9.9.06

O DIA EM QUE SENTI VERGONHA!



Há bem poucos dias recebi uma mensagem de e-mail na qual pedia para ver uma reportagem do “Correio da Manhã” (Lisboa), onde a mesma falava que a PSP havia conseguido desbaratar uma quadrilha de assaltantes de banco e carro forte na região de Lisboa. A totalidade dos meliantes eram de nacionalidade brasileira, ou seja, meus compatriotas.

A notícia na verdade é apenas mais uma entre tantos problemas relacionados com patrícios que vivem ou desembarcam em Portugal. A realidade já comprova que o emprego escasseou, e que não ha mais suficiente nem para os que já estão, imagine para os que chegam.

Se me indagarem o que acho, ou o que fazer, só ha um caminho que a sensatez recomenda: que se faça justiça e que não fique impune, pois se não for assim a sociedade não vai perdoar. A sociedade portuguesa, e a opinião pública em geral já clamam e pedem um basta para com o aumento da criminalidade e assim infelizmente tenho que admitir que no sentido lógico esta mesma sociedade tem razão. Ficaria triste se isso levasse a uma acréscimo de xenofobia contra trabalhadores honestos e estrangeiros.

A causa maior está mesmo do outro lado do Atlântico, no Brasil onde a impunidade campeia e onde cidadãos de bem têm de viver recluso em suas casas onde a violência não permite mais uma vida normal.

A vergonha consiste em sentir-me impotente em propagar a idéia de que não somos meros exportadores de putas, assaltantes e jogadores de futebol. Temos um reserva moral muito grande que pudera ser descoberta um dia pelos europeus.

Desculpem-me pelo desabafo, mas chega o dia em que a ficha cai.

Texto: Paulo Medeiros

Revisão de texto e foto: Paula Danielle Medeiros

Sem comentários: