28.8.06

ROBERTO LEAL


É com enorme satisfação que pela primeira vez no Lusitânia Perdida, venho falar deste cantor português. Sem dúvida, a maior expressão de luso-brasilidade, com um contributo enorme para a aproximação entre os povos de fala portuguesa.
Como se isto não bastasse, podemos afirmar que para aqueles que querem ver um Portugal em cada canto do mundo, o Roberto Leal levou emoção e matou a saudades de muitos pelo mundo afora. Tanto em São Paulo, Toronto, como em Paris, durante anos se viu pessoas a se acotovelarem para assistir aos seus concertos.
E tudo começou, na década de 60, quando sua família saiu de Val da porca (Trás-os-montes) para São Paulo no Brasil. Eram 10 portugueses sem jeito e apenas um bacalhau na sacola. Partiram para um novo mundo em busca de nova vida, com esperança de um novo amanhecer. O cantor trabalhou pesado nas feiras livres de São Paulo, vendendo frutas e entre outras ocupações.
Como tudo em que Deus atua, o cantou que já demonstrava seu lado artístico, necessitava de uma chance e ser conhecido nacionalmente. E, numa apresentação no programa do conhecido apresentador brasileiro, ”O Chacrinha”, vieram os minutos que mudaram sua vida. Na oportunidade o cantor, no pequeno espaço que lhe foi concedido, estourou como uma verdadeira bomba artística naqueles idos anos 70. Todos queriam saber quem era aquele português que tanto encantava os brasileiros. Não houve mágica, a fórmula foi cantar o “Malhao”, numa forma moderna com instrumental elétrico.
A partir daí, o sucesso foi imediato, sua agenda já não comportava tantas apresentações. Era o cantar tradicional português e o tempero tropical dos músicos brasileiros que o acompanhavam. Assim nascia mais uma estrela, na difícil constelação dos que vieram para brilhar.
Em 1986, o Roberto Leal desembarcou em Portugal com um concerto no Casino de Estoril. Era o reencontro a terra que um dia havia deixado, mas agora o filho voltava a sua casa para mostrar o que o mundo já havia descoberto.
Causou furor na imprensa portuguesa, na passagem dos 500 anos do descobrimento do Brasil, o resultado de uma sondagem feita no Brasil, o cantor Roberto Leal estava no topo dos Portugueses conhecidos pelos brasileiros, entre outros nomes como o de Fernando Pessoa e Amália Rodrigues. Lá estava ele, digno de registro.
O cantor é casado com a brasileira Márcia Lucia que também é sua parceira na maioria de todas as suas composições. O cantor tem três filhos, e um deles o Rodrigo Leal que é hoje o seu produtor musical.
O cantor atualmente está a viver com sua família em Portugal, e recentemente realizou um trabalho musical onde reuniu cantores de vários paises lusófonos. Um verdadeiro defensor da união dos povos, restabelecendo a idéia de que a nossa pátria é a língua portuguesa.

3 comentários:

Anónimo disse...

Excelente o comentário. Num breve histórico relata toda uma carreira de mais de 30 anos de um cantor que sempre esteve com Deus no coração e levou alegria, humildade, bom humor e animou milhares de pessoas por onde passou. E viva o Roberto Leal! E viva os portugueses por nos ter "emprestado" este talento. E viva Deus por ele existir.

Anónimo disse...

Viva Roberto Leal

Muito Obrigado Deus por trazer ao mundo um Cantor tão maravilhoso como Roberto Leal

Parabéns pelos SUCESSOS!!!!!!

Anónimo disse...

Cientistas políticos dizem que candidatos empataram no debate
JAMES CIMINO

da Folha Online (09/10/2006 - 21h41)


A despeito dos humores dos correligionários deste ou daquele partido, cientistas políticos da USP (Universidade de São Paulo) e da UnB (Universidade de Brasília) afirmam que nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Geraldo Alckmin (PSDB) venceram o debate de ontem ocorrido na Band.

"Pode ter havido uma vitória no sentido de ele [Alckmin] ter surpreendido, não só ao Lula, como a todos, com seus ataques, mas nada que tenha deixado Lula para trás", afirma o professor Lúcio Rennó, da UnB. "Alckmin foi conciso, agressivo e tocou nos pontos principais [do governo Lula]. Além disso, não se intimidou perante Lula e o deixou na defensiva grande parte do tempo."

Rennó considera Lula um político com "grande experiência em debates" e assinala como "histórico" o fato de o presidente ter comparecido ao confronto. Também aprova a postura do petista no primeiro turno da eleição.

"Lula fez certo em não ter ido aos debates [do primeiro turno]. Inclusive ao da Globo, porque ele iria se confrontar com ex-companheiros de partido e seria prejudicado com isso", ponderou o professor.

Apesar dos elogios ao petista, Rennó destaca que o candidato tucano conseguiu conquistar alguns eleitores durante a transmissão. "Eu não vejo Lula perdendo, mas vejo Alckmin ganhando alguns votos de Cristovam Buarque", complementou.

Já Maria do Socorro Sousa Braga, doutora pela USP e professora de partidos e sistemas partidários na Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), considera que não houve debate, mas "combate".

"De fato não houve um debate de idéias, para que, pelo menos, os indecisos pudessem analisar as propostas de ambos e tirassem suas dúvidas. Ontem foram criadas outras dúvidas, e as principais questões não foram respondidas, como a questão econômica. Afinal, 'o que fazer com a estabilidade econômica?'", diz a professora, que também se surpreendeu com a "postura agressiva de Alckmin".

Para os dois professores, Alckmin não conseguiu atingir a parcela do eleitorado de renda mais baixa que vota em Lula. "Ele tentou se consolidar naquela classe média que, segundo pesquisa do Datafolha, ganha até R$ 700 e que tende a votar no Lula, porque o discurso dele não entra nas classes populares", diz Maria do Socorro, que também afirma que "o eleitorado de Lula já está conquistado".

Mito

Os dois cientistas políticos concordaram em outro ponto. Para ambos, Alckmin não conseguiu desfazer o mito do torneiro mecânico que ascendeu socialmente e alcançou o cargo mais alto do país.

"Acho que Alckmin até tentou criticar o mito em torno de Lula falando em corrupção, mas considero impossível de desconstruir esse mito por causa dos ganhos e resultados que têm influência decisiva na vida das pessoas", analisou Lúcio Rennó, em referência às políticas sociais do governo do PT.
Os professores acreditam que, para substituir um mito, apenas outro daria conta da demanda, e que Alckmin não tem essa postura. "Ele teria de se vender como alguém tão ou mais preocupado com políticas sociais", diz Rennó, "mas Lula tem algo além, como sua história de vida", complementou Maria do Socorro.

Fonte. http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u84968.shtml. em 10/10/06