23.2.07

A UNIÃO EUROPÉIA – PENSAMENTOS E PROJEÇÕES


Aqui no Lusitânia Perdida, não poderia perder a chance de falar sobre este assunto, com o enfoque prioritário ao nosso Portugal.

Na década de 80 (1986), quando ocorreu o terceiro alargamento, muitos pensavam que a partir de aí muita coisa ia mudar; o que a principio aconteceu.

Foi o momento em que Portugal e Espanha finalmente teriam a chance de pertencer ao seleto grupo europeu, exatamente igual ao que tinha acontecido a Grécia cinco anos antes.

Deslumbraram com os empréstimos a fundo perdido, possibilidades econômicas maiores, qualidade de vida e principalmente seus cidadãos não seriam mais considerados imigrantes.

Na prática as coisas não seguiram bem assim, estes sucessivos alargamentos (sexto) em conjunto com a falta de resolubilidade interna entre os já membros e a resistência por parte de alguns países ameaçaram o sucesso pretendido.

De qualquer forma o desejo maior no momento é acolher nos próximos anos os países da Europa central, dos Bálcãs etc.. Encontrando recursos que permitam esta absorção nos níveis econômicos e estrutural dos atuais membros.

Podemos exemplificar como o caso típico da Noruega que assinou o tratado por duas vezes e sua população não referendou.

Mas, o fato que realmente mais marcou a vida do cidadão comum foi quando em 2001 foi introduzida a moeda única (euro) e assim se fez mesmo sentir na prática. Não se sabe se por receio ou por conteúdo político a não aceitação desta nova moeda por parte de um membro importante do Reino Unido inundou de dúvidas a muitos. Para exemplificar observa-se que em Portugal um simples café em escudos não ficou com a mesma equivalência em euros. Perderam-se aos poucos os parâmetros reais de valor, principalmente a nível salarial. A vontade e a ganância de lucros rápidos não permitiu um melhor crescimento econômico e as políticas de incentivo para a implantação de indústrias terminou com o fechamento dela promovendo um arrefecimento de mercado e aumento de desemprego.


Bem, a sorte foi lançada faz tempo, mas a desconfiança aumenta perante a opinião pública. O importante mesmo é diminuir as desigualdades e procurar tirar os marcos da ineficiência e tentar verter os caminhos que nunca possam tornar realidade as palavras do “Nobel” José Saramago, quando afirmou que seu país poderia ser apenas um balneário para europeus mais afortunados.


Texto: Paulo Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros

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