16.5.09

CRUZEIRO PELO MAR DOS TUAREGUES





Um cruzeiro turístico é como viver bem a viajar numa cidade maravilhosa que se move, atraca e parte de outras cidades com mar.

Os bons navios de cruzeiros tem tudo o que possui uma boa cidade para qualquer cidadão, até uma pista de “jogging”, ginásio, lojas de moda, casino, sala de espectáculos, aulas de gastronomia, ensino de artes manuais, etc., tudo incluído no preço da viagem.

Não existe nenhum Mar dos Tuaregues, mas uma parte das terras deste povo do deserto do Sahara (África do Norte) são bordejadas pelo Oceano Atlântico. E lá escalámos, andámos, vimos as paisagens desérticas, as extensas praias de areia dourada e sentimos a vida e os odores locais.

Um navio de cruzeiros é a melhor forma de viajar de forma segura, vivida, divertida e repousante. Os tripulantes, profissionais de trabalho no mar de várias nacionalidades, são pessoas simpatiquíssimas, estão sempre disponíveis para nos prestarem qualquer serviço, tornam os dias de cruzeiro em momentos inesquecíveis de vida num paraíso terreno.

Neste cruzeiro havia 600 tripulantes de 30 nacionalidades para tornar felizes 1 600 turistas ibéricos, ingleses, do Rio de Janeiro e Roma. Entre os trabalhadores de bordo ouviam-se a falar brasileiros e brasileiras, portugueses e espanhóis, o comandante croata e oficiais italianos e de outros países. Neste navio, que partira e chegar a Lisboa, existia um pequeno mundo humano em movimento.

A camareira que me calhou, Debra, era uma mulher jovem, linda, muito atenciosa e disponível, natural de Santa Catarina (Brasil). Não posso esquecer que todas as noites ela me abria a cama, fazia inesperadas figuras com o meu pijama e me desejava “Boa noite” no bloco de notas que tinha na mesa-de-cabeceira.

Não posso esquecer, também, uma senhora brasileira talvez com 70 anos, muito produzida à maneira da época de 60, que andava sempre perdida pelos corredores e que por três vezes tive de a encaminhar para o corredor onde se localizava a sua suite.

O resto ficou em fotografias digitais, mas devido a um descuido apaguei 164 com as imagens colhidas desde a saída pelo rio Tejo (Lisboa-Portugal) e em Gibraltar (Inglaterra), Casablanca e Agadir (Marrocos). Restaram-me as fotos de Lanzarote (Espanha) e da paradisíaca ilha da Madeira (Portugal).

E Você, leitor, já fez algum cruzeiro? Do que está à espera? Dada a incerteza do tempo de vida ou da chegada da morte, não desapareça de entre os vivos deste planeta sem fazer umas férias destas. No fim vai considerar que esta é a melhor e mais cómoda maneira de viajar.

Eu já estou a pensar fazer o mesmo cruzeiro no próximo ano, pois tenho de tentar recuperar as fotografias que perdi.

(A tempo: Já me tinha esquecido de mencionar o nome do navio… Foi o “Atlantic Star” com bandeira de Malta e ao serviço da empresa espanhola Pullmantur, que já navegou pelas águas das Caraíbas).











Texto de Marques Pereira
Fotos: MP
Webmaster: Paula Medeiros.



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