7.3.09

Barack Obama: solução ou retrocesso?


Nas últimas eleições para presidente nos Estados Unidos, os americanos apostaram pelo novo, pelo diferente, por aquele que seria a grande solução de todas as crises do país.

Está bem claro, para todos aqueles que acompanham um pouco da economia mundial, que a crise está afetando todo o mundo, até mesmo aqueles países mais desenvolvidos. A fonte desses problemas está em maior escala recaída sobre o país norte americano. Esses efeitos, se não corrigidos agora poderiam causar enormes problemas em futuro não tão distante, com isto,

Obama já possui alguns projetos para solucioná-los. Entre eles, inclui o pacote de investimentos que irão financiar as obras que forem construídas com produtos americanos.

Críticos não poderiam deixar de colocar em dúvida esta “solução”. Muitos afirmam que isto proporcionaria uma volta ao século XVIII em pleno século XXI, onde o mercantilismo implantado naquela época se assemelha com o plano dito “protecionista” de Obama.

Muitos são aqueles que acreditam que isto poderia ser a salvação, mas muitos também põem em dúvida se essa prática econômica que um dia não funcionou poderia agora ser a resolução de tudo. Apenas teremos essa resposta em nossas mãos em aproximadamente um a dois anos. Se nesse tempo veremos que o plano de Obama funcionará, ninguém sabe... Se não funcionará, também ninguém afirma com certeza. Apenas o tempo o dirá.
Texto: Paula Medeiros
Foto: A.N.I.
Webmaster:Paula Medeiros

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente o Obama, ou mesmo outro presidente que estivesse em seu lugar, não teriam muitas opções diante da grave situação hoje vivenciada pelos EUA com conseqüente implicações por todo o mundo.
O modelo do capitalismo sem regras, ou melhor, com a regra máxima de lucro a qualquer custo, esta há muito exaurido, e a prova maior revela-se nos déficits e prejuízos exorbitantes das empresas que mascaravam seus números para “ganharem” com a especulação.
Mesmo o dito pacote que já chega aos quase 800 bilhões de dólares, em muito será para resgatar papeis podres, uma verdadeira estatização dos prejuízos, ou seja, tudo aquilo que sempre alardearam ao mundo que jamais deveria ocorrer.
Neste aspecto, grande parte destes recursos estão sendo utilizados para “acalmar” o deus “Mercado”, que por lógicas diversas, aparenta estar a deriva, na medida que para cada ação vem respondendo e avaliando de formas diferentes.
Esta guinada ao protecionismo defendida por muitos, poderá complicar ainda mais todo o processo da crise, e neste aspecto, o Obama terá um grande teste em breve, representado pela possível retirada do setor agrícola americano, dos subsídios governamentais, pois se tal retirada não se concretizar, estará passando a mensagem aos demais países ricos que a guinada ao protecionismo será a escolha deles, e se os retirar, estará sofrendo internamente uma grande força contrária representada pelo lobby dos grandes produtores agrícolas.
Aqueles que são conscientes da grandiosidade do problema que ora enfrentamos, defendem que este momento deve se constituir numa grande oportunidade de mudarmos as formas de enfrentamento a esta situação, e a melhor seria renunciarmos a maneira competitiva e buscarmos soluções baseadas na cooperação mútua, possibilitando uma movimentação de capitais de maneira que favorecesse a todos.
Talvez seja uma utopia que o sistema jamais deixe acontecer, porém, se também utilizarmos as mesmas visões e atitudes que provocaram toda esta situação, temos a certeza que os resultados não serão diferentes dos que vemos agora.
Particularmente creio que toda esta situação deverá se prolongar a curto e médio prazos, e nela percebemos uma oportunidade aos países em desenvolvimento, em especial o caso do Brasil, pelo conjunto de sua situação privilegiada com relação a questões como a produção de alimentos, combustíveis renováveis, reservas petrolíferas, reservas financeiras, etc, que lhes propiciam enorme diferencial que certamente irá contribuir para o fortalecimento do país na correlação de forças globais.
O problema em tudo é que independentemente deste modelo capitalista estar agonizando, nunca o mesmo deixa de atuar de forma a buscar manter sempre seu status quo , e nesse sentido todos devemos estar atentos, pois neste grande jogo de xadrez global de poder, muitas das “jogadas” são articuladas com décadas de antecedência.
Bem verdade que nuances como as questões ambientais globais e seus efeitos, as reservas minerais, etc, poderão nortear todo estes movimentos, e também neste sentido enquanto Brasil, não só devemos estar bastante atentos, como também sabermos uscar ampliar nosso papel.

Elianildo Nascimento

Anónimo disse...

Realmente o Obama, ou mesmo outro presidente que estivesse em seu lugar, não teriam muitas opções diante da grave situação hoje vivenciada pelos EUA com conseqüente implicações por todo o mundo.
O modelo do capitalismo sem regras, ou melhor, com a regra máxima de lucro a qualquer custo, esta há muito exaurido, e a prova maior revela-se nos déficits e prejuízos exorbitantes das empresas que mascaravam seus números para “ganharem” com a especulação.
Mesmo o dito pacote que já chega aos quase 800 bilhões de dólares, em muito será para resgatar papeis podres, uma verdadeira estatização dos prejuízos, ou seja, tudo aquilo que sempre alardearam ao mundo que jamais deveria ocorrer.
Neste aspecto, grande parte destes recursos estão sendo utilizados para “acalmar” o deus “Mercado”, que por lógicas diversas, aparenta estar a deriva, na medida que para cada ação vem respondendo e avaliando de formas diferentes.
Esta guinada ao protecionismo defendida por muitos, poderá complicar ainda mais todo o processo da crise, e neste aspecto, o Obama terá um grande teste em breve, representado pela possível retirada do setor agrícola americano, dos subsídios governamentais, pois se tal retirada não se concretizar, estará passando a mensagem aos demais países ricos que a guinada ao protecionismo será a escolha deles, e se os retirar, estará sofrendo internamente uma grande força contrária representada pelo lobby dos grandes produtores agrícolas.
Aqueles que são conscientes da grandiosidade do problema que ora enfrentamos, defendem que este momento deve se constituir numa grande oportunidade de mudarmos as formas de enfrentamento a esta situação, e a melhor seria renunciarmos a maneira competitiva e buscarmos soluções baseadas na cooperação mútua, possibilitando uma movimentação de capitais de maneira que favorecesse a todos.
Talvez seja uma utopia que o sistema jamais deixe acontecer, porém, se também utilizarmos as mesmas visões e atitudes que provocaram toda esta situação, temos a certeza que os resultados não serão diferentes dos que vemos agora.
Particularmente creio que toda esta situação deverá se prolongar a curto e médio prazos, e nela percebemos uma oportunidade aos países em desenvolvimento, em especial o caso do Brasil, pelo conjunto de sua situação privilegiada com relação a questões como a produção de alimentos, combustíveis renováveis, reservas petrolíferas, reservas financeiras, etc, que lhes propiciam enorme diferencial que certamente irá contribuir para o fortalecimento do país na correlação de forças globais.
O problema em tudo é que independentemente deste modelo capitalista estar agonizando, nunca o mesmo deixa de atuar de forma a buscar manter sempre seu status quo , e nesse sentido todos devemos estar atentos, pois neste grande jogo de xadrez global de poder, muitas das “jogadas” são articuladas com décadas de antecedência.
Bem verdade que nuances como as questões ambientais globais e seus efeitos, as reservas minerais, etc, poderão nortear todo estes movimentos, e também neste sentido enquanto Brasil, não só devemos estar bastante atentos, como também sabermos uscar ampliar nosso papel.

Elianildo Nascimento