15.12.07

CIMEIRA POLÍTICA A PRETO-E-BRANCO


Lisboa, capital da presidência da União Europeia (UE) no segundo semestre de 2007, recebeu os chefes dos governos dos 27 países desta comunidade política e económica e da África reunida à volta da União Africana, cristãos e muçulmanos, durante dois dias, os quais tentaram aproximar-se mais uns dos outros, ora clamando por mais apoios europeus, ora exigindo mais respeito pelos Direitos Humanos, ora procurando fazer negócios que produzam desenvolvimento tanto num como noutro continente.

Apesar dos trambolhões que o nosso mundo tem dado, África ainda é referida como terra-mãe do Ser Humano descendente de um hominídeo (macaco) mais inteligente e evolutivo. Mas este facto materno e genético tem sido esquecido pelo Homo sapiens sapiens, o qual, organizado em nações, países e comunidades alargadas esqueceram a Mãe-África ao ponto de, na actualidade, ser a região mais abandonada e pobre do planeta.

África, todavia, tem dado muita riqueza aos colonizadores e exploradores dos seus territórios e habitantes.

Portugueses, ingleses, franceses, holandeses, alemães, belgas e asiáticos capturaram africanos para os escravizar noutros locais do globo a trabalhar em plantações e minas, tendo os sobreviventes deixado lá descendentes que foram resistindo até aos dias de hoje em países europeus e do continente americano, de forma inequívoca no Brasil, Venezuela, Cuba, Jamaica, Dominicana, Haiti, USA e outros. E ainda hoje há escravos africanos dentro e fora de África a encher os bolsos de indivíduos e empresas de raça branca e negra.

Nas actividades desportivas, a raça negra tem-se revelado acima da branca e “brilham estrelas escuras” no basquetebol e atletismo USA, no futebol de todas as nações que o praticam, sejam de matriz caucasiana, amarela ou “puritana”, ultimamente até no automobilismo de F-1.

Embora isto custe a engolir aos brancos, os negros são pioneiros da Humanidade e não está longe o tempo em que eles mostrarão ao mundo que foram os primeiros seres humanos da Vida e que poderão vir a ser grandes e respeitados no conceito das nações e no seu território rico em recursos sem os quais os brancos não poderiam viver bem e confortavelmente.

É evidente que para alcançarem tal meta terão de abdicar do tribalismo, ditaduras, racismo e tradições desajustadas do tempo em que vivemos, como o islâmico e desumano corte do clítoris às meninas para que elas não sintam prazer sexual.

Os africanos terão, também, que eliminar da sua História e do seu cérebro o ódio que ainda sentem pelos colonizadores que tantas feridas e mortes lhes deixaram a troco de trabalho forçado, tortura e intolerância racial e social.

Em África as raças branca e negra terão espaço e bens para viverem o Futuro.

Se puderes, vive para ver, companheiro de caminho. Quando? Talvez lá para depois do Ano 2100, quando o Presente começar a ser vivido no continente negro de imigrantes brancos…

Texto: MARQUES PEREIRA
Foto: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros.

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