24.5.08

BRASIL: 120 anos da abolição da escravatura


A população brasileira está cada vez mais com um número maior de pardos e negros. Aliás, não é nenhuma novidade, pois desde os tempos coloniais isto já era uma realidade e naquela época mais presente. A causa é que o número de colonizadores era bem inferior aos de escravos trazidos para trabalhar nas fazendas.

Este panorama na história brasileira só diminuiu em fins do século XIX quando ocorreu um grande incremento na imigração européia quando aqui chegaram um grande número de italianos, poloneses e russos, etc. Com o fim desta etapa e com o aumento da miscigenação o número de mestiços e negros foi a cada ano aproximando-se ao número da população branca até que, enfim, a ultrapassou.
Com relação à população negra, embora o assunto seja antigo, na prática, não se tem muito que comemorar agora em que se completa 120 da abolição da escravatura pois os problemas são ainda quase os mesmos. Explicando melhor, os negros deixaram a escravatura e ingressaram na pobreza. O grande mal da América latina...

No passado todos eram escravos e vindos da África. Eles tiveram filhos que também foram escravos, porque era parte da cultura deles ser escravo, por mais incrível que possa parecer. Para os agricultores, era uma enorme vantagem tê-los, pois detinham uma mão de obra extremamente barata na qual só se gastava com alimentos. Assim, por serem provenientes desta origem, pobreza, os negros sofrem preconceito até hoje.

Atualmente o governo Lula tenta equilibrar de uma forma absurda e extremamente polêmica que é a de criar vagas específicas, ou quotas, para negros, como se as injustiças de toda uma história pudesse ser resolvida por decreto.

A verdade é que o problema nunca foi devidamente tratado, e que pouca diferença faz quem é escravo para aquele que mora numa favela na periferia das grandes cidades brasileiras. A cor pouca diferença faz, o que temos é que infelizmente este contingente favelado é predominantemente negro e a falta de oportunidades e a desqualificação histórica, pouco evoluiu, salvo alguns abnegados e esforçados afro-descendentes que conseguiram superar esta condição.

O que devemos fazer é a reinserção social dessa gente, e não a responsabilizar por toda esta violência que campeia por aí. Assim estaremos contribuindo por um futuro melhor de nosso Brasil, e reforçamos a idéia de que :

Raça humana não tem côr!

Texto: Paulo Medeiros
Foto: A.N.I.
Webmaster:Paula Medeiros







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