7.11.09

O mundo é cíclico



Acredito sempre que tudo nesta vida é cíclico. Determinado acontecimento tem repercussão numa determinada época e em outra este mesmo acontecimento seria absolutamente normal ou sem projeção.

Para ilustrar temos muitos exemplos bem como há os que são contraditórios. Falou-se muito esta semana na queda do muro de Berlim, que há exatos 20 anos causou furor na comunicação social, pois representou o fim da chamada guerra fria e significativamente desmascarou o grande engano do comunismo.

Houve um tempo em que o Brasil era uma terra de imigrantes, onde aportaram muitos estrangeiros, que no século XIX ancoraram e fizeram crescer todo o sul de nosso país. Fala-se que tempo bom foram aqueles onde no mundo afora e principalmente no velho continente, muitos se acotovelavam para viver nesta imensidão tropical.

Já não é assim, o visto como “normal” hoje é imigração no Brasil, cada vez em maior escala. O Brasil tem chances, e muitas, de voltar a ser aquela terra paradisíaca, não só para o turismo. Pode ser que a Copa ou os Jogos Olímpicos mostrem o que este país ainda tem a oferecer.

Até mesmo neste último século, existia um grande respeito pelo o que fazíamos. Teve nos anos de 1970 o chamado milagre econômico, onde tudo era pano de fundo para justificar uma ditadura militar a serviço dos Estados Unidos da América. Depois disso, vieram as ondas democráticas que, através dela, fizeram renascer alguns novos ditadores na América Latina, onde se destacam Hugo Chávez na Venezuela, e de certa forma o Lula no Brasil.

Na Venezuela, através de dribles constitucionais, e ao custo da quase total destruição do país, Chávez consegue permanecer no poder. No Brasil, só não há uma nova ditadura porque há muitos vigilantes. Felizmente!

Não posso deixar de falar de Portugal, que até 1986 era de uma maneira e após essa data, com a entrada no mercado comum europeu, tudo mudou: umas para melhor e outras para pior. O melhor foi tornar-se um membro verdadeiramente europeu, com algumas melhorias sociais, melhoras na rede rodoviária e algumas coisinhas que não precisam enumerar-se. Tudo isto a um custo muito grande que fez o país abrir suas fronteiras, mudar hábitos seculares e principalmente afastar-se de um passado de glórias.

Se hoje o desejado é Europa ou Estados Unidos, futuramente será o Brasil, outra vez, fechando o ciclo.
Texto: Paulo e Paula Medeiros
Foto: Montagem Paula Medeiros
Webmaster: Paula Medeiros

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