18.5.07

ANTÔNIO DE OLIVEIRA SALAZAR



Como todo espaço democrático deve ser, abro aqui no Lusitânia Perdida para este português que odiado por muitos e adorado por alguns, ainda se faz presente nos dias atuais.

Muitos leitores no Brasil me indagaram porque quase não se fala dele. Sei que para os participantes e colaboradores portugueses de nosso blog o seu nome é sinônimo de atraso e de um tempo de um Portugal principalmente sem liberdade.

Mas, venho através da necessidade jornalística e com o compromisso de estudar a historia tentar entender os fatos de antes do 25 de Abril

Com outros lusitanos que conversei, ele aparece como um nacionalista, que manteve ou tentou manter um império com força e amor a sua terra e com a principal característica de morrer no poder e assim mesmo pobre.

Antonio de Oliveira Salazar, nasceu em Vimieiro (Santa Comba Dão) em 1889 e faleceu em Lisboa em 27/07 1970. Foi ministro das finanças, foi fundador da União Nacional e também do Estado Novo ( 1933-1974).

Nacionalista ao extremo, teve de conviver com a grande maioria dos problemas do século XX, tais como: segunda guerra, e principalmente as guerras coloniais.

Embora tenha levado o país a um equilíbrio em determinado tempo, foi considerado um ditador algoz.

Com o fim da segunda guerra, e com as dificuldades econômicas, a comunidade internacional defendia o fim da colonização e Salazar praticou uma política isolacionista

Sob o lema “ orgulhosamente sós”. Esta era uma de suas características, ser auto-suficiente.

Para entender, basta ver algumas frases suas que o caracterizaram:

“A guerra foi por toda parte feita com liberdade possível e autoridade necessária.“

“Para cada braço uma enxada, para cada família seu lar, para cada boca seu pão.”

“Instrução aos mais capazes, lugar aos mais competentes, trabalho a todos eis o essencial.”

“Quem não é patriota, não pode ser português.”

Assim, ele teve o seu tempo, e o seu momento. O que traz curiosidade, é que nos tempos atuais, cada vez mais aparecem mais simpatizantes e jovens que não sabem nem exatamente explicar a causa. Basta dar uma olhada nas comunidades do Orkut na internet na maioria das vezes ligados a comandos de extrema direita.

Muitos deles afirmam que se fosse com ele Portugal não estaria hoje com a delinqüência, nem com tantos estrangeiros. E aí não sei o que seria dos meu compatriotas que hoje vivem no país, mas também, talvez não fosse o país mero balneário europeu.

Prefiro ver o caso através da ótica da neutralidade, e assim de sã consciência realizo apenas a pesquisa histórica.

Se há espaço para suas idéias nos dias atuais, cabe a sociedade portuguesa decidir, mas tenho de admitir que o homem fez parte da historia e teve a vida consagrada a nação . Como dizem, cometeu erros, é claro, pois era humano. Mas os princípios pelo qual lutou imagino que pensou serem justos.






Texto e pesquisa : Paulo Medeiros
Foto: Cortesia
Webmaster: Paula Medeiros

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