22.1.12

AINDA SOBRE A PROSTITUIÇÃO DE MULHERES JOVENS DO BRASIL NA EUROPA E NA AMÉRICA DO NORTE


Segundo a Fundação Scelles, a que preside o juiz Yves Charpenel, a Internet tem contribuído para ampliar a prostituição no mundo.


«As redes de proxenetas agora recrutam pessoas em redes sociais como o Facebook e Twitter», refere o estudo, citando um caso na Indonésia em que as autoridades prenderam suspeitos de aliciar jovens estudantes no Facebook e no Yahoo.


Nos Estados Unidos, a maioria das menores prostitutas são recrutadas por proxenetas no site de anúncios Craiglist, refere ainda a Fundação Scell
num estudo efectuado em 24 países e publicado sobre o título “Relatório Mundial sobre a Exploração Sexual –A Prostituição no Coração do Crime Organizado”.

O estudo da fundação francesa afirma, com base em dados da agência da ONU contra as drogas e o crime, que o tráfico de mulheres brasileiras na Europa estará a aumentar, embora sem revelar números.


«Essas vítimas são originárias de comunidades pobres do norte do Brasil, como Amazonas, Pará, Roraima e Amapá».


«Se a maioria das prostitutas na Europa são de países do leste europeu e de ex-repúblicas soviéticas, a predominância desses grupos parece estar a diminuir no continente, mas paralelamente a isso o número de brasileiras está a aumentar”.

Em Dezembro, a polícia espanhola desmantelou uma quadrilha internacional de prostituição que mantinha dezenas de menores brasileiras sob cárcere privado.


O estudo também afirma que grandes eventos desportivos, como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos contribuem para agravar o fenómeno da prostituição. «Futebol e Olimpíadas são identificados como os cenários mais comuns da exploração sexual».


Na África do Sul, mil milhões de preservativos foram encomendadas pelas autoridades para enfrentar eventuais riscos sanitários durante a Copa do Mundo em 2010. O número de prostitutas neste país, estimado em 100 mil, aumentou em 40 mil pessoas durante o evento.


«Os proxenetas fazem às jovens falsas propostas de trabalho como manequim e utilizam as vítimas para recrutar outras jovens», refere o relatório.



Texto compilado por MARQUES PEREIRA.

Foto: ANI.

Webmaster: Paula Medeiros

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