13.4.07

FLORESTA DE LIBERDADE



Poucos gostam da minha floresta de eucaliptos

Bordejada de sobreiros, um castelo e olivais

Ela é como uma visão de flautas e mitos

Onde as aves cantam por entre os canaviais


São eucaliptos de copas erguendo-se aos céus

Grandes e esguios como as meninas das modas

A desfilar vivas e firmes pelos olhares dos deuses

Que de tão baloiçantes e nuas eles querem todas


Nada cresce no chão atapetado dos eucaliptais

Mas nascem rebentos e há sempre mais

Destas árvores que bebem água e dão papel


E numa clareira há colmeias que dão mel...

Na minha floresta verde de grandes eucaliptos

Entra o Sol, o Amor e a Liberdade sem dor nem gritos!



Texto: Marques Pereira

Foto: Marques Pereira

Webmaster: Paula Medeiros


1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Avô! Li e admirei este teu soneto. É pena não podermos voltar a "brincar" e a passear pelos eucaliptos da "tua floresta"... Agora guardamos apenas as boas recordações dos momentos que passámos todos juntos naquele lugar encantador!...
Beijinhos,
Mónica.