religiosa continua a ser festejada porque em religião uma mentira dita muitas vezes espalha-se por mulheres e homens que não pensam intrinsecamente pela sua cabeça e passa a “ser verdade”. 
 
FUTEBOL: 16ª JORNADA DA I LIGA. Estoril-Moreirense (1.1), Benfica-Guimarães (3-0), Porto-Belenenses (3-0), Gil-Vicente-Penafiel (2-1), Braga-Sporting (0-1, aos 95 minutos, de bola parada, num grande jogo onde o empate ficaria melhor). Taça da Liga: Porto-União da Madeira ( 3-1), Estoril-Gil Vicente (3-0), Benfica-Arouca (4-0), Sporting-Boavista (1-0), Nacional-Moreirense (1-1), Braga-Académica (1-0). I Liga / 17ª Jornada: Guimarães-Académica (4-0), Penafiel-Porto (1-3), Setúbal-Braga (1-3), Moreirense-Arouca (1-0), Belenenses-Gil Vicente (2-0), Marítimo-Benfica (4-0), Sporting-Rio Ave (4-2). Cristiano Ronaldo recebeu da FIFA a 3ª Bola de Ouro que o consagra como o “Melhor Futebolista do Mundo”em 2014.  

OS PORTUGUESES ESTÃO A TIRITAR DE FRIO e os brasileiros a ferver com tanto calor. Que uns e outros fiquem a saber que o Ano 2014 foi o mais quente desde 1880, quando começaram a medir as temperaturas do ar no mundo. E que foi o mais chuvoso em Portugal nos últimos 25 anos. Chuva muito soprada pelo vento e neve caíram nos últimos dias pelas serras e montes do norte e centro.

 

Texto de Marques Pereira (01H00 de 19.Jan.2015 em Portugal)

Foto: ANI

 

 

11.1.15

Je suis Charlie





Todas as formas de extremismo devem ser afastadas para que possamos ter um mundo melhor.
O mundo assistiu perplexo os atos de terrorismo praticados por quem não interpreta bem o sentido das palavras sagradas de sua religião.
O nosso Blog se solidariza com todos que valorizam a liberdade de expressão!




Paulo Medeiros

3.1.15

DILMA ATACA A CORRUPÇÃO NO BRASIL




A reeleita presidenta do Brasil ataca a corrupção e também vai dar a mesma prioridade governativa à melhoria da Educação dos brasileiros.

A Corrupção dos políticos e os assassinos, ladrões, vigaristas e toda a espécie de violência humana estão metidos no mesmo saco de criminosos e sacanas que dão ao mundo uma má e feia imagem da nação brasileira.

A Educação é a matriz da promoção de uma maior Justiça Social, desenvolvimento e bom comportamento humano, dignidade e autodeterminação das pessoas.

A Corrupção é um cancro em qualquer país onde no seio da Política e da Religião os sem-vergonha e os assaltantes do povo enriquecem ilegal e criminosamente a mamar do Estado e da Pobreza, dizendo-se e querendo passar por “pessoas de bem”.

Em Portugal está a decorrer a investigação de um estranho caso de Justiça que configura uma vingança contra o ex-Primeiro Ministro José Sócrates. Ele não foi condenado por corrupção, como refere enganosamente o jornalista brasileiro Leonardo Coutinho, citado (não por mim) neste blogue. Sócrates está a ser averiguado e foi metido preventivamente numa prisão de Évora (Alentejo) para que não o deixassem defender-se, em liberdade, de uma tramóia político-partidária sem precedentes, enquanto corruptos recentes apanhados no “Caso Vistos Gold” estão a aguardar julgamento em casa.

O jornalista Leonardo Coutinho esqueceu-se de mencionar no seu comentário que “todo o político é corrupto”, uns mais e outros menos.

leonardo Coutinho não referiu, mas omitiu e escondeu, que os corruptores cujo lóbi levou a Justiça a meter, preventivamente, José Sócrates na cadeia, são da Família da Direita que não teve do ex-PM português tudo o que “eles” queriam para aumentar os seus ganhos e fortunas.

- Que o desemprego aumentou não foi com Sócrates, mas sim com o atual Desgoverno português da Direita liderado por Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS), chegando quase a um milhão de trabalhadores, entre estes milhares de brasileiros que se viram obrigados a regressar ao Brasil.

- Que a Dívida Pública nunca foi, em toda a História de Portugal com quase 900 anos, tão alta como é atualmente, agora à volta dos 130% do PIB.

- Que são pagos milhões de euros em juros aos credores do FMI, BCE, União Europeia; e aos investidores e agiotas internacionais, lançando Portugal numa pobreza que poderá estender-se até ao Ano 2065.

- Que “A revista Veja é podre. É o pior do jornalismo brasileiro. A cada matéria que eu tenho o desprazer de ler, sinto meu rosto vermelho pelo sentimento de vergonha por ser jornalista” –escreveu Fátima Pacheco.

- Que noutro comentário se lê: “Leonardo Coutinho, Igor Paulin e Júlia de Medeiros vão além da agressão contínua e cega aos cientistas e às instituições que lutam pelos direitos dos índios e negros. A matéria refere-se também a situações de quilombos. Demonstra uma visão preconceituosa e violenta contra o povo indígena brasileiro. Igor Paulin, Júlia de Medeiros e o já conhecido troglodita anti-indigenista Leonardo Coutinho assinam, na revista Veja, um manifesto de repúdio ao meio-ambiente, aos índios, aos antropólogos e à inteligência”.

O autor do comentário anterior, intitulado “O Método Socrático”, deixou no blogue “Lusitânia Perdida” estas palavras inequívocas de um militante de Direita que tem grande admiração pelo ditador nazi-fascista António de Oliveira Salazar: “Comprova-se assim que minhas escolhas e meus pensamentos estão corretos nas qualificações apresentadas por nosso blog. –Paulo Medeiros”.

Como o blogue “Lusitânia Perdida” também é meu, sinto-me na obrigação de declarar que não alinho nos “mesmos pensamentos” de Paulo Medeiros que julgou, decidiu e condenou José Sócrates antes de ele ser totalmente investigado, o processo instruído e julgado pela Justiça portuguesa.

Summa jus, summa injuria…



Texto de Marques Pereira (03.Jan.2015) 

Fotos: ANI