Na religião católica, este tempo antes da Páscoa é de reflexão. É a Quaresma que obriga os crentes a fazer uma reflexão sobre a vida e morte de Jesus de Nazaré. É um período do Catolicismo Romano em que os fiéis devem fazer um jejum que hoje quase ninguém faz. E todos terão de praticar a caridade, misericórdia e solidariedade, para além de rezar em adoração à Cruz.
Esta cruz foi a arma que os Romanos, instigados pelos sacerdotes do Templo de Jerusalém, usaram para matar em profundo sofrimento o revoltado religioso Jesus de Nazaré, que ainda hoje será considerado pelo Judaísmo como um herege judeu.
Esta adoração à cruz que deu a morte a Jesus não é Cristianismo; é Paganismo Romano adoptado pelo Catolicismo de Roma.
A cruz fica bem nos cemitérios como símbolo de morte, não de adoração religiosa.
Aos homens e mulheres que adoram uma cruz, esteja ela numa igreja ou ande pendurada ao peito como adorno de ouro, prata, pau ou brilhantes, eu questiono: Se um bandido lhe matasse um filho, uma filha, um neto, o marido, a esposa, o namorado ou outro qualquer familiar, Você adoraria religiosamente a pistola ou a faca do crime?
Tenham juízo, não sejam dementes da Religião! As armas dos assassinos, sejam eles individuais, colectivos, institucionais ou clericais não são motivo para adoração dos religiosos nem dos ateus!
Parta mim é revoltante, como seria para Jesus de Nazaré e é para os verdadeiros Cristãos progressistas deste tempo, esta adoração assaz macabra e desprovida de bom senso e respeito por este Homem-Deus que está morto e se ressuscitasse - o que nunca irá acontecer porque os mortos não voltam a viver - O matariam outra vez, não os que rezam por Ele, mas os que vivem do dinheiro que dá a ganhar aos oportunistas do Catolicismo e das seitas que se dizem “cristãs” a viver do pecado da sua exploração religiosa.
Texto de MARQUES PEREIRA.
Foto: Marques Pereira
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