30.6.07

30 anos da morte do rei




Normalmente, aqui no lusitânia perdida damos ênfase aos assuntos ligados a comunidade lusófona. Mas há casos que estão acima desta realidade, pois há situações em que o assunto está acima dos contextos.

A musica faz parte de todo ser humano, e nos marca época. . Seja de que forma for a musica além de salutar é essência para nosso dia-a-dia. Na musica popular contemporânea, temos os chamados “monstros sagrados” e na verdade o maior de todos, o rei do rock, foi e sempre será Elvis Presley. Hoje em dia e para quem tem mais de 40 anos, jamais nos esquecemos do ídolo maior de toda uma geração. Fez sucesso numa época em que não havia CDs, nem toda a tecnologia que hoje dispomos.

Dotado de uma voz incomparável, e capacidade artística acima da média, fez mudar hábitos e modificou conceitos. Verdadeiramente revolucionou uma época.

Aproximamos agora de 16 de agosto, quando completará exatamente 30 anos do falecimento do cantor.

Lembro-me que naquele dia a noticia nos pegou surpresa e de muita tristeza. Durante todo o dia, as rádios não pararam de tocar suas canções. Isto foi em 1977. No Brasil e no mundo, a perplexidade foi total.

Mais que um mito, Elvis também era humano, e naqueles 1977, já se percebia sua completa ausência de saúde, alem de no palco esquecer letras das musicas que sempre havia cantado. A solidão, excesso de medicamentos e principalmente o excesso de peso, fizeram que o coração parasse.

Foi interrompido um legado, que em vida conseguiu vender mais de 600 milhões de discos. Marca jamais batida por ninguém, isto sem acrescentarmos os vendidos pós-morte.

Para as novas gerações, uma garantia que ele foi realmente o maior, basta verificar abaixo uma de suas performances:






Lennon disse uma vez: Queria ter escrito o livro " Alice no país das maravilhas e pelo menos ter sido igual a Elvis presley.

Texto:Paulo Medeiros
Foto: Cortesia

23.6.07

CARTA A UMA VIRGEM CASADA COM JESUS CRISTO




Nas religiões tudo é possível acontecer, imaginar e mentir, até celebrar abençoados casamentos, com um morto, de mulheres que se inibem de viver uma vida natural, terrena e em sociedade com a Humanidade que não se inventa nem alimenta de ilusões divinas, celestiais ou paradisíacas.

Qualquer freira tem direito a casar-se com Jesus de Nazaré, sendo ou não virgem. Casar com mortos não é permitido pela Lei de nenhum país, mas na Igreja Católica tal é permitido para que as suas mulheres refugiadas das realidades da vida em conventos e irmandades não se sintam sós e sem um homem para partilhar o corpo, ter filhos, pensar, conversar e fazer amor em secretismo com a sua solidão e cobardia humana.

Esta carta de que vou reproduzir algumas passagens foi escrita por Lucília Serra e veio publicada no tri-mensário “Fraternizar” de Junho, editado por um padre e publicado no norte de Portugal. E porque o faço? Talvez por ser um documento que mostra as distâncias que separam a mulher-Mulher a quem a Igreja viva dá o sacramento do matrimónio e a mulher-Religião que recorre a um casamento imaginário, adúltero e funerário com o Homem com mais de 2000 anos que vem sendo transformado em Deus pelo Catolicismo Romano.

