Em pleno tempo da reflexão católica da Quaresma e imediatamente a seguir ao estoirar do hiper-escândalo do padre brasileiro Monsenhor Luís Barbosa que, aos 82 anos, foi apanhado em imagens vivas num gostoso acto de sexo oral com um menino do coro da igreja de S. José, pai de Jesus de Nazaré, em Arapiraca (Alagoas), surgiu a notícia que tem estado ocultada de que em Portugal há sacerdotes pedófilos na Igreja Católica.
O criminoso padre brasileiro e mais outros dois sacerdotes pedófilos foram suspensos e, como é costume do Catolicismo, escondidos da irmandade católica ofendida.
O Brasil é o maior país católico do mundo com 74% da sua população de 190 milhões e li algures que Portugal tem, estatisticamente, uma percentagem católica de 80%.
A Igreja sempre ocultou o Mal e as imoralidades cometidas pelos seus membros, porque no entender diabólico “deles” e da maioria dos moralistas e puritanos, a Moral é para aplicar aos outros, não para “eles” a praticarem em si próprios.
Segundo o português “Jornal i” de 16 de Março, referindo-se a um estudo de Pedro Pombo, investigador da Polícia Judiciária (PJ), entre 2003 a 2007 o Ministério Público indiciou 10 padres por abuso sexual de crianças com 8 a 13 anos, tendo seis casos ocorridos em 2007.
Estes crimes ficaram no “segredo da Justiça” e dos jornais, televisões, rádios e Igreja, não se sabendo se os indiciados criminosos foram acusados, julgados, punidos ou tratados psiquiatricamente.
O silêncio e encobrimento destes hediondos e nojentos crimes parece querer continuar, inclusive na própria Igreja Católica, quando este pecado de sacerdotes é vergonhoso para os católicos e deve ser esclarecido. Portugal não pode continuar a ser uma “Nação do Cala e Consente”.
Januário Torgal Ferreira, conhecido bispo católico das Forças Armadas, afirmou ao referido jornal diário: “Fico escandalizado. Isto precisa de ser debatido no seio da Igreja".
Os portugueses há muito que desconfiavam de “não” haver notícias de pedofilia clerical no nosso País, mas agora sabe-se que existia e poderá continuar a existir nos silêncios da Justiça, meios de Comunicação Social e da hierarquia da Igreja.
As mães, pais e avós têm de ter cuidados redobrados e os olhos bem abertos com as instituições publicas, religiosas, ipps e ongs a quem são entregues as crianças para guarda, protecção e educação. Não se pode confiar a 100% “neles”.
No tempo do fáscio-catolicismo salazarista a Censura, a PIDE, os confrades, os regedores e os bufos da Legião não deixavam publicar notícias, aludir a factos, nem exprimir opiniões sobre as realidades, imoralidades e sacanices do Sistema então vigente.
Os padres que cometem este crime, tendo tantas mulheres de joelhos aos seus pés e nas reuniões na sacristia (algumas bonitas, atraentes, maduras, viúvas, carentes e disponíveis), por que não procuram iniciar e manter uma relação discreta e assim acalmar os seus delírios sexuais, em vez de “comerem crianças”?
Os predadores sexuais estão por todo o lado e movem-se entre nós naturalmente, com sorrisos e protegidos por silêncios de quem não devia calar nem esconder estes crimes de gente que devia ser santa, não diabólica.
Entretanto, o Papa Ratzinger, consternado e pressionado pela aberrante, latente e vergonhosa situação, anunciou que o Vaticano vai tomar medidas drásticas contra a cambada de criminosos pedófilos que existe na Igreja Católica.
Os líderes do clero português (bispos da CEP) foram obrigados a saber que havia pedofilia dentro da Igreja Portuguesa, mas disseram através do padre Manuel Morujão que “não sabiam de nada”. Alguém acredita nesta desculpa numa casa com tantos anjos que sabem tudo? Contrariados e também “muito consternados e preocupados” vão reunir de 12 a 15 de Abril para fazer uma reflexão sobre o assunto, prometendo desde já colaborar com as autoridades e dar apoio às vítimas.
Se a Igreja Católica deixasse casar os padres, a “solidão sexual” deles acabaria e eles estariam felizes e normais com a sexualidade do seu corpo, vivendo com uma mulher ou um homem e deixando em paz as crianças…
Texto de Marques Pereira
Foto: Marques Pereira
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