22.12.06

É NATAL


Chegamos a mais um final de ano. Tudo fica mais bonito e as pessoas geralmente estão preocupadas com as prendas, saem ao consumo.

Comemoramos o nascimento daquele que foi o homem mais importante que já existiu. Aquele que morreu por nós e para remissão dos nosso pecados. Esta é a doutrina da maioria das religiões cristãs.

Infelizmente, e é triste mas a humanidade segue cada vez mais distante dos seus ensinamentos, e por consequência a Deus.

O mundo continua com tantas guerras e com tanta pobreza. Os homens preocupam-se em gastar fortunas em armamentos e esquecem dos que vivem, como em África, a morrer daquilo que lhes é de mais básico: comer.

Que humanidade é esta, que divide o mundo entre ricos e pobres, uma sociedade com fronteiras e discriminações?

Que podemos fazer?

Se cada um de nós fizesse a sua parte teríamos pelo menos a possibilidade de nossos filhos ter um dia um mundo melhor e com mais igualdade. E esta igualdade nem mesmo existe naquele que representa melhor toda esta época. Estou a falar do Pai Natal (Papai Noel) que todos os anos leva seus presentes aos mais afortunados. É como se para ele, por ironia não existissem os bairros de lata (favelas) e tantos outros marginalizados. Assim vemos que até esta lenda é incoerente e discriminatória como os homens.

Sabe-se lá, mas uma criança da Cova de Moura (arredores de Lisboa) ou da Rocinha (Rio de Janeiro) não tem jamais condições de entender a sua injustiça. Fica mesmo só no sonho de ver descer este personagem pela chaminé imaginaria. Que bom seria que as práticas das lendas e tradições fossem reais. Talvez assim enquanto nós os homens não resolvemos, oxalá consigamos ter a esperança que este espírito caia sobre todos.

Nós que fazemos o blog Lusitânia Perdida desejamos a todos os nossos leitores um Feliz Natal.

Texto: Paulo Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros
Foto: Christmas Tree

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