13.10.07

Brasileiros em Luanda


Este era um local completamente desconhecido do publico brasileiro

Era, depois que o "Fantástico" colocou no ar uma reportagem da série "Minha Periferia", apresentada por Regina Casé e que consiste em visitar os subúrbios e favelas de várias partes do mundo. Domingo, foi a vez do Bairro dos Ossos, em Luanda, Angola. Naquele lugar paupérrimo onde não há energia elétrica há 15 anos, Regina Casé descobriu que dezenas de moradores se reúnem para ver novela brasileira por meio de uma TV, ligada a um gerador movido a gasolina. Tudo, e não apenas no bairro da periferia, mas em toda Luanda, parece girar em torno das produções da Globo. Assim, há os mercados Roque Santeiro e Beato Salu, a loja Os Trapalhões e a moda brasileira, ou melhor, os modelitos que vêm da novela. O estilo Foguinho (personagem de Lázaro Ramos em "Cobras e Lagartos"), que exibia um bigodinho descolorido, fez o maior sucesso entre os jovens de Luanda. Agora, são as blusas ousadas de Bebel a sair como água das lojas que vendem roupas brasileiras
Muitos brasileiros pensavam que tamanha pobreza, só era possível nas periferias de nossas cidades, mas a reportagem mostra que ainda existe um mundo pior. Este subúrbio de Luanda onde não chega energia elétrica, onde o mais curioso é que há um novelódromo com um gerador, onde seus habitantes se acotovelam para numa minúscula TV, assistir o ‘ Paraíso tropical”
A roupa brasileira de uma maneira geral, é sucesso no país onde foi possível encontrar uma loja chamada Parangolé, pertencente a uma família nordestina do Brasil.
Imaginem, senhores influencia brasileira no meio da miséria africana, onde já aparecem sulanqueiros( vendedores informais de mercadorias e bugigangas) vindos do Nordeste vender seu produtos.E já há aqueles que neste meio fazem alguma fortuna e podem ate morar em bairros bem perto dali, onde há vivendas de mais de 850 mil dólares americanos. Realmente , é mais um modelito de sobrevivência onde ricos ficam mais ricos e pobres cada vez mais miseráveis.
Se dizem que os angolanos estão a aprender conosco, não sei, mas a continuar assim muita coisa parecida irá sucedendo, e onde ate tem gente que sente saudades da época que tudo aquilo era parte do Portugal ultramarino
E viva o mundo lusófono!.
Texto: Paulo Medeiros
Foto: Cortesia
Webmaster:Paula Medeiros

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