1.2.09

ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS QUE “ELES” USAM PARA MANIPULAR AS PESSOAS, AS OPINIÕES, A HUMANIDADE


Estas estratégias e técnicas surgiram nos tempos remotos em que o Ser Humano começou a pensar e a manifestar interesse em obter e exercer poder utilizando os seus semelhantes.

Os homens, como seres mais fortes fisicamente, começaram por liderar a família e depois o seu clã. Na sua evolução criaram a propriedade e o direito a caçar e cultivar no seu espaço. Ambicionaram mais e logo descobriram que poderiam dominar pelo medo em algo mais forte do que eles. O Sol, a Lua, a Água, o Vento, o Fogo, os raios, as trovoadas, as tempestades e as demais manifestações da Natureza foram os seus primeiros deuses naturais, que eram bons ou maus, conforme eram vistos e sentidos.

Depois fizeram os “deuses-bonecos” esculpidos em barro e madeira. A Religião era criada para ficar, sempre através do respeito e do medo a um deus inventado.

Milhares de anos depois foram inventados outros deuses com figuras feias e medonhas na Índia. E na Pérsia, hoje Irão, terra dos grandes religiosos cujas histórias chegaram à actualidade, Zaratustra criou um Deus bom, severo, disciplinador e pacificador que ganhou mais adoração entre os Judeus, Cristãos e Islamitas. Mas o persa também criou um “deus” mau, o Diabo que tem servido para “explicar” muita maldade e acusar muitos maldosos que existiram e existem neste planeta.

Os Romanos tiveram imperadores, como Nero, que se auto-proclamaram e se fizeram adorar como deuses-vivos. Os Católicos fizeram de um judeu considerado herege pela sua religião (Judaísmo) o seu Deus-homem, Jesus de Nazaré, e usando o rosto deste em pendões partiram em Cruzadas ao Oriente para matarem os “infiéis” Muçulmanos.

Hoje, os deuses bons inventados são usados maldosamente pelos seus rezadores e manipuladores para matar e destruir. Ainda se lembra de Bush, adorador de Deus? E dos palestinianos do Hamas, adoradores de Alah, e dos israelistas abençoados por Jeová?

Os maldosos deste mundo sempre foram, portanto, os religiosos que se serviram de mentiras e mentirinhas para dominar os outros; são os políticos que aprenderam com os religiosos a mentir e a manipular a Humanidade; são os super-ricos que aproveitando religiosos e políticos criaram o seu Deus Dinheiro e através dele inventaram o Capitalismo para dominar, manipular e escravizar toda a vida Humana, a Natureza, a Terra.

Sylvain Timsit explica o restante sobre este assunto nas palavras que escreveu no seu livro “Stratégies de Manipulation”, o que a seguir vos deixo como sendo a minha motivação para o preâmbulo deste comentário.

Estratégia da diversão
O elemento primordial do controle social é a estratégia da diversão que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes. A estratégia da diversão é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, nos domínios da ciência, da economia, da psicologia,da neurobiologia e da cibernética.

1 -Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais" (extraído de "Armas silenciosas para guerras tranquilas")
2- Criar problemas, depois oferecer soluções.
Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia do esbatimento Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Foi deste modo que condições sócio-económicas radicalmente novas foram impostas durante os anos 1980 e 1990. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.
4- A estratégia do diferimento
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Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento. Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.
5- Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas.
A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Exemplo típico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro ("os dias euro"). Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por que? "Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos". (cf. "Armas silenciosas para guerra tranquilas" )

6- Apelar antes ao emocional do que à reflexão.
Apelar ao emocional é uma técnica clássica para curtocircuitar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...
7- Manter o público na ignorância e no disparate.
Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores". (cf. "Armas silenciosas para guerra tranquilas" )
8- Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade.
Encorajar o público a considerar "fixe" o facto de ser idiota, vulgar e inculto…
9- Substituir a revolta pela culpabilidade.
Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e auto-culpabiliza, o que engendra um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...

10- Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios.
No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema detém um maior controle e um maior poder sobre os indivíduos do que os próprios indivíduos.”

Se leu este meu comentário e o texto de Sylvain Timsit com atenção, ficou com “vastos conhecimentos” para encarar melhor e com mais cuidado a Humanidade do seu género animal.
Tente não se deixar manipular pelas tretas das cambadas que nos usam para “eles” viverem bem a servirem-se da vida e do esforço produtivo da maioria que somos todos nós, os que trabalham e ganham dinheiro e acumulam fortunas, prestígio, honras, estátuas e imagens divinas para os manipuladores do Povo.

Texto: Marques Pereira
Foto: A.N.I.
Webmaster: Paula Medeiros.



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