E SE UM AVIÃO AMARASSE NA SUA PISCINA…?

Estávamos a 12 de Novembro de 1933, ano em que a maioria dos leitores deste blogue e da população mundial nem ainda pensava vir a ser espermatozóides, quanto mais chegar a seres humanos deste emocionante e perigoso III Milénio.

Um hidroavião “Lockheed Sirius Tingmissartoq" amarou inesperadamente no rio Minho, fronteira geográfica, natural, de Portugal com a Galiza (Espanha).

Os aldeões de Friestas, no concelho de Valença, na margem esquerda do rio, e os galegos da margem direita, correram ao local e deram de caras com um desconhecido que era o herói mundial da aviação que fez a primeira travessia do Oceano Atlântico entre o condado de Nassau (USA) e Paris (França), sozinho, sem escalas, uma viagem que durou 33 horas e 30 minutos, nos dias 20 e 21 de Maio de 1927, utilizando um avião com o nome de “”The Spirit of Saint Louis”.

Os altominhotos nunca tinham visto um avião, nem tampouco falavam a “língua americana” (Inglesa) de Charles Lindbergh e da sua esposa Anne Morrow que o acompanhava.

Os friestenses receberam muito bem, com a maior hospitalidade reconhecida àquela gente nortenha de religiosidade muito suevo-católica, e prestaram os primeiros cuidados aos inesperados visitantes.

A notícia, como não podia deixar de ser, apareceu no dia seguinte no jornal “A Ordem” do Porto, a segunda maior cidade portuguesa.

O herói norte-americano viajava dos USA para França numa missão de reconhecimento aéreo ao serviço da PANAM, com a finalidade de criar uma rota comercial entre os dois países. Mas ao passar pelo Alto Minho, noroeste de Portugal, começou a faltar o combustível ao seu avião e teve de pousar de emergência no belo rio internacional.

E todos os anos, no dia 12 de Novembro, os friestenses comemoram o “seu” herói da História da Aviação junto a um memorial da autoria de Alípio Nunes, um filho da terra, inaugurada nos anos 90 em granito e ferro.

Charles Lindberg foi admirador de Adolf Hitler, o grande monstro alemão da Humanidade do século XX, causador da II Grande Guerra Mundial, e esteve ao seu lado na inauguração dos Jogos Olímpicos de Berlim (1936), tendo por isso vivido repudiado pelos seus compatriotas norte-americanos até 1944, ano em que finalmente o perdoaram., mas não totalmente. É muito feio ser amigo de um ditador e sentarmo-nos ao lado de um louco racista que criou o Nazismo, chamado Hitler, o político que mandou matar em câmaras de gás e queimar em fornos milhões de Judeus e outros cidadãos da Europa.

Olhando para o tráfego aéreo comercial, militar, particular e espacial que existe pelos nossos céus atmosféricos, Você já alguma vez pensou que uma “coisinha destas” pode cair, inesperadamente, na sua piscina? Então comece a pensar, não esquecendo os fragmentos que se vão soltando dos perigosos satélites mortos que andam ao redor do nosso planeta. Lá em cima… olhe!

Texto de Marques Pereira
Foto: A.N.I.
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