27.2.10

AS MALVINAS SÃO ARGENTINAS


Esta semana foi noticia novamente a questão das Ilhas Malvinas .

Tudo porque o governo argentino passou a exigir e controlar quem e o que passa por território Argentino em direção as ilhas.

O assunto obviamente repercute mais por toda America Latina, por razões obvias, entretanto a imagem que é mostrada ao mundo é a britânica. Trata-se da mesma imagem da época da guerra que ocorreu entre abril e junho de 1982.. Sei perfeitamente que naquela altura o governo argentino era militar e não era democrático, entretanto a causa era verdadeira.

O que poucos sabem é que as ilhas eram argentinas e foram tomadas a força desde janeiro de 1833 pelos britânicos. Desde aquela altura que a soberania sobre as ilhas é questionada em tribunais internacionais. Até a guerra de 1982, os Kelprs(habitantes das ilhas) eram britânicos de segunda classe que necessitavam de autorizações para caso desejassem viver no Reino Unido. O desinteresse era tão grande que o governo britânico sequer cuidava dos serviços de saúde dos ilhéus que quando tinham algum problema tinham de ir a Argentina, que fica a 500 Km da costa.

Estes habitantes passaram a ter alguma cidadania só depois da constituição de 1985, e foram massa de manobra política da Ministra Thatcher. Independente disto, o assunto nada mais é que um resquício do colonialismo britânico cuja finalidade é aproveitar-se e apropriar-se do petróleo que existe ao redor das ilhas e em território Argentino.

O argumento utilizado pelos britânicos é que a população quer permanecer afastada da Argentina, o que é lógico haja visto ninguém poder chegar por lá sem autorização. Até mesmo visitas turísticas são controladas. Os mesmos afirmam que são guardiões da paz, mas quem hoje leva armas ao atlântico são eles . A luta hoje e a reivindicação é de forma pacifica e nós estamos atentos.

O que o mundo tem de saber também é que esses argumentos são fictícios, e a cultura britânica sempre foi colonialista, e eles só fazem o que querem e da forma deles. Exemplo clássico disto, é Gibraltar que nem mesmo a comunidade européia soube resolver.

Para nós latino americanos o que vemos deprimentemente é uma nação européia que esta a 14 mil km de distancia, dizer que aquele território é seu.

Um absurdo!




Texto: Paulo Medeiros
Foto: Wikipedia
Webmaster: Paula Medeiros

1 comentário:

Ricardo Nunes disse...

Antes de mais, Olá Pedro Paulo. tenho seguido o seu blog que de facto tem matérias muito interessantes! No entanto não pude deixar de comentar este assunto das Falklands ou Malvinas e de discordar totalmente com o que foi dito nesta matéria. O facto é que a população da Falklands NÃO QUER ser Argentina! Podemos argumentar que os Britanicos tomaram as ilhas às 177 anos atrás (quase 2 SÉCULOS atrás) e por isso a população é de origem Britanica. Mas o que interessa isso? Não terão os povos o direito à sua autodeterminação ou se preferirem, manter-se unidos à nação mãe, independentemente do seu passado histórico? Não terá por exemplo mais direito o Rio Grande do Sul ser independente do Brasil (até houve uma guerra por causa disso) do que as Falklands passarem para a ser da Argentina? Se calhar se fizessem um referendo à independencia do Rio Grande o Sul haveria mais habitantes do Rio Grande do Sul a favor da independência do que habitantes das Falklands a favor de pertencerem à Argentina! Quanto aos habitantes das Falklands serem tratados como "habitantes de segunda" durante ou antes de 1982 não sei, o que sei é que quando os soldados Argentinos desembarcaram nas Falklands, estes foram recebidos com insultos por parte da população local.
Já agora falando de "cidadãos de segunda", você sabia que os soldados Argentinos mortos durante a guerra em 1982 nas Falklands ainda estão enterrados nas Falklands (ou Malvinas), porque os dirigentes Argentinos (os mesmos que reclamam, as ilhas Falkland) não quizeram ou querem saber deles?
Quanto à parte que você diz que "ninguém poder chegar por lá (as Falklands) sem autorização", lamento dizer mas isso simplesmente não corresponde à verdade! Você quer ir às Falklands? É simples, pode apanhar um voo semanal da companhia Chilena LAN que parte de Santiago do Chile ou se preferir existem 2 voos semanais da RAF (Royal Air Force - Força Aérea Britanica) que são também abertos a civis e que partem do Reino Unido (da base aérea de Brize Norton, Oxfordshire). Para pessoas com passaporte Brasileiro, Argentino, Português, e muitos outros NEM sequer é preciso VISTO (Ou VISA) para entrar nas Falklands. Para mais informações acerca de como chegar as Falklands ou outras informações acerca das Falklands, consulte esta pagina do governo das Falklands:
http://www.falklands.gov.fk/Getting_Here.html
Quanto a haver armamento Britanico nas ilhas, não acha isso natural?? Quer dizer, depois da invasão de 1982, acha mesmo que os Britanicos seriam assim tão "burros" ao ponto de não protegerem as SUAS ilhas? Se fosse o Brasil no lugar do Reino Unido, não acha que faria o mesmo?
Devido à possibilidade ou receio de uma nova invasão por parte da Argentina, as Falkland ainda têm muitas minas terrestres, muitas delas anti-pessoais, e é esta a unica razão porque a mobilidade dentro das ilhas é algo limitada ou se você preferir até mesmo "controlada". De quem é a culpa desta situação? A meu ver unicamente devido à ameaça Argentina.
É bom que você fale também de Gibraltar. Parece-me a mim que você não está a par do referendo que se deu em Gibraltar em 2002 (com observadores internacionais presentes) acerca se a população aceitava também ser governado pela Espanha e o resultado foi que um esmagador NÃO (a população de Gibraltar deseja pertencer unicamente ao Reino Unido). Ver informação acerca deste referendo aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Gibraltar_sovereignty_referendum,_2002#International_observers

Já agora, se a Espanha está tão interessada em que ter Gibraltar "de volta", porque é que não devolve Ceuta e Mellila a Marrocos? Sinceramente acho lamentavel que muitos latino-americanos que tanto orgulho têm em ter sido independentes das "potências coloniais" (Espanha e Portugal) por vontade PRÓPRIA, não aceitem a vontade PRÓPRIA de uma população, que é a população das Falkland, isto sim, com todo o respeito, é verdadeiramente "deprimente"