Jorge Mário Bergoglio, um idoso de 76 anos, filho de um
italiano, reformado (emérito) como arcebispo da diocese de Buenos Aires,
capital da Argentina, vizinha não muito amada do Brasil (particularmente no
futebol), foi eleito pelos seus pares cardinalícios da Igreja Católica no dia
13 e entronizado como Senhor do Estado do Vaticano a 20 de Março (Dia do Pai)
como Papa Francisco I.
É
o primeiro Papa jesuíta (Companhia de Jesus) e da América Latina (países que
falam as línguas Hispânica e Portuguesa). É mais um pontífice com a vida
próxima da morte que irá manter a continuidade de uma Igreja velha, cansada,
quase parada e ultrapassada pelo tempo em que vivemos na Europa e nos USA.
O
Papa Francisco I decidiu usar um “anel de latão” (prata coberta a ouro),
recusando a ostentação da jóia de ouro católico e afirmou: “Como eu gostaria de
uma Igreja pobre e para os pobres”. Um papa, João Paulo I, que pensou e disse
algo parecido, tendo sugerido a aplicação de algumas riquezas da Igreja na
erradicação da pobreza no mundo, apareceu morto após 33 dias do exercício
papal. Recordamos que essa era a religião que Jesus de Nazaré queria para a
Terra, mas a política do Poder e a apetência pelo Dinheiro desviaram o
Catolicismo para os caminhos com ações de lutas internas, de guerras expansivas
e negócios nada cristãos (quem não se lembra das famigeradas Cruzadas e dos
escândalos do Banco do Vaticano?).
Segundo o brasileiro Sebastião Soares, de Belo
Horizonte (Minas Gerais) “O novo Papa Francisco I é um católico
conservador, contra o aborto e o matrimônio igualitário.
Foi aliado da Ditadura Militar na Argentina em atos de
tortura e morte de presos políticos. Conseguiu se livrar de vários processos.
É o primeiro papa
latino-americano e o primeiro jesuíta da história a assumir o posto, o que
torna a temida congregação ainda mais forte.
Os missionários jesuítas, tradicionalmente, sempre foram aliados dos poderosos, com muitas regalias nos seus variados negócios, especialmente na educação. Abençoaram o genocídio indígena no Brasil e nos demais países colonizados, são coniventes com várias práticas de governos ditadores e amigos de governos de direita.
Jorge Mário Bergoglio é inimigo declarado do governo argentino desde a gestão de Nestor Kichner, que recusou a sua interferência nas decisões de Estado do governo argentino. Pode vir a ser um adversário feroz dos governos progressistas da América Latina e um aliado de primeira hora das ações imperialistas dos Estados Unidos, na melhor tradição jesuítica.
A Igreja Católica progressista tem muito a perder com o seu pontificado.
Com certeza, para a grande mídia
golpista é o homem ideal: missionário, aparentemente humilde, voto de pobreza e
simpático”.
Se Jorge Mário não mudou com a
mudança de cardeal para papa, as mulheres vão continuar a ser menosprezadas e
marginalizadas pela Igreja Católica, como se pode entender destas suas
palavras, apesar delas serem a imagem viva do Catolicismo praticante e
socialmente cristão...
Texto
de Marques Pereira (20.Mar.2013)
Fotos:
ANI
Webmaster:
Paula Medeiros
Sem comentários:
Enviar um comentário