24.4.11

Um novo descobrimento

Foi neste litoral , que chegou Cabral em 1500




Nesta semana em que se comemora o descobrimento do Brasil, e mesmo com as comemorações de praxe, comecei a pesquisar e observar como os nossos dois países irmãos mantêm de maneira tão distintas o seu grande patrimônio que é a língua portuguesa, isto incluindo também a própria cultura portuguesa em sua totalidade.



Deste meu lado do atlântico tento manter acesa a chama da portugalidade que de certa forma existe em cada brasileiro.


Entretanto, tenho de reconhecer que para a maioria dos brasileiros em sua importância, não absorvem a idéia da herança possuída. A maioria em certas ocasiões pensam que sua cultura seja autóctone . O que não é.


A razão para isto foram os anos, a distancia, a falta de cuidados ou ate mesmo zêlo.


Aconteceu de tudo. Farpas, ciumeira, descuidos e a criação de estereótipos. Não cabe aqui recordar todos, porém são mais conhecidos os mais recentes. Durante muito tempo o português era aquele homem bruto, de bigodes e dono da padaria da esquina. E bem recentemente em Portugal , a referencia às brasileiras eram as putas. Um horror!. Não que não houvessem acorrido muitas, mas a característica não podia ser generalizada.


Não vou perder tempo em afirmações, mas só sei que ambos os lados do atlântico foram culpados. Temos que fazer algo que permita uma maior aproximação entre os dois lados, porque somente unidos é que se poderá fazer muita coisa.



Há fatos que nos fazem pensar. A nossa falta de unidade chegou ao ridículo de termos a mesma língua, porem com gramáticas diferentes, onde até um acerto ortográfico foi realizado com muita discórdia.



Mesmo assim, os únicos países em que cem por cento de seus habitantes fala a nossa língua, são Brasil e Portugal. Ai o leitor pode perguntar: e as ex colônias espalhadas pelo mudo afora?. Na África há o criolo, e em Angola e Moçambique o idioma de Camões já não é falado por toda a população. Nós somos os perpetuadores de uma parte da historia com séculos em tradição. Nós somos a América portuguesa. Quer coisa melhor? Não existe e não há.



Fazendo a minha parte, nesta ultima sexta feira através de um amigo, o radialista Rocha Soares consegui falar na Radio Alternativa FM, onde pude expor o assunto onde foi apresentado a boa musica portuguesa e pude chamar a atenção pelo assunto. Acredito que a receptividade foi boa, e senti que com o incremento da divulgação é possível reflorescer a idéia no âmago das pessoas.


Deste modo também não posso esquecer-me de destacar sempre o esforço do artista Português, Roberto Leal, no seu incansável trabalho de união entre os povos de expressão portuguesa. As comunidades a ele relacionados já executam com perseverança, e aproveitam as oportunidades que incitam o sentimento de orgulho que devemos ter.


È lindo o sotaque europeu, mas é preciso que em Portugal se saiba que o sotaque morno dos trópicos é tão português quanto de lá, pois é o mais próximo do original da época das caravelas.



Viva o Brasil e Viva Portugal




Quem sabe no futuro possamos profundamente nos orgulhar do achamento do Brasil.







Texto:Paulo Medeiros


Foto: Turismo da Bahia.



Webmaster:Paula Medeiros































17.4.11

ESTAMOS NUM TEMPO DE GERAÇÕES À RASCA?


Quanto aos movimentos das ditas “gerações à rasca” recebemos este texto de uma amiga portuguesa que nasceu em França, filha de emigrantes do Alto Minho. Acho que serve plenamente para uma reflexão sobre os jovens que se estão revoltando por quase todo o mundo, inclusive aqueles que foram ensinados e preparados para obedecer de forma cega e fanaticamente às ditaduras religiosas.



"A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.


Foi uma geração com capacidade para se desenrascar.


Numa terriola do Minho, as condições de vida não eram as melhores, mas o meu pai não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.


Veio para Lisboa, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, já se encontrava. Mais tarde veio o irmão mais novo.


Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida Lisboa, lançaram-se à vida.


Recusando-se ser uma “geração à rasca” fizeram uma coisa muito simples: foram trabalhar.


Não havia condições para fazer o que sabiam e gostavam.


Não ficaram à espera. Foram taberneiros. Foram carvoeiros. Fizeram milhares de bolas de carvão e serviram milhares de copos de vinho ao balcão.


Foram simples empregados de tasca.


Mas pouparam. E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.


Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.


Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.


Porque sempre acreditaram neles próprios.


E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas, sempre tivemos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro. Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.


E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, com 60 anos, me norteia e me conduz.


Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito.


Não preciso das ajudas do Estado, porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.


Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.


Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.


Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.


Preciso de mim. Só de mim. E, por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca. Porque me desenrasco. Porque sempre me desenrasquei.


O mal desta auto-intitulada “geração à rasca” é a incapacidade que revelam.


Habituados, mal habituados, a terem tudo de mão beijada. Habituados, mal habituados, a não precisarem de lutar por nada porque tudo lhes foi sendo oferecido. Habituados, mal habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior para terem garantida a eterna e fácil prosperidade… Sentem-se desiludidos quando se encontram com as realidades da vida de trabalho e realização pessoal.


A culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas. Mas não é.


É altura de os jovens aprenderem a ser humildes.


É altura de fazerem opções.


Podem ser "encanudados" de qualquer curso, mas não encontram emprego "digno".


Podem ser "encanudados" de qualquer curso, mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.


Experimentem dar tempo ao tempo e, entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.


Mexam-se!


Trabalhem!


Procurem ganhar dinheiro suando e sendo honestos com os outros e vós próprios!


Numa loja de um “shopping”, porque não ?


Aaaahhh… porque é “doutor”, ao balcão de uma loja de Shopping não dá status social. Não. Mas dá algum dinheiro para despesas e divertimentos pessoais.


E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno", o tal que dá “status”.


O meu pai e tios fizeram bolas de carvão e venderam copos de vinho.


Eu, que sou Informática, System Engineer, em alturas de aperto vendi bolos, calças de ganga, trabalhei em cafés, etc..


E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecida socialmente do que se sempre tivesse tido a papinha toda feita.


Geração à rasca ?


Vão trabalhar que isso passa!”




Texto postado por Marques Pereira


Foto:


Webmaster: Paula Medeiros




9.4.11

Tragédia em Realengo (Rio de Janeiro)


Para a tristeza de muitos brasileiros, aconteceu uma tragédia que formalmente imaginávamos jamais acontecer em nosso país. Afinal “Serial Killer” era algo para a cultura norte-americana.


Assim, neste 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, de apenas 23 anos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo (Zona Oeste do Rio de Janeiro) e matou a tiros 12 crianças entre 12 e 14 anos e feriu outras tantas. Assim entramos nesta macabra estatística protagonizada por psicopatas e que traz tanta dor as famílias envolvidas.


O nosso Blog, solidariza-se as vitimas divulgando abaixo os seus nomes:


1-Karine Chagas de Oliveira, 14 anos


2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos

3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos

4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos

5- Larissa dos Santos Atanázio


6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos

7- Luiza Paula da Silveira, 14 anos

8- Laryssa Silva Martins, 13 anos

9- Géssica Guedes Pereira,


10-Igor morais da Silva,


11-Ana Carolina Pacheco Silva,


12- Samira Pires Ribeiro,




Para que o leitor tenha uma noção de como funciona a mente do psicopata, veja trechos da carta que deixou:


“Os que cuidaram de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar. pós me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme."



Os impuros não poderão me tocar sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas", diz ele em trecho no qual afirma que "nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão".





O Herói:

O Sargento Marcio Alves, foi o quem enfrentou o meliante evitando assim que mais crianças morressem. As subir as escadas da escola, trocou tiros e conseguiu o atingir nas pernas. Alem de ser condecorado, o militar foi alvo de muitos elogios pelo ato de bravura e coragem.






Texto: Paulo Medeiros

Fotos: WEB

Webmaster:Paula Medeiros

2.4.11

DILMA E LULA DA SILVA EM PORTUGAL



Os Portugueses gostaram de ver em Portugal um ex-operário brasileiro que fez o Brasil dar um salto para a frente e uma ex-guerrilheira que lutou contra a ditadura militar do Brasil e agora ganhou a presidência política e executiva, ficando na História como a 1ª. mulher-presidenta da república democrática dos Estados Unidos do Brasil.


Ele, Lula da Silva, foi o presidente do “País Irmão” que melhorou a vida dos mais pobres e deu novas esperanças à classe média. E por isto foi-lhe entregue por Cavaco Silva, na Assembleia da República portuguesa, o “Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa”.


“O mundo não pode tolerar a violência contra as pessoas, a violação de seus direitos vitais inscritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada pelas Nações Unidas em 1948” -declarou Lula da Silva.


Ela, como presidenta sucessora por vontade do voto dos brasileiros e brasileiras, inclusive dos emigrantes, vai segui-lo nesse projeto enorme de dar aos Brasileiros o que eles merecem: mais segurança e melhor vida




Em Coimbra no centro de Portugal, o ex-presidente Lula da Silva recebeu o título de Doutor Honoris Causa, numa espectacular e tradicional cerimónia realizada na mais bem conceituada universidade portuguesa.


Em Democracia até um operário com poucos estudos, homem do povo, mas que foi um batalhador e bem sucedido político, pode chegar a Doutor. Viva a Democracia!


A presidenta Dilma Rousseff por onde passou foi sempre muito bem recebida e aplaudida. Ela, sorrindo sempre, foi muito simpática para os Portugueses. Pena foi ter que antecipar o regresso devido à morte do ex-presidente do Brasil, José Alencar.



E tanto ela como ele “deixaram no ar” palavras e a promessa de que vão ajudar Portugal a sair da crise financeira em que fizeram cair o País, mais não seja para de alguma forma corresponder ao nosso recebimento de muitos milhares de brasileiros que emigraram para o nosso País devido à fome e desemprego que se viveu no Brasil antes de Lula da Silva tomar medidas de grande vulto social.







Texto de Marques Pereira


Foto: A.N.I.


Webmaster: Paula Medeiros