15.11.10

VIAGEM AOS PRIMÓRDIOS DO DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA

Eu não gosto de andar para trás, nem de viajar ao Passado que passou, morreu e hoje é pedra e História. Mas desta vez disseram-me que o navegador que descobriu a América foi um “homem de sorte” ao chegar a uma praia com coqueiros e os indígenas o terem recebido com flores, boa comida, lindas mulheres e danças…

Então desloquei-me a Palos de la Frontera, na comunidade de Huelva (Andaluzia-Espanha) e próximo do mosteiro franciscano de La Rábida, na margem esquerda do Rio Tinto, junto à foz, visitei um museu e uma aldeia dividida por duas partes: uma com o porto de embarque espanhol e outra nas ilhas costeiras sul-americanas de San Salvador (hoje Bahamas), ambas recriadas historicamente para apresentar monumentalmente as réplicas de três naus à escala natural, em madeira, que o genovês Cristóbal Colon (1451-1506) levou até ao Novo Mundo em 12 de Outubro de 1492, por decisão dos reis católicos D. Fernando e Dona Isabel de Aragão (Espanha), depois de o rei D. João II de Portugal ter recusado este serviço oferecido pelo grande capitão-navegador italiano.



O primeiro a ver / descobrir a terra do continente americano foi o marinheiro Rodrigo de Triana, também conhecido como Juan Rodríguez Bermejo, que seguia a bordo da nau “Pinta” de apoio à expedição marítima.

Todavia, este feito de coragem e persistência foi atribuído historicamente a Cristóbal Colon (em Portugal era conhecido por Cristóvão Colombo), pois quem fazia a História eram os clérigos ou os contratados pelos monarcas para escrever o que à Igreja Católica e ao Rei convinha fazer constar e ficar na História. E por assim ter sido, por não haver Liberdade de expressão, a História Universal da Humanidade está cheia de mentiras, pois a Religião e a “sua filha” Política são feitas de inverdades, imaginações e tretas para enganar, dominar e explorar a ignorância do povo-povo.

Este continente veio a ser baptizado como América pelo mercador, navegador, geógrafo e cosmógrafo Américo Vespucci (1454.1512), tendo o primeiro mapa com este nome sido apresentado em 1508.

Todos os continentes têm um nome de mulher, porque ela é a mãe da vida humana de toda a Terra. O “velho mundo” Europa, a estranha Ásia, o quente “berço da Humanidade” África, a distante Oceânia ou Astralásia, a gelada Antárctida.

Os Portugueses raramente se identificam como naturais da Europa. O mesmo acontece com os Brasileiros que não se dizem como sendo da América. Apenas os naturais dos U.S.A. se apresentam ao mundo como americanos e poucos como norte-americanos onde também cabem os canadianos.

A foto a seguir mostra as réplicas das naus “Santa Maria”, “Niña” e “Pinta” e certamente o Leitor fica a pensar “Como foi possível em 1500 estas “cascas de nós” atravessarem o Oceano Atlântico? Já não há desta madeira nem destes homens fortes, corajosos e aventureiros”.




Texto de Marques Pereira

Fotos: MP

Webmaster: Paula Medeiros



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