Escreveu a autora: “Era uma moça nova e entrou a falar com tal ardor da sua vocação, do ideal abraçado, da sua entrega ao Senhor, que pela boca dela fiquei a saber que era uma das tais casadas com Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Lucília Serra, defendendo a sua honra de leiga, disse à jovem “esposa” de Jesus:

“Olha, menina, casada sou eu. Recebi o grande sacramento do matrimónio. Quer queiras, quer não, tens um sacramento a menos do que eu! Mas ficando na tua de que és casada com Jesus Cristo, só te digo que arranjaste um partidão. Fizeste um casamento de seda. Arranjaste um marido que, já sabias, não é rabujento, não te mói de pancada nem te dá peúgas para lavar; não gasta o ordenado todo na jogatina ou nas “boites”; não te invade a casa bêbedo; não te põe um par de chavelhos e não foge com outra, deixando a criar meia dúzia de filhos. Não andas de vestido coçado nem de sapatos cambados e chegas ao final do mês sem as preocupações inerentes a uma pobre leiga que tem de pagar a renda da casa, água, luz, alimentação, medicamentos, roupa, calçado, livros, transportes. Não corres o risco de dar-à-luz filhos deficientes, nem te consomes de dor porque são marginais, drogados, ladrões. Nós, as mães a que a Igreja chama “leigas” é que estamos sujeitas a isto”.

“Há tempo falei com uma freira que estivera nas antigas colónias e agora vive roída de saudades porque ”deixou” lá 60 filhos. Sessenta! Eu, leiga pecadora, casada pela Igreja, só tenho três. Mas ela não era mãe de verdade. Ser mãe a sério é coisa diferente”.

“Parece que vives só para guardar a tua virgindade. Mas como é isso possível se casaste com Jesus Cristo, um homem morto que vós considerais vivo ao ponto de casarem com Ele? A virgindade não se reduz a um pormenor anatómico. A verdadeira virgindade está no coração. Não é virgem quem tem o coração atolado de invejas, intrigas e de calúnias e se esquece de amar, porque anda muito ocupada a guardar a sua virgindade.”

“Quando chegares ao Paraíso e o Senhor te perguntar ‘Quem és tu?´, responderás: Eu sou uma das tuas virgens. O Senhor replicará: Isso não interessa; mas se amaste, se fecundaste algo de jeito, se cometeste feitos que me agradem e te deste aos outros és virgem”.

Ser virgem e não amar redobradamente, para que Diabo serve? –assim terminou esta carta de uma cristã-católica que não é virgem, graças a Deus que a mandou não fugir às realidades da vida, viver e “sacrificar” a sua virgindade à continuação da Humanidade.

Marques Pereira

Texto: Marques Pereira

Webmaster: Paula Medeiros

16.6.07

A IRREVERÊNCIA



Recentemente no Brasil ocorreu um daqueles fenômenos, sem razão explicável e que só é possível na internet. Detalhes a parte, mas não se pode deixar de mencionar o “estouro” de tamanho sucesso. Sociólogos e pedagogos tentam de todas as formas estudarem tais fenômenos. Na verdade e na pratica sei que em milhares de lares do Brasil esta música horrenda para os mais tradicionais, causou furor.

Particularmente, acho que a explosão se deve a capacidade típica do brasileiro em fazer gozação com todos os seus problemas.

O vídeo é interpretado pela atriz Cristina Nicolotti de 49 anos. . Seu clipe é uma única tomada de si mesma cantando um hino "gospel" de um verso só. Ela é acompanhada por um coral e até por um dublê de Bob Dylan.

"A repercussão mostra que está todo mundo de saco cheio", diz. Seu filho, Luca Nicolotti, 15, adora a música. "O problema é com os pais dos amigos dele." O marido e autor da faixa, Caca Bloise, 57, compôs a melodia para um vizinho. "Acho que ele ainda não sabe que fizemos para ele", especula Cris.
No dia 26 de junho ela estréia "Se Piorar Estraga", no teatro Frei Caneca. A canção que virou febre é um "spoiler" deste espetáculo, que se encerra ao som do hino da "culosofia".

Conhecendo um pouco mais:

Cristina Nicolotti já trabalhou no SBT, Band e TV Shop Tour
Cris não é uma desconhecida, repare. Nos anos 80 a humorista atuou na Band e no SBT; na década de 90, fez televendas na TV Shop Tour. "Comecei fazendo teatro infantil com 17 anos, na sessão de brinquedos do Mappin. Um currículo brilhante, não?"
Para este papel, a atriz, que é católica, diz ter se inspirado na bispa Sônia. O humorístico narra a história de Roberléia, a vendedora que segue o "cusistencialismo", uma "corrente filosófica de libertação". "Não tem a menor lógica, é humor nonsense e pronto."

Ainda sobre dados do vídeo, ele esta na rede há alguns dias e já ultrapassou mais de um milhão de acessos isto sem falar nas outras versões remix e outras parodias .


Tive a oportunidade de assistir suas entrevistas em programas de audiência no Brasil, como em “Jô Onze e meia” e lhes garanto que achei interessantíssimo. Não se pode negar que atrás da irreverência há um dote artístico incomum...

Assim segue o Brasil!

Obs: Esta música bem que poderia ser dedicada a certos políticos do Brasil e de Portugal.

Texto: Paulo Medeiros

Webmaster: Paula Medeiros

2.6.07

Rodrigo Santoro – um brasileiro no mundo do cinema internacional

Estou aqui mais uma vez no blog Lusitânia Perdida para falar de algo que me interessa bastante, o mundo do entretenimento. Especialmente hoje vou me centrar na carreira do ator brasileiro Rodrigo Santoro, de como ele começou como estudante de jornalismo e acabou sendo um dos atores mais conhecidos do Brasil em todo o mundo.

Rodrigo Junqueira dos Reis nasceu no dia 22 de agosto de 1975, em Petrópolis, RJ. Na sua adolescencia costumava ser excluído das festas pelos amigos e, além disso, tinha uma mania estranha quando o assunto era figurino, que era quase sempre de vanguarda. Os amigos achavam que ele era muito metidinho, pois vivia de rabo-de-cavalo preso por um pedaço de meia calça. Só no 2° grau isso mudou, quando passou a ficar mais enturmado.

O interesse pelo palco começou desde a infância, quando fazia teatro de fantoches para a família no Natal e na Páscoa. Aos 15 anos, decidiu atuar em peças pequenas do colégio. Porém, ainda não tinha em mente a carreira. Tanto que se mudou para o Rio, aos 18 anos, a fim de fazer vestibular para medicina. Ele até foi aprovado na PUC, mas, preferiu optar por comunicação e, assim, fez outro vestibular. No final disso tudo, resolveu atuar mesmo e continuar cursando a faculdade. Entrou para a Oficina de Atores da Globo e, em 1994, já estreava na Rede Globo, na novela "Olho no Olho", onde fez uma pequena participação. A partir daí, vieram outras novelas, como Pátria Minha, Explode Coração e Suave Veneno. Em "O Amor Está No Ar", fez pela primeira vez um protagonista e isso lhe obrigou a largar a faculdade.

No cinema nacional, teve sua estréia em 1996, no curta-metragem "Depois do Escuro", de Dirceu Lustosa. No filme, fazia três personagens diferentes. Mas, foi em "Bicho-de-sete-cabeças" que teve seu verdadeiro destaque. Depois deste, foi cada vez mais se consagrando como ator, em "Abril Despedaçado" e "Carandiru", onde choca a todos pelo papel de travesti escolhido.

Sua estreia no cinema internacional foi no filme "As Panteras: Detonando", aonde teve uma breve participação como vilão. Posteriormente, fez um personagem coadjuvante no filme "Simplesmente Amor", com Hugh Grant. Ficou mais conhecido ainda com um pequeno papel na consagrada série “Lost” e por seu último filme sucesso de bilheteria nos EUA, “300”, onde atua como o vilão Xerxes ao lado de Gerard Butler.

Para que os nossos leitores tenham uma oportunidade de conhecer o talento deste jovem brasileiro.



Texto e pesquisa: Paula Medeiros

Foto: - Rodrigo Santoro em sessão fotográfica realizada em RJ (Brasil).

- Foto promocional do filme “300”.

Webmaster: Paula Medeiros