Desde criança, escutamos que o Brasil era diferenciado porque tragédias climáticas eram difíceis de nos atingir. A própria historia é comprobatória da inexistência de terremotos, e ou outras intempéries.
Mas o nosso mundo, como já dissemos aqui, esta mudando seu clima e o pior devido a péssimo tratamento que a humanidade está prestando.
Infelizmente aconteceu o pior numa das regiões mais bonitas do Brasil, que é a região serrana do estado do Rio de Janeiro. Precisamente nas cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Há alguns anos estive na região e pude constatar que embora belíssima já me chamava a atenção a localização de algumas construções. E quando falo em construções, não falo de casas de periferia, mas sim de suntuosas mansões e condomínios de luxo.
Tudo isto virou um mar de lama e fico aqui a imaginar os terríveis momentos de terror que passaram todas as pessoas e com inúmeros exemplos passados e comentados pela televisão.
Houve residências em que morreram 12 pessoas da mesma família, a grande maioria perdeu tudo, e há inúmeros casos em que toda uma vida de trabalho desceu rio abaixo.
Desta historia trágica há duas lições ou reflexões a fazer . Uma delas e que já sabemos, que o nosso povo brasileiro é extremamente solidário e recursos de todas as partes já chegam e que vamos conseguir sair de mais essa. Justo agora em que nosso país atravessa um momento tão bom.
O outro é que continuamos pagando por erros históricos, em que o crescimento urbano foi realizado sem muita disciplina e com aquele “jeitinho brasileiro”. Para que o leitor tenha uma idéia , a quantidade de água da grande chuva foram de exatos 182 mm, exatamente igual ao que caiu na ilha da Madeira no ano passado, mas com uma grande diferença. Na Madeira só morreram cerca de 40 pessoas e aqui já se contabilizam até este momento 540 pessoas que tiveram suas vida ceifadas. Porque tanta diferença no numero de mortes? Simplesmente devido a ocupação desenfreada das áreas ribeirinhas, sem o devido cuidado e respeito a natureza.
Infelizmente uma lição. Só nos resta agora contribuir para diminuir o sofrimento daqueles nossos compatriotas.
Texto: Paulo Medeiros
